sábado, 30 de maio de 2009

Maratoninha de São Paulo


Como prévia da Maratona Internacional de São Paulo que acontecerá amanhã (domingo), as crianças tiveram hoje a oportunidade de participar de mais uma prova muito bacana - a Maratoninha de São Paulo.

E lá estávamos nós, para celebrar a 19a. medalha do Lucas. Delícia!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Elas

Cristiane Chiara, Dani Ventura, Rosy, Lud Braga, Vanessa Montagna, Taiza Soletti, Nick, Chelle, Érica, Adriana, Polyanna, Soraya e todas as outras meninas (elas sabem quem são):

Vocês são pessoas especiais de verdade. Me emocionaram muito com tudo que disseram e com todo o apoio que demonstraram, mesmo sabendo que eu não tenho nada pra oferecer em troca.

Às vezes, tudo que a gente precisa é isso: Apoio verdadeiro, sem uma avalanche de perguntas ou cobranças, só o apoio e a mão amiga estendida. Saber que sempre terei isso com vocês é extremamente reconfortante.

Não tenho palavras pra agradecer o carinho ou explicar o que estou sentindo agora. Então vou ficar apenas no "Muito Obrigada" por tudo... sempre! Do fundo do coração!

Amo vocês!

domingo, 24 de maio de 2009

Alphaville Running 3 a 12


Mais uma! Alphaville Running para crianças de 3 a 12 anos, estreia dessa prova infantil realizada ontem - 23/05. E o Lucas, pra variar, estava lá. Espetacular como sempre!
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Mãe insuportavelmente orgulhosa mode on.
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(depois da corrida, já em casa, ele quis colocar todas as medalhas que já ganhou no pescoço para tirar uma foto... porque ele é modesto igual a mãe, viu? rs)

sábado, 23 de maio de 2009

A Mídia, O Patrão e As Crianças

Maísa X Silvio Santos, a gripe suína do momento.

Não se fala em outra coisa, e quem tem uma vida virtual um pouco mais intensa sabe que o assunto tomou conta da Rede. Jornais online, blogs, sites de relacionamento, a tag #freemaisa no twitter, e por aí vai. Como acontece quase sempre com quase todo assunto sensacionalista, principalmente nos últimos tempos.

Por alguma razão que até agora eu não entendi, resolveram crucificar O Patrão. Silvio Santos é o grande algoz da garotinha Maisa, e segundo a opinião dessa maioria, a menina precisará fazer terapia até seus últimos dias para superar tantos traumas.

Todo mundo se revoltou porque Silvio Santos teria torturado a garota, expondo-a a situações extremas no programa que culminaram no seu choro sentido e magoado que todo mundo já cansou de ver no youtube. "Coitadinha! Ela só tem 6 anos! É uma criança indefesa nas mãos de adultos irresponsáveis!", dizem os mais exaltados.

E então, depois de uma semana de tanto alvoroço, a Justiça se manifestou sobre o caso, proibindo a garota de participar do programa de Silvio Santos (ela continuará apresentando sozinha o programa infantil que já apresentava antes). E por esta decisão, fica bem claro o tamanho da pecha que querem pregar ao Patrão. Com ele, criança não pode trabalhar! Ele é malvado, ele é ruim, ele é gagá, ele é desequilibrado. E o povo vibrou com essa decisão quase como numa final de copa do mundo. Novamente não se fala em outra coisa na Internet, novamente o link da notícia explodindo na tela no computador a cada 5 segundos, acompanhado de manifestações como "Ainda bem! Salvaram Maísa!"

Então tá. Vou começar dizendo que sou fã de Silvio Santos, estando ele gagá ou não. E dizer que sou fã do Homem do Baú não significa que eu passe a minha vida assistindo programas trash do SBT, nem que eu aprove a quase inexistente qualidade na maior parte da grade de programação do canal. Não, não é isso. Mas admiro muito o homem que construiu um império e que trabalha duro até hoje, mesmo sem precisar. E vou parar por aqui porque não é este o tema do post.

Por outro lado, acho a garotinha Maisa um fenômeno. Cheguei a vê-la algumas vezes há alguns anos, quando ela se apresentava no Raul Gil, e assim como todo mundo, fiquei impressionada com a desenvoltura e o talento daquele "cotoco de gente". E o talento nato de Maísa levou-a a posição que ela ocupa hoje, talvez a única artista infantil de destaque no momento, sendo inclusive co-apresentadora de um programa dominical com o ícone Silvio Santos. Obviamente isso não é um acontecimento à toa.

Só que por algum motivo a mídia resolveu que essa parceria deveria terminar. Por algum motivo, resolveram pegar no pé de Silvio Santos (que, concordo, não anda lá muito lúcido das idéias), e os episódios do choro da menina nos últimos domingos foram a faísca que precisavam para explodir o assunto. Como se o fato de a menina chorar fosse lhe causar traumas para o resto da vida. Como se o fato de a menina chorar fosse prova de algum tipo de tortura ou maus tratos. Como se criança não chorasse de vez em quando, por motivos reais e muitas vezes também por motivos tolos.

Porque criança é assim. Criança ri, brinca, corre, levanta a peruca de um adulto se tiver oportunidade, canta, dança, se diverte, se assusta, se machuca, repete um palavrão se ouvir E CHORA. Faz parte do processo lindo e mágico que é ser criança.

A tese de quem apedreja Silvio Santos não considera nada disso. Porque é muito mais fácil ir na onda #freemaisa e dizer que tudo que aconteceu é um absurdo como diz o coro da maioria das pessoas, do que analisar a questão mais profundamente - isso dá trabalho!

E, vejam, não estou dizendo que sou contra ou a favor do que aconteceu. Não estou defendendo Silvio Santos nem condenando, estou apenas ponderando. Porque no fundo a gente nem sabe exatamente o que aconteceu lá nas gravações do programa, e isso por si só já torna qualquer análise altamente comprometida.

Mas as pessoas vão cada vez mais na onda. Lem a Veja, ou a Folha, ou qualquer outro jornal "de peso", e concordam imediatamente com a notícia. Não ousam contestar, discordar, debater. Ouvem a opinião de um ídolo e a seguem cegamente, sem parar para pensar se há coerência.

O pessoal do CQC, por exemplo, manifestou uma posição sobre o caso no programa da última segunda-feira (apesar de terem usado as imagens da menina em muitos outros momentos, e de eventualmente chamarem-na de robozinho ou capetinha ou coisa pior). Imediatamente, pipocaram manifestações idênticas na rede. Todo mundo no embalo, porque convencionou-se dizer que o CQC é humor inteligente, então todo mundo acha que, se é inteligente, é só seguir o que eles dizem, e pronto.

*** Aqui, peço licença para um parênteses:


Eu gosto do CQC, e vejo sempre que possível. E acho que há uma parte do programa que é, sim, muito inteligente e diferente, e em algumas situações o humor é até refinado, coisa tão rara hoje em dia. Mas... há uma outra grande parte do CQC que é apenas um programa de humor como qualquer outro, que muitas vezes precisa abrir mão da inteligência e optar pelo escracho para fazer graça, e neste aspecto o programa é igual, por exemplo, ao Pânico, tão demonizado desde o surgimento do CQC. Porque o Pânico nunca disse que é inteligente, e sempre assumiu seu lado mais trash. Já o CQC muitas vezes é pretensioso, e acha que ir a Brasília entrevistar politicos faz do programa algo de mais qualidade do que qualquer outro. Não, não faz. E neste quesito, aliás, eu fico com o Pânico pela falta de pretensão. O programa CQC da última segunda-feira, por exemplo, foi bem ruim. Um dos apresentadores, aliás, é extremamente sem graça e insuportavelmente prepotente e irritante, e me causou muito constrangimento alheio entrevistando Gilberto Gil sem ter a capacidade de fazer uma única pergunta "inteligente". E isso só pra ficar num exemplo mais recente - ocorrências assim são corriqueiras. Mas, como é o CQC, todo mundo idolatra, ninguém ousa criticar, ninguém ousa contestar. Porque é assim que tem sido, as pessoas consomem o que está sob os holofotes, e o que alguém disse que é legal consumir.

Fecha parênteses ***


O fato, meus queridos, é que toda essa questão sobre Maísa, Silvio Santos, programa de televisão, etc, vai muito além do óbvio que enxergamos. Porque a menina tem pai e mãe, porque existe uma ordem judicial (que foi derrubada agora, parece), autorizando que ela trabalhasse no programa, porque é possível que muita gente dependa do sustento do salário da menina, e porque podem existir muitas outras variáveis que desconhecemos.

Lógico, ela é uma criança, e como toda criança deveria ter alguns direitos protegidos. Não, eu não acho certo a exploração de uma criança, mas quem disse que Maisa está sendo explorada? E se tiver, por que os pais dela não tomaram uma atitude? Porque ela está lá, numa televisão, trabalhando com trocentas pessoas além de Silvio Santos, e certamente se houvesse algum tipo de abuso, alguém teria percebido, não acham?

Além do mais, se alguém tivesse que pagar o pato por um episódio como este, seriam os PAIS, e não o Silvio Santos! Os pais são absoluta e integralmente responsáveis pelos filhos até que estes cheguem à maioridade, é o chamado pátrio poder, poder este que inclusive pode ser destituido se verificado o abandono moral, emocional e material. Diante da incapacidade das crianças em tomar atitudes e fazer escolhas, são os pais que o fazem, e se os pais de Maisa acham que ela está feliz trabalhando lá no SBT, quem somos nós para criticar?

Muito pai e mãe que está aí agora seguindo a onda e bradando contra a exploração da garota, teria colocado o filho sob os holofotes se pudesse, eu tenho certeza. (Quase) Todo mundo gostaria de ser famoso, de estar na mídia, ou que seu filho estivesse. Quantos pais e mães já não levaram os filhos ainda bebês para agências de publicidade "oferecendo" a criança para comerciais de TV? Quantos pais e mães não empurraram os filhos chorosos para o colo do Papai Noel para tirar uma foto no fim do ano (@poalli)?

Maisa foi um destes casos que deu certo, porque ela tem mesmo talento (coisa rara hoje em dia), e não parece ser uma criança infeliz, ou frustrada, ou torturada, ou abalada. Parece ser uma criança normal, que trabalha e que tem uma maturidade incomum para sua idade, é verdade, mas até aí não é a primeira nem a única, e nem vai ser a última.

E neste sentido, aliás, o fato de ela ter chorado é inclusive positivo. Mostra que apesar da exposição e do trabalho, ela continua sendo criança, essencialmente criança, que num dia levanta a peruca do Patrão e ri descontroladamente, no melhor estilo travessa, e no outro dia chora assustada com uma fantasia bobinha de monstro. Que num dia tagarela descontroladamente sobre todos os assuntos, e no outro dia se machuca e chora. Anormal seria ela bater a cabeça e não chorar! Anormal seria ela se assustar e não chorar!

Quisera todas as crianças que trabalham no Brasil trabalhassem em empregos como o da Maísa. Quisera todas as crianças que choram no Brasil, chorassem apenas porque bateram a cabeça ou porque viram uma fantasia de monstro.

Eu sei que dizer isso é clichê, mas essa história toda é muito clichê, afinal. E infelizmente, existem muitas crianças chorando de fome, chorando porque sofreram violências reais, existem muitas crianças trabalhando de sol a sol em empregos que não tem a menor graça e sem ganhar quase nada em troca. Infelizmente, existem muitas crianças sofrendo todo tipo de tortura real de uma sociedade que segrega e vira as costas. Mas falar sobre essas crianças não tem o mesmo impacto que falar de Maísa, então resolveram pegar Silvio Santos pra Cristo. Uma injustiça.

E, só pra terminar, espero que fique claro que eu não estou defendendo nem condenando nada nem ninguém. Se a Maísa fosse minha filha, não estaria trabalhando com Silvio Santos, porque eu julgaria inadequado. Mas como ela não é minha filha, vou manter minha opinião neutra, porque ela tem pai e mãe para defender seus interesses, então esta é uma questão que definitivamente não me diz respeito, principalmente se eu, como tantaso utras pessoas, sou consumidora do programa que ela apresenta. Não faz sentido, concordam?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Parece óbvio, mas é sábio

"Você precisa fazer escolhas que façam sentido para você, porque sempre haverá alguém achando que você deveria fazer tudo totalmente diferente.
É bom começar com o que você gosta, com o que você se importa, suas paixões, e o que faz sentido.
Essa é a minha mensagem para as mulheres, procurem seu espaço, vistam o que amam. Escolham carreiras que tenham significado para você, porque sempre haverá alguém para dizer para não usar tal cor ou não trabalhar em tal área.
Sempre haverá alguma achando que sabe o que é melhor para você."
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(Michelle Obama, Time Magazine)

Sobre o Orkuticídio

Existem muitas razões explicáveis e não explicáveis para o ato que acabo de cometer. Mas como não quero que este post seja longo e nem acho necessário ficar discutindo aqui a utilidade e a evolução do Orkut, vou me limitar a dizer que foi um ato simbólico que pra mim vai além do óbvio.
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Seria muito bom se a gente pudesse, em alguns momentos da nossa vida, parar tudo, morrer e nascer de novo. Seria fantástico se tivéssemos oportunidades reais de recomeçar do zero e reescrever nossa história, e por mais que tudo isso seja parcialmente possível - dependendo do ponto de vista - a verdade é que um caderno novo é sempre um caderno novo, e uma folha em branco num caderno velho nunca vai fazer o mesmo efeito.
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Assassinar meu perfil de Orkut tem toda essa simbologia, e vai além, mas nem tudo nessa vida é explicável, e eu vou poupar vocês de maiores divagações sobre as questões intrínsecas.
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Só o que posso dizer é que preciso manter o equilíbrio entre a minha vida real e a minha vida virtual, e por mais que eu adorasse trocar recados e acompanhar a história dos meus amigos através de seus álbuns de fotos, as coisas já não eram mais as mesmas e o meu prazer naquelas ações, idem. E como eu acho que ninguém é obrigado a suportar as minhas crises existenciais nem a minha eventual (e não intencional) grosseria, tenho certeza de que vai ser melhor assim.
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Alguns dos meus pouco mais de 100 amigos de Orkut provavelmente se surpreenderão. Alguns, certamente, não compreenderão. Outros reclamarão por eu nem ter dado tchau, e muitos provavelmente nem perceberão.
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No fim das contas, a verdade é que quem me conhece um pouquinho sabe que o Blog sempre foi muito mais importante pra mim, até porque aqui eu sou muito mais eu mesma do que em qualquer outro espaço virtual. Além do mais, era só um profile de Orkut, e considerando a minha intensa vida virtual, ainda é muito fácil me encontrar em várias outras redes como Twitter, Facebook, Flickr, etc, etc, etc.
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Vou terminar dizendo que todo este processo tem significados muito maiores que não vem ao caso agora. A vida da gente se transforma diariamente, sem que possamos nos dar conta, mas algumas transformações são bem mais abrangentes, causam choque, espanto, dor, sofrimento, trazem enriquecimento espiritual, nos tornam pessoas melhores, nos dão novas oportunidades, nos fazem enxergar erros e acertos, e às vezes tudo isso vem tão misturado que até que consigamos ver o cenário com clareza, o melhor a fazer é reduzir a marcha e ir mais devagar.
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E logo tudo volta à sua ordem "normal". Esta é uma das poucas certezas.

Se a gente não tivesse feito tanta coisa...



... um dia um caminhão atropelou a paixão...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Poder daquilo que não é Real

Meu nível de tolerância costuma ser ZERO para pessoas que tem mania de perseguição, que vivem achando que o mundo inteiro existe exclusivamente para invejá-la e desejar-lhe o mau. Acho isso muito chato e megalomaíaco.

Sou cética e acredito em poucas coisas que não posso ver. Acredito em Deus, claro, mas de resto, não dou muita bola, já acho difícil o bastante compreender coisas e pessoas reais.

Só que de vez em quando acontece alguma coisa que coloca uma grande interrogação nessas minhas convicções. E nessas horas eu fico realmente bem confusa, dividida entre meu ceticismo e a possibilidade de que algo "oculto" tenha realmente algum poder. Será?

Ontem eu tive uma reunião de trabalho à tarde com uma das piores pessoas que eu conheço nessa vida. Sabe gente essencialmente RUIM?

Uma Fulana que exala toda uma aura negativa, de mau caratismo, desvio de conduta, dissimulação, recalque e inveja, só pra ficar no "básico". Uma pessoa tão ruim que dividir o mesmo ambiente com ela por quase 2 horas foi um exercício extremo de autocontrole, que eu venci, mas que me trouxe algumas consequências.

Normalmente eu já fico bem "carregada" só de falar ao telefone com ela, o que acontece com maior frequência, mas ontem depois da reunião, como num passe de mágica eu , que até então estava ótima, fiquei gripada, tive febre, dor de cabeça insuportável, me apareceram algumas manchinhas roxas pelos braços e uma irritação nos olhos (coceira/ardência) que me fez acordar hoje com o rosto desfigurado.

De onde surgiram todos esses sintomas de uma vez, do nada? Nem meu lado cético e racional consegue me impedir de associar as ocorrências ao contato com a coisa-ruim. Lembrei até que ela pegou no meu cabelo quando nos cumprimentamos e fez aquele comentariozinho pseudo-gentil "Como seu cabelo está lindo! E essa pele! Ah, Doutora, você está sempre tão elegante!". E não quero ser paranoica não, mas... sabe Deus o que pode acontecer com meu lindo cabelinho ou com a minha linda pele agora, né? Perigo!

Olha, gente assim me dá medo, mas muito mais que medo, me dá muita pena. Como pode uma criatura gastar uma vida inteira para desejar o que é do outro e para arquitetar formas de derrubar seus concorrentes (sua única chace de se destacar)?

Como diz o ditado, "... Quanto mais conheço as pessoas, (a frase aqui seria "mais gosto dos meus cachorros", mas como nem de cachorro eu gosto), mais eu tenho medo delas".

Talvez por isso eu seja tão incrédula com coisas ocultas. Porque não tenho medo nem me preocupo com o que não é real, mas pessoas de verdade, por outro lado, são capazes do inimaginável. Para o bem e, infelizmente, para o mal.

Que Deus nos proteja!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Fui comprar um negócinho ali

Descontrole é uma coisa assustadora, né? Porque assim... a gente nem se dá conta...

Então eu fui ali numa papelaria comprar um negócinho, que era só desse negócinho mesmo que eu precisava, assim, para o momento.

Papelaria, né? Aquele tipo de lugar de onde eu deveria manter distância para o resto da vida, porque é um dos 5 lugares que me faz perder completamente o controle toda-vez! (conto quais são os outros 4 qualquer hora dessas).

Mas fui lá, achei que estava num dia bom e que isso ia me ajudar a manter o controle e ser objetiva (heim? objetiva? que que é isso? é de comer?), e 2 horas depois saí do lugar com uma sacola consideravelmente pesada, com tudo dentro, menos o negócinho de que eu precisava - não tinha.

E como era sexta-feira, tarde cinzenta do jeito que eu gosto, aquele céu meio melancólico que me inspira super, dei uma esticadinha de leve no Shopping que fica ao lado da papelaria só mesmo pra tomar aquele café que eu amo, comer um docinho e deixar o lixo produzido na operação faxina de outro dia na estação de reciclagem.

2 horas depois saí do Shopping com sacolas de 4 lojas diferentes. Quando cheguei no estacionamento e me dei conta de que a tarde já estava terminando, saí apressada como uma louca e esqueci, lógico, de parar na estação de reciclagem para deixar o meu lixo.

Agora estou de volta ao lugar onde deveria ter passado a tarde trabalhando, meu carro continua com o porta malas entupido de lixo reciclável, eu continuo sem o negócinho de que precisava pra terminar um processo aqui, e faltam apenas 10 minutos para que o "horário comercial" termine.

YES! Porque ser feliz numa tarde nublada de sexta-feira todo mundo merece!

Ah, sim... as compras! Voltei pra casa com várias coisas de papelaria que eu ainda não sei como/quando/onde vou usar, mas que me pareceram super necessárias lá na loja; 1 troca de roupa bonitinha pra mim (a compra mais rápida); 1 presente pra levar na festinha de aniversário no findi; 2 DVD's de rock que eu nem sei se prestam, mas que achei a cara do meu filho que agora resolveu ser roqueiro; 1 livro (sendo que eu tenho + 4 na fila de leitura, todos comprados esses dias); e 1 CD do Flávio Venturini (esqueci o nome agora, ficou lá no carro, mas é lançamento, ao vivo, com vários duetos, e tal).

E, lógico, a melhor de todas as compras: uma SINETA. Ainda não consigo elaborar como eu fui capaz de viver todos estes anos sem uma SINETA. Um divisor de águas na minha vida, que agora ganha o rótulo A.S. e D.S. - antes e depois da Sineta. O mundo é bem maior do que imaginamos, queridos. Acreditem!


(como vocês podem perceber, eu sou provavelmente a pessoa mais controlada que vocês conhecem. Um exemplo a ser seguido!)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Um certo diálogo

A pessoa tá lá quieta no canto dela, tomando um café gourmet e lendo seu livro da hora, quando alguém a encontra:


_ Oi! Nossa, que vidão, heim! Só no cafezinho, de boa...

_ Errr... Oi. É, pois é, né... servida?

_ Não, não, obrigada. Estou com um pouco de pressa... (puxa a cadeira e senta ao lado) Mas e aí, o que você tá lendo de tão bom, heim? Tava numa concentração...

_ Errr... Esse aqui, ó... tô mais ou menos no começo ainda, tava aproveitando a pausa para o caf...

_ Hummmm (toma o livro da mão da pessoa e folheia, desmarcando a página e tudo) Nunca ouvi falar! É bom? É de que tipo?

_ É... parece bom sim, foi indicação de um amigo... é um romanc...

_ Ro-man-ce! (assim, silabicamente, interrompendo a pessoa) Adooooooro livros românticos! aiaiai (suspira)... A vida da gente já é tão sem romance às vezes, né, amiga, que ler um livro romântico de vez em quando é legal...

_ Oi????????????????????

_ É, histórias de amor, adoooooro! É tão lindo... sabe, não parece, mas eu sou suuuuper romântica... só que eu gosto mais daqueles livros que são um pouquinho divertidos, tipo comédia romântica, porque aquelas tragédias de amor que fazem a gente chorar, nossa... meu coração não aguenta!

_ Errrrr.... oi?

_ Tem um até que não é exatamente romântico (sic!), mas dá dicas, eu li ano passado, deixa eu lembrar o nome... mmmmm... Ah! "Amar pode dar Certo", acho que é isso, já leu? É mó legal, menina... nossa, tantas dicas pra vida da gente! Se você quiser eu te empresto!

_ Errrr... obrigada... eu estou com uma pilha de livros lá em casa pra ler, andei comprando, pegando emprestado... mas, ó, obrigada, viu?

_ Ah, imagine! Eu também adoro ler, estou até precisando de alguma dica boa porque o último que eu li foi "O Segredo" (pausa) Você já leu O Segredo, nééééé?

_ Errrr... então... não é muito o meu estil...

_ Nossa, é ma-ra-vi-lho-so! Mas pode deixar q eu te empresto o meu, aí quando você terminar esse você lê, vai ser rapidinho, e você vai AMAR!

_ Posso imaginar...

(meia hora depois...)

_ Bom, mas então tá bom, não vou te atrapalhar mais não que eu preciso resolver umas coisas... Foi ótimo te encontrar! E, olha, acho até que vou passar na livraria antes de ir embora e comprar um livro porque esse nosso papo me deixou animada! Tô pensando em comprar o novo do Paulo Coelho, deve ser ótimo, né? o que vc acha?


(...)


JURO. Porque EU MEREÇO!

domingo, 10 de maio de 2009

Só enquanto eu viver...

Só enquanto eu viver, mãezinha, eu vou lembrar de você...
Só enquanto eu viver, eu vou sentir sua falta...
Só enquanto eu viver, eu vou chorar de saudade...
Só enquanto eu viver, mãezinha, me faltará um pedaço.

Pela quarta vez terei que encarar um segundo-domingo-de-maio.

O tempo não tornou nada mais fácil como prometido. Não. Ao contrário disso, tornou a saudade ainda maior, e dói tanto que às vezes parece que não vou aguentar.

Como se não bastasse, ainda tenho que lidar com o Dia das Mães...
Dia das Mães? Como assim, Dia das Mães??? O que há para se comemorar quando ELA já não está mais aqui?

Não há nada a se comemorar, e só enquanto eu viver, mãe, o segundo domingo de maio será sempre um dia extremamente triste.

Eu olho suas fotos e ainda hoje não consigo acreditar que seja apenas uma imagem que nunca mais verei no plano real;
Eu olho seu sorriso enviezado, mãe, e sinto saudade até de quando você me dava broncas homéricas e depois ainda reclamava por eu chorar muito fácil, por "qualquer coisa", como você dizia;
Eu olho essas imagens, mãe, e lembro da sua voz, sinto o toque da sua mão cansada, sinto o seu cheiro. Como se toda essa história de morte fosse apenas uma piada de mau gosto da vida, que pudesse ser revelada a qualquer momento.



Esta foto foi tirada no dia do meu aniversário de 29 anos (12/06/2005), no Khan El Khalili, onde fizemos uma comemoração por insistência DELA, que já estava doente mas "queria muito que eu comemorasse com uma festa". E é o retrato mais fiel de todo o alicerce sobre o qual construí minha vida.

Éramos as 5 Mulheres. "A Casa das 5 Mulheres". Tínhamos superpoderes juntas, éramos imbatíveis, e agora temos apenas um time desfalcado de filhas órfãs que precisam reencontrar uma razão para seguir em frente.

Hoje cada uma de nós estará em um lugar diferente, tentando driblar a tristeza à sua maneira. E é assim que será, só enquanto vivermos.

SAUDADE.
Hoje não é mais nada senão o Dia da nossa Saudade.

sábado, 9 de maio de 2009

10a. PA Kids

Quem tem um filho tem TUDO no Mundo, e até a nuvem mais cinzenta se dissipa diante de tanto amor.

Hoje foi dia de corrida dos pequenos, a 10a. PA Kids, e como sempre foi show de bola! Organização impecável, kit super caprichado, manhã ensolarada e, o melhor de tudo: A criançada linda espalhando pra todo mundo aquela energia maravilhosa que só as crianças tem!

O Lucas nem sabe, mas esse foi o meu melhor presente de Dia das Mães.


Tem como não amar???

quinta-feira, 7 de maio de 2009

E lá se foram 2 anos!


2 ANOS DE DONA FARTA NO AR!


Obrigada pela companhia durante todos estes 730 dias que já se foram...

Quem escreve, escreve também para ser lido, e saber que tenho vocês aqui comigo, apesar das inconstâncias e turbulências, dá todo um sentido para essa loucura que é blogar.

Parabéns para mim,

Parabéns, pra você,

Parabéns para Nós!!!
(*** e continuem acompanhando ***)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Só Eu e Eu

Gostaria de ser breve, até porque ando com um pouco de medo do poder das palavras nestes dias... O duro é eu conseguir ser breve, mas vamos lá.

Que eu não estou numa fase boa, acho que já ficou bem claro... E acho também que já falei bastante a respeito, e que vocês talvez estejam de saco cheio dessa lenga lenga (eu estou).

O que está acontecendo? Bem... muita coisa. Mas eu prefiro não entrar em detalhes, primeiro porque taí uma coisa que eu não sei fazer - me abrir (nem mesmo com as pessoas mais próximas), e segundo porque não acho que tenha alguma utilidade falar sobre as minhas mazelas abertamente, não vejo razão para torturar as pessoas com isso. Todos temos problemas e cada um lida com eles de uma maneira diferente.

Mas eu preciso dizer que, por motivos óbvios, posso estar relativamente alterada neste período. Alterada no sentido de me comportar de maneira diferente e de eventualmente não querer fazer coisas que habitualmente eu faria.

Em português claro, eu queria uma caverna. Não estou sendo dramática e dizendo que queria viver pra sempre por lá, mas seria bom passar uns dias num local isolado e longe de tudo, onde eu não precisasse interagir, onde eu não precisasse fazer nada exceto pensar, refletir, analisar a minha vida, e criar forças para fazer o que é preciso. Um pouco de paz seria perfeito.

Sim, cavernas existem, mas eu não posso ir pra lá. O mais próximo que posso chegar deste ideal é ficar em casa quieta no meu canto, e eu acho que é um direito que toda pessoa deve ter, afinal. Não tem nada a ver com depressão, para os apressadinhos que já saem fazendo análises. Tem apenas a ver com uma necessidade pessoal de ficar exclusivamente em companhia de mim mesma, de isolar ao máximo possível as interferências externas para conseguir ter a segurança que eu preciso ter para seguir adiante.

Conversar não resolve, não pra mim. Como já disse, tenho muita dificuldade de falar sobre questões pessoais, mesmo com amigos e familiares. Não me sinto à vontade, e esse não é o tipo de coisa que funciona se você forçar. Sei que pode parecer estranho porque aqui no Blog eu vivo contando tudo que acontece comigo, mas esta questão especificamente é diferente.

Quis escrever tudo isso aqui porque sei que não estou nos meus melhores dias (acreditem, nem eu mesma tenho conseguido ME suportar). É por isso que prefiro poupar as pessoas, mantendo uma certa distância. Não tenho sido boa amiga, boa ouvinte, boa companhia. E por melhor boa vontade que qualquer um tenha em me ouvir e oferecer um ombro amigo neste momento - pelo que serei eternamente grata - ainda assim, prefiro ficar apenas comigo mesma.

Me conheço suficientemente bem para saber que é só disso que eu preciso - um tempo. Sem perguntas, sem forçação de barra, sem pressão. Todas as respostas que eu busco estão em mim. Toda a força que eu preciso também está aqui. Por alguma razão as coisas em meu interior estão meio bagunçadas, e é só a reclusão que vai me ajudar a reorganizar a casa. É assim que tem que ser.

Mantenho uma comunicação com o mundo através da internet porque de alguma forma isso me faz sentir viva, é a minha conexão com o mundo real, e é a forma através qual me sinto segura, já que não posso ser confrontada e não preciso responder aquilo que não quiser responder. E também porque entre uma distração e outra nos sites, blogs, orkuts e twitters da vida, muitas questões relevantes acabam brotando: uma música aqui, um texto ali, uma frase acolá... algumas coisas podem fazer muito mais sentido do que seus autores poderiam supor.

Quero terminar este post dizendo a todas as pessoas que são importantes na minha vida (e cada uma sabe que é) que eu posso não estar vivendo meus melhores dias, mas isso não significa que meus sentimentos tenham mudado. Apenas não tenho sido uma boa amiga, e por isso prefiro manter uma distância (saudável pra todo mundo, acreditem), o que significa não sair junto, não telefonar, não encontrar, e não querer fazer qualquer coisa que implique conviver.

Mas vai passar - em 1 semana, 1 mês, 1 ano, não sei... só o que sei é que quando passar - vocês me conhecem! - serei a primeira a agitar jantares, e cafés, e conversas, e reuniões. Quando passar, tudo será novo de novo, e teremos o resto da vida pra curtir tudo que ela nos reservar.


Por enquanto, me desculpem por qualquer coisa.