Já é madrugada e mais uma vez estou aqui.
Devia estar dormindo, coisa que tenho feito muito pouco ultimamente, mas até o sono anda exercitando a arte de me abandonar, então não me culpem pelas olheiras profundas e pelo eventual mal humor.
Uma hora isso tudo se acalma, e então terei apenas olhos inchados de quem anda dormindo demais. É sempre assim. Ou 8 ou 80. Nunca um meio termo.
Meio termo. Taí um negócio lindo na teoria, mas absolutamente difícil na prática. Eu pelo menos nunca consigo. Porque sou dessas pessoas que é de fato 8 ou 80. Não consigo ser metade. Sou sempre inteira, para o bem e para o mal. Para o 8 e para o 80.
E não, isso não é motivo de orgulho, muito pelo contrário, até porque ser assim é uma atitude pouco inteligente. Estúpida, na verdade. A gente vive com a guarda aberta, e soldado que vai pra guerra e não sabe se defender só tem um destino: Toma tiro. Às vezes morre. Às vezes fica com sequelas. Raramente sobrevive ileso.
Pessoas como eu, que se deixam dominar por emoções invariavelmente burras e que nos levam a caminhos acidentados, sofrem. Não só pelos tombos que levam - esses a gente acaba tirando de letra - mas também, e principalmente, pela rejeição das pessoas que temem serem amadas com devoção.
É aí que entra a letra da música que eu estava ouvindo e que, não por acaso, me inspirou a vir aqui escrever essas bobagens.
Brincar de Viver, cuja versão mais linda é esta, na voz da Diva Bethânia:
"A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não". E então a gente percebe que é este o caminho. Não adianta lutar contra a natureza daquilo que se é. E se não há como mudar o imutável, adaptemo-nos a ele!
Sou 8 ou 80, e em ambos os casos, sempre inteira. Sem meio termo, sem ponderação, sem moderação.
Porque se é pra sofrer, que seja o sofrimento mais doído do mundo;
Se é pra amar, que seja o amor mais sublime do planeta;
Se é pra se entregar, que seja de corpo e alma;
Se é pra querer, que seja com toda a força do Universo.
Prefiro viver 100 anos em 10 do que 10 anos em 100. Quantidade nunca siginificou qualidade, e quando falamos de Sentimentos, isso é ainda mais importante.
Emoção é um momento. É uma construção involuntária dos sentidos do corpo que culminam numa reação nem sempre perceptível ao outro, mas que pode mudar vidas. E emoção não se reconstrói. Perdido o momento, já era. Perdeu-se aquilo que não se recupera, e que muitas vezes era o que de mais valoroso poderia existir.
Por isso essa minha urgência, essa minha agonia. Prefiro amar perdidamente alguém por 1 dia do que amar mais ou menos por 1 ano. Já vivi ambos os casos e, acreditem, por mais que tenha sempre me machucado - muito - ainda assim prefiro as cicatrizes das pancadas mais fortes do que os arranhões de emoções xinfrins.
Cicatrizes escrevem histórias. Arranhões somem com o tempo, e tornam-se apenas isso: Insignificâncias esquecidas.
Não é fácil viver assim. Não é fácil SER assim. Porque rola toda uma paranoia nas pessoas, e elas costumam ter ressalvas com gente que demonstra demais suas emoções, com gente que AMA demais ou odeia demais. E aí vem os "nãos".
E os nãos também machucam, muito. Reprimem. Às vezes matam aquela emoção que a gente sabe que nunca mais vai nascer. Mas ainda assim, como diz a música:
Portanto, sigo exercitando "A arte de sorrir cada vez que o mundo diz NÃO".
Às vezes choro, é verdade, mas o choro também é intenso, daqueles que lava a alma. Nada que uma caixa de lenços não resolva. Se rolar um bom colo, melhor ainda. E então a gente se recupera, e a história não tem fim, e continua sempre que alguém responde sim...
E então posso voltar a brincar...
Brincar de Viver!
Devia estar dormindo, coisa que tenho feito muito pouco ultimamente, mas até o sono anda exercitando a arte de me abandonar, então não me culpem pelas olheiras profundas e pelo eventual mal humor.
Uma hora isso tudo se acalma, e então terei apenas olhos inchados de quem anda dormindo demais. É sempre assim. Ou 8 ou 80. Nunca um meio termo.
Meio termo. Taí um negócio lindo na teoria, mas absolutamente difícil na prática. Eu pelo menos nunca consigo. Porque sou dessas pessoas que é de fato 8 ou 80. Não consigo ser metade. Sou sempre inteira, para o bem e para o mal. Para o 8 e para o 80.
E não, isso não é motivo de orgulho, muito pelo contrário, até porque ser assim é uma atitude pouco inteligente. Estúpida, na verdade. A gente vive com a guarda aberta, e soldado que vai pra guerra e não sabe se defender só tem um destino: Toma tiro. Às vezes morre. Às vezes fica com sequelas. Raramente sobrevive ileso.
Pessoas como eu, que se deixam dominar por emoções invariavelmente burras e que nos levam a caminhos acidentados, sofrem. Não só pelos tombos que levam - esses a gente acaba tirando de letra - mas também, e principalmente, pela rejeição das pessoas que temem serem amadas com devoção.
É aí que entra a letra da música que eu estava ouvindo e que, não por acaso, me inspirou a vir aqui escrever essas bobagens.
Brincar de Viver, cuja versão mais linda é esta, na voz da Diva Bethânia:
"A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não". E então a gente percebe que é este o caminho. Não adianta lutar contra a natureza daquilo que se é. E se não há como mudar o imutável, adaptemo-nos a ele!
Sou 8 ou 80, e em ambos os casos, sempre inteira. Sem meio termo, sem ponderação, sem moderação.
Porque se é pra sofrer, que seja o sofrimento mais doído do mundo;
Se é pra amar, que seja o amor mais sublime do planeta;
Se é pra se entregar, que seja de corpo e alma;
Se é pra querer, que seja com toda a força do Universo.
Prefiro viver 100 anos em 10 do que 10 anos em 100. Quantidade nunca siginificou qualidade, e quando falamos de Sentimentos, isso é ainda mais importante.
Emoção é um momento. É uma construção involuntária dos sentidos do corpo que culminam numa reação nem sempre perceptível ao outro, mas que pode mudar vidas. E emoção não se reconstrói. Perdido o momento, já era. Perdeu-se aquilo que não se recupera, e que muitas vezes era o que de mais valoroso poderia existir.
Por isso essa minha urgência, essa minha agonia. Prefiro amar perdidamente alguém por 1 dia do que amar mais ou menos por 1 ano. Já vivi ambos os casos e, acreditem, por mais que tenha sempre me machucado - muito - ainda assim prefiro as cicatrizes das pancadas mais fortes do que os arranhões de emoções xinfrins.
Cicatrizes escrevem histórias. Arranhões somem com o tempo, e tornam-se apenas isso: Insignificâncias esquecidas.
Não é fácil viver assim. Não é fácil SER assim. Porque rola toda uma paranoia nas pessoas, e elas costumam ter ressalvas com gente que demonstra demais suas emoções, com gente que AMA demais ou odeia demais. E aí vem os "nãos".
E os nãos também machucam, muito. Reprimem. Às vezes matam aquela emoção que a gente sabe que nunca mais vai nascer. Mas ainda assim, como diz a música:
"...E eu desejo amar
A todos que eu cruzar
Pelo meu caminho
Como eu sou feliz
Eu quero ver feliz
Quem andar comigo...
Vem..."
Portanto, sigo exercitando "A arte de sorrir cada vez que o mundo diz NÃO".
Às vezes choro, é verdade, mas o choro também é intenso, daqueles que lava a alma. Nada que uma caixa de lenços não resolva. Se rolar um bom colo, melhor ainda. E então a gente se recupera, e a história não tem fim, e continua sempre que alguém responde sim...
E então posso voltar a brincar...
Brincar de Viver!
9 comentários:
Ahazo, como sempre, amada! rs Eu me leio nesse texto!
BjosS
Dona Farta,
Me identifiquei bastante com esse seu post. Sou exatamente assim. Ou 8 ou 80. Exatamente da forma como descreveste. Emoções muito afloradas, enfim. Não conhecia seu blog ainda apesar de já seguí-la há um bom no Twitter.
Pode ter certeza que meu dia começou melhor hoje por causa das suas palavras.
Foda, foda, foda!
Não tenho o que dizer alem disso. Confirmo, mais uma vez, como é bom ter alguém tão parecido comigo por perto. E quero hoje, quero agora, muito, pra sempre!
Te amo, prima!
Nossa, adorei.... sem comentarios....todos tem pelo menos um pouco desse 8 ou 80... um dia te conto meu amor de 1 mês, q se "expandiu" um pouco... e quando vc bate o pé numa quina, vc pode rir ou chorar: aprendamos a rir de tanto chorar!!!!!
E eu prefiro sempre ser intensa, sentir tudo na pele do que viver morna. O que se leva dessa vida senão aquilo que fizemos? E um não, dois não, cem não serão apenas um detalhe para uma vida inteira, pois no final o que vamos contar foram os 'sim' que nos levaram a mares nunca d'antes navegados.
Vim pelo blog da Sissi...e olha que coisa, meu último post fala (quase) sobre isso também. Sobre o muro que pessoas como nós (8 ou 80) às vezes acabam construindo ao redor de si, pra tentar se proteger.
Beijos!
Acho que esse é um dos melhores textos que já li no seu blog. Parabéns irmã!
Lindo post!
Sabe o que é pior de ser assim 8 ou 80?
A gente se entrega sempre de corpo e alma a tudo o que faz, e quebra muito a cara...
E às vezes, por quebrar tanto a cara a gente acaba se fechando.
Eu não consigo fazer nada se não for por inteiro. Se for pra deixar pela metade, prefiro não fazer.
Bjos
Garota!!! Eu tava lendo a Sissilandia e o post dela indicava o seu. ADOREI! Você descreveu o que um dia eu tentei explicar pra um amigo, que eu prefiro sentir a dor da perda do que deixar passar a história/momento por medo de sofrer depois. Isso porque as coisas que eu sinto são assim, intensas. Não sei com você, mas por ser assim muitas e muitas pessoas me acham louca/maluca, mas louco/maluco é quem não entende a satisfação de viver plenamente os sentimentos. Achei seu texto fantástico. É bom saber que eu não estou só..rs... E vamos continuar sorrindo mesmo quando o mundo disser não! bjinhossss
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