sexta-feira, 5 de junho de 2009

Não é por nada não, mas...

Tem dias que conviver pacificamente com outros sereZOmanos é uma tarefa impossível. Impossível.

Porque, olha, tem gente que inviabiliza, viu?

Eu não sei quem foi que inventou esse negózdi sociedade, convivencia, e blablabla, mas a pessoa que inventou devia ter ensinado pra todo mundo como é importante, por exemplo, tomar banho, pentear o cabelo e escovar os dentes, dentre outras coisas fundamentais.

Como escrevi agora há pouco lá no twitter, basta uma ida ao Banco em "dia de pagamento" pra constatar como existe gente feia nesse mundo. E infelzimente nem é uma exclusividade dos dias de pagamento, mas tenho que concordar que no 5o. dia útil do mês elas surgem de todos os cantos como se fossem zumbis invadindo a terra num filme de terror ou algo assim. Medo. Muito medo.

Ok, eu sei que você deve estar aí do outro lado pensando "mas quem ela pensa que é para estar falando assim da (falta de) beleza alheia? por acaso é alguma miss?", e eu compreendo sua indignação porque chamar os outros de feios é meio politicamente incorreto, e coisa e tal... e eu também não sou nenhuma miss, e coisa e tal...

Mas acontece que, tenho que repetir: as pessoas inviabilizam. Como se não bastasse serem feias, elas ainda são fedidas, descabeladas, desdentadas, mal vestidas, mal educadas, tem mau hálito e falam "pobrema", tudo-ao-mesmo-tempo-agora! E, na boa, assim não dááááá!

Eu nem ia ao Banco hoje nem nada porque, né? Queria mesmo me poupar... Mas acontece que vivemos num lugar chamado Brasil, e neste delicioso país-tropical-abençoado-por-deus-e-bonito-por-natureza existem algumas coisas que só podem ser resolvidas pessoalmente-dentro-do-Banco. Porque, né, pra que internet, se a gente pode submeter o cliente à tortura?

Então lá fui eu, munida do meu mais genuíno espírito cristão, com doses extras de paciência na bolsa e, claro, um bom livro em punho, porque ler é a melhor alternativa pra se alienar de um lugar insuportável quando se está esperando. Teoricamente.

Acontece que sou eu, né, gente? E eu sou ca-ga-da. Me esforço igual uma condenada pra fazer cara de insuportavelmente antipática e afastar qualquer pessoa que pretenda iniciar uma "amizade de fila de banco", mas nunca funciona.

Atraio especificamente 2 tipos de público: velhinhos e crentes. Impressionante. Não há uma única vez em que eu vá ao banco e não saia de lá com meia dúzia de folhetos dizendo que eu preciso ir a alguma igreja salvar a minha alma e mudar a minha vida. Mas antes fossem só os folhetos... eles também querem me evangelizar, e, putz... crentes não desistem nunca!

O problema é que as pessoas querem conversar comigo assim, do nada. Até aí, seria ótimo, adoro conversar. Mas são essas pessoas que eu citei lá no começo do post, gente que tem mau hálito e que fala pobrema, gente não penteia o cabelo e que usa roupas 3 números menor, deixando uma boa quantidade de banha aparente, gente que fala cuspindo, gente que fala que o avião da air france caiu por culpa do governo, sabe, esse tipo de gente? Aí não dá, né?

Fico lá, tentando ler o meu livro e fazer cara de poucos amigos, juro que me esforço muito pra ser uma vaca antipática abominável, mas as pessoas não desistem. Elas nunca desistem. E quando percebem que estou olhando para o outro lado começam a me cutucar, pegar no meu braço, dar tapinha nas minhas costas, e a tortura não acaba nunca. Eu fico por um fio pra não sair dando rasteira em todo mundo, juro. Me dá muita vontade de encarnar aloka e sair enfiando a mão em meio mundo gritando "não encosta seu dedo imundo em mim nãããão!", mas... ai... nem tenho tanta coragem assim... eu sou uma fraude!

Preciso urgentemente desenvolver uma estratégia para me livrar dessas situações (e aceito sugestões). Já pensei em fingir alguma deficiência (tipo ser surda, muda, cega, sei lá), mas o feitiço pode virar contra a feiticeira porque esse tipo de gente não faz nem questão de disfarçar curiosidade, então talvez eu ainda tivesse que lidar com olhares vigilantes controlando cada um dos meus movimentos, e daí pra um gesto obsceno seria um pulo, e ser presa por mostrar o dedo do meio pra meia dúzia de velhinhos dentro de um Banco xexelento não está nos meus planos.

Também já pensei em falar para os crentes que eu pratico algum culto satânico, e que não vou nunca nem passar na porta da igreja deles pra ver se eles desistem de mim, mas conhecendo esse tipo de gente tenho medo de rolar um exorcismo dentro do Banco e, né... espero que vocês não leiam esse tipo de notícia a meu respeito nos jornais.

Só sei que tá froids. Preciso de uma técnica pra me livrar de gente feia. Quero só gente bonita e/ou inteligente e/ou cheirosa e/ou elegante e/ou interessante E sempre com bom hálito na minha vida. Ah, e tem que falar pro-ble-ma, assim, direitinho.

Porque de POBREMA eu quero distância. Não é por nada não...

3 comentários:

Jacke Gense disse...

Hahahah.... Flávia... vc deveria escrever um livro "As aventuras de Dona Farta"... com certeza seria um best seller!!!!

Patricia Caetano Q. disse...

O pior de tudo é roupa apertada em quem, definitivamente, não pode usar! Isso é triste e me dá um ódio...
Sou solidária a sua irritação! Mas, calma. Se reagir, principalmente aos crentes, pode rolar barraco.
Faz cara de alegre que eles te esquecem. A alegria assuta, pode crer!
Bj!

Anônimo disse...

Menina como vc tá MAL amada!!!
Até a palavra de DEUS tá te incomodando???
Pense bem, nessas suas atitudes...e amolesce esse coração...Vc é tão LINDA!!!