Todo mundo sabe como eu AMO telefone, né? Já deixei aqui incontáveis demonstrações de amor e devoção a este aparelhinho do capeta, de modo que alguns amigos mais próximos que me amam de verdade já adotaram a tática de nunca cutucar a onça com vara curta (leia-se telefonar para mim), pelo que serei eternamente grata.
Daí que hoje foi um dia completamente atípico. Meu celular (que existe exclusivamente por razões profissionais) permaneceu mudo o DIA INTEIRO, o que é um milagre de grandes proporções, já que não existe um único dia nessa vida de meodeos em que eu possa desfrutar de tamanho prazer. Normalmente o bicho começa a se esgoelar logo cedo e só se cala ao anoitecer, quando cala.
Mas hoje não... hoje ele ficou tão quietinho que eu até perdi a hora de manhã. Ficou tão quietinho que o tempo demorou pra passar, e eu consegui aproveitar a calmaria pra fazer várias coisinhas por mim mesma, como ver TV comendo pipoca e tomando um chá bem quentinho, adiantar a leitura do meu livro, folhear a revista Veja da semana passada e até tirar um cochilinho de meia hora (e também arrastei o sofá e dancei empolgada o clipe Jay-Ho do filme Slumdog Millionaire, mas isso eu nem ia contar).
Porque ser patrão de si mesmo tem que ter alguma vantagem nessa vida, né? E se eu sou uma pessoa que não tem direito a férias, décimo terceiro, previdência social, fundo de garantia, ticket, vale transporte, etc e tal, por outro lado eu não preciso fingir que estou trabalhando pra patrão nenhum quando (muito raramente) eu não tenho nada urgente/importante pra fazer. Tudo bem que momentos assim são absolutamente raros, mas quando ocorrem lavam a alma.
Só agora há pouco dei uma rápida olhada no celular, que estava ali impávido sobre minha mesa, gelado e mais cinza do que nunca. Apertei um botão qualquer para tirar o descanso de tela e foi então que vi a mensagem "sem sinal". E isso nunca é um bom sinal. Dei uma chacoalhada e mudei de posição para ver se o sinal voltava, mas não voltou. Conheço minha gegingonça suficientemente bem para saber que estava na verdade travado, sabe-se lá desde que horas.
Fiz então toda a operação "desliga - tira a bateria - tira o chip - assopra - dá uma reboladinha - coloca tudo de volta no lugar - liga", e o sinal imediatamente se restabeleceu.
Segundos depois a campainha de "nova mensagem" começou a tocar... tocou uma, tocou duas, tocou três vezes... e continuou tocando incessantemente. Com medo, larguei o telefone em cima da mesa e fiquei olhando, enquanto aquele "bléim bléim" nunca mais parava.
Mal sinal. Péssimo sinal.
Quanto o bléim-bléim finalmente terminou, constatei que chegaram algumas dezenas de mensagens de chamadas perdidas. Quase todas de números conhecidos (clientes). E um dos clientes, pelo jeito, tentou muitas vezes. Muitas. Desde as 11h00. É um cliente muito muito muito chato, que tem essa mania feita de só querer falar ao telefone mesmo eu explicando pra ele um zilhão de vezes que o email é mais eficiente.
Ops!
Quer dizer então que o celular só ficou tão silencioso o dia todo porque estava travado? Quer dizer que tinha cliente tentando me ligar descontroladamente, enquanto eu comia pipoca e assistia sessão da tarde???
Ooooops!
Mas ó, gente, a culpa nem foi minha! Foi do celular, né...
Então cheguei as duas alternativas possíveis diante da constatação do problema:
A) Eu poderia ligar de volta para o cliente e atendê-lo imediatamente, mesmo fora do horário comercial, não importando a que horas isso iria terminar, porque, né... deixei de atendê-lo durante a tarde, e nem foi por um motivo profissionalmente aceitável (esse seria meu lado racional/profissional/exemplar/blablabla).
OU
B) Eu poderia cair no chão e me fingir de morta, como se essas ligações nunca tivessem existido. Quando ele finalmente conseguir falar comigo amanhã, farei "a surpresa" e direi que podemos ambos processar a Claro porque essas chamadas jamais chegaram a mim (enfatizando sempre o tom surpreso), e aproveito o gancho para mostrar pra ele mais uma vez como seria mais seguro usar o email para casos de emergência (e eu bem sei que nem era uma emergência tão emergencial assim).
Considerando que agora são 17h30 e estou aqui contando isso pra vocês, já sabem qual alternativa escolhi, né?
E não é que eu seja irresponsável nem nada não, viu, gente? É só que eu realmente não queria estragar uma tarde perfeita, de modos que vou continuar fingindo que essas ligações jamais existiram.
Vou até anotar na agenda a importância deste dia. Quem sabe vira feriado? "03 de Junho - Dia Mundial Sem Telefone". Pensaí se não seria demais!
Por outro lado, fica também uma grande lição:
Daí que hoje foi um dia completamente atípico. Meu celular (que existe exclusivamente por razões profissionais) permaneceu mudo o DIA INTEIRO, o que é um milagre de grandes proporções, já que não existe um único dia nessa vida de meodeos em que eu possa desfrutar de tamanho prazer. Normalmente o bicho começa a se esgoelar logo cedo e só se cala ao anoitecer, quando cala.
Mas hoje não... hoje ele ficou tão quietinho que eu até perdi a hora de manhã. Ficou tão quietinho que o tempo demorou pra passar, e eu consegui aproveitar a calmaria pra fazer várias coisinhas por mim mesma, como ver TV comendo pipoca e tomando um chá bem quentinho, adiantar a leitura do meu livro, folhear a revista Veja da semana passada e até tirar um cochilinho de meia hora (e também arrastei o sofá e dancei empolgada o clipe Jay-Ho do filme Slumdog Millionaire, mas isso eu nem ia contar).
Porque ser patrão de si mesmo tem que ter alguma vantagem nessa vida, né? E se eu sou uma pessoa que não tem direito a férias, décimo terceiro, previdência social, fundo de garantia, ticket, vale transporte, etc e tal, por outro lado eu não preciso fingir que estou trabalhando pra patrão nenhum quando (muito raramente) eu não tenho nada urgente/importante pra fazer. Tudo bem que momentos assim são absolutamente raros, mas quando ocorrem lavam a alma.
Só agora há pouco dei uma rápida olhada no celular, que estava ali impávido sobre minha mesa, gelado e mais cinza do que nunca. Apertei um botão qualquer para tirar o descanso de tela e foi então que vi a mensagem "sem sinal". E isso nunca é um bom sinal. Dei uma chacoalhada e mudei de posição para ver se o sinal voltava, mas não voltou. Conheço minha gegingonça suficientemente bem para saber que estava na verdade travado, sabe-se lá desde que horas.
Fiz então toda a operação "desliga - tira a bateria - tira o chip - assopra - dá uma reboladinha - coloca tudo de volta no lugar - liga", e o sinal imediatamente se restabeleceu.
Segundos depois a campainha de "nova mensagem" começou a tocar... tocou uma, tocou duas, tocou três vezes... e continuou tocando incessantemente. Com medo, larguei o telefone em cima da mesa e fiquei olhando, enquanto aquele "bléim bléim" nunca mais parava.
Mal sinal. Péssimo sinal.
Quanto o bléim-bléim finalmente terminou, constatei que chegaram algumas dezenas de mensagens de chamadas perdidas. Quase todas de números conhecidos (clientes). E um dos clientes, pelo jeito, tentou muitas vezes. Muitas. Desde as 11h00. É um cliente muito muito muito chato, que tem essa mania feita de só querer falar ao telefone mesmo eu explicando pra ele um zilhão de vezes que o email é mais eficiente.
Ops!
Quer dizer então que o celular só ficou tão silencioso o dia todo porque estava travado? Quer dizer que tinha cliente tentando me ligar descontroladamente, enquanto eu comia pipoca e assistia sessão da tarde???
Ooooops!
Mas ó, gente, a culpa nem foi minha! Foi do celular, né...
Então cheguei as duas alternativas possíveis diante da constatação do problema:
A) Eu poderia ligar de volta para o cliente e atendê-lo imediatamente, mesmo fora do horário comercial, não importando a que horas isso iria terminar, porque, né... deixei de atendê-lo durante a tarde, e nem foi por um motivo profissionalmente aceitável (esse seria meu lado racional/profissional/exemplar/blablabla).
OU
B) Eu poderia cair no chão e me fingir de morta, como se essas ligações nunca tivessem existido. Quando ele finalmente conseguir falar comigo amanhã, farei "a surpresa" e direi que podemos ambos processar a Claro porque essas chamadas jamais chegaram a mim (enfatizando sempre o tom surpreso), e aproveito o gancho para mostrar pra ele mais uma vez como seria mais seguro usar o email para casos de emergência (e eu bem sei que nem era uma emergência tão emergencial assim).
Considerando que agora são 17h30 e estou aqui contando isso pra vocês, já sabem qual alternativa escolhi, né?
E não é que eu seja irresponsável nem nada não, viu, gente? É só que eu realmente não queria estragar uma tarde perfeita, de modos que vou continuar fingindo que essas ligações jamais existiram.
Vou até anotar na agenda a importância deste dia. Quem sabe vira feriado? "03 de Junho - Dia Mundial Sem Telefone". Pensaí se não seria demais!
Por outro lado, fica também uma grande lição:
Telefone celular é igual criança. Se ficar muito quieto por muito tempo, desconfie! Aí tem!
(Eu só queria mesmo contar o episódio pra vocês.
Pela atenção, obrigada!)
Pela atenção, obrigada!)
2 comentários:
se até as 17:30h as coisas estavam daquele jeito, não ia mudar de uma hora pra outra?boa opçao!
agora, eu que sou Caxias, com certeza teria ligado de volta!
me ferraria!
bjks e boa semana
Mary disse ....
é gostoso fazer isso de vez em qdo né ? Garanto q essa tarde vc se sentiu....mais amada, mais companheira , mais amiga d vc mesma... eu amo me fazer companhia dá um certo aconchego...eu teria feito o mesmo q vc....bom dia...bjs
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