quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não Só o Gato

"Não Só o Gato" é um site delicioso sobre experiências curiosas, viagens, e outras cositas más. Vale muito à pena visitar e passar um tempinho desfrutando do conteúdo super diferenciado que os lindos Adolfo e Fernanda postam por lá! Tem sempre post novo, um mais interessante que o outro! 

E justamente por ser um site tão bacana é que fiquei extremamente honrada por ter um relato meu publicado no NSG. Falei sobre a experiência transcendental que vivi no Centro de Santiago em viagem recente, e você pode conferir todos os detalhes e entender o que houve na Catedral Metropolitana naquele dia clicando aqui.

Até as melhores experiências da vida só têm sentido quando podemos compartilhá-las. 

sábado, 13 de outubro de 2012

#VidaDeMãe

Ontem à tarde saí pra dar uma volta com a cria, e lá pelas tantas, como sempre fazemos quando passamos muito tempo no carro, começamos uma brincadeira meio nonsense de fazer trocadilhos com letras de musicas aleatórias que tocam no radio.

Abobrinha vai, abobrinha vem, até que Zelão solta uma longa gargalhada pra depois me dizer, meio resignado e encerrando a brincadeira: "tá bom, mãe! você às vezes é muito tosca!"

** cri cri cri cri **

Daí hoje estou eu concentrada vendo a novela, devidamente enrolada no edredon pra me aquecer nesse inverno fora de época que estacionou em SP (adoooro, que conste dos autos!), quando de repente Zelão vem para o meu quarto e, tal qual um gato manhoso, se enrosca todo em mim, no edredon e se aconchega deliciosamente no meu colo.

Meu coração se enche de ternura e eu fico minutos a fio fazendo cafuné, até que resolvo perguntar: "tava com saudade do colinho da mamãe, filhote?", ao que ele prontamente responde: "dããã, não né mãe! eu tava com frio! esquenta meu pé aí, vai!"

** cri cri cri cri **


Tem como não amar???

A estranha Natureza Humana

Há mais de 4 anos publiquei um post aqui no Blog destacando uma sensata reflexão da @rosana sobre vaidade X inveja X mania de perseguição:

"A pessoa que acusa o outro de invejá-la, além de invejosa é doentiamente vaidosa.
O vaidoso patológico quer tanto ser admirado que justifica como invejoso qualquer olhar que lhe lancem.
No fundo, mais do que vaidoso o invejoso é só um entre tantos carentes em busca do que lhe falta: ATENÇÃO."
(Rosana Hermann)

De vez em quando essa reflexão me vem à cabeça como explicação para comportamentos inexplicáveis que vejo por aí, e então agora há pouco, dando uma conferida na timeline, li o seguinte tweet postado pela querida @terezajardim:

""Ai, que saco essa gente invejosa blablabla fica fuçando meu perfil, vai viver tua vida blablabla" <-------- pessoa que acha foda ser invejado."
(@terezajardim)

E acho que é exatamente isso mesmo. Tem gente que acha foda ser invejado, que se alimenta da suposta inveja que lhe lançam, que vive e pratica atos quase sempre calculados com o intuito de provocar inveja nos outros, e eu não sei se isso é mais preocupante, deprimente, ou se é simplesmente triste. Já cheguei a achar engraçado apenas, mas se a gente parar pra pensar um pouquinho é bem mais sério do que simplesmente patético.

E não estou aqui criticando a vaidade, não é nada disso! Todos somos vaidosos de alguma maneira, é a (estranha) natureza humana. Todos gostamos de ser admirados e, por que não admitir, vez ou outra saber que nossa vida, nossas conquistas, nossa história, nossa inteligência ou nossa aparência provocaram admiração e uma "invejinha branca" (sic!) nos outros. Até aí, ninguém pode atirar a primeira pedra.

Mas, como já dizia meu pai desde que me entendo por gente, "tudo que é demais é veneno". E o que mais se vê hoje em dia, especialmente nesse ambiente libertino que é a internet, é gente passando (e muito!) do ponto!

Nunca antes na história desse país uma carapuça serviu em tantas faces. 

Nunca antes na história desse país uma indireta atingiu um número tão grande de pessoas. 

Nunca antes na história desse país as pessoas fizeram tanto alarde sobre as medidas que adotarão para se protegerem dos maus olhados: "atenção, galera, estou colocando um cadeado na minha conta do twitter pra afastar os curiosos!" (essa eu vejo praticamente uma vez por dia), "gostaria de comunicá-los que estou deletando minha conta na rede social X para manter minha privacidade" (também já vi muitas vezes, e nesse caso o que a pessoa quer é o côro dos admiradores pedindo pra ela ficar), ou simplesmente o "vá cuidar da sua vida" citado no tweet da Tereza são alguns exemplos que aposto que todo mundo já viu pelo menos uma vez nesse universo cibernético.

Sintomático

As pessoas acham que tudo é sobre elas, que o universo gira ao redor de seus próprios umbigos, e que todo o resto do mundo vive ligado 24 horas por dia na sua tão perfeita e interessante vida com o único intuito de invejá-la.

Não há problema nenhum em ser vaidoso, em gostar de se exibir e em sentir o ego inflado de vez em quando. Como já cantava MJ em sua melhor canção na minha opinião, "tell them that´s it´s human nature...". Acontece comigo, com você, com todo mundo...

Mas há que se ter cuidado com a medida dessa vaidade. E o mundo tá cada vez mais cheio de gente que era mesmo super interessante, mas anda passando (e muito) do ponto, chegando ao extremo de criar situações totalmente fakes para parecer ainda mais UAU! e provocar mais inveja. Que pena! Que TRISTE!

(entretanto, como não tenho nada a ver com a vaidade alheia, e antes que me acusem de ser invejosa - oh, really? - vou ali cuidar da minha própria vida, porque esse negóZdi ser invejada nunca me seduziu não! Sai de ré!)

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Greatest Love Of All


"Acredito que as crianças sejam nosso futuro,
Ensine a elas o bem e as deixem liderar o caminho,
Mostre a elas toda a beleza interior que possuem.
Dê-lhes o sentimento de orgulho para ficar mais fácil,
Deixe que o sorriso das crianças nos lembre de como éramos."
(trecho de Greatest Love of All, interpretada lindamente por Whitney Houston)


FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!!
(especialmente para as crianças lindas da foto acima, as pequenas e as grandes, as crianças da minha família, minha vida, minha base, minha alegria!!!) 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

R$ 1,99

** Publiquei esse post há exatamente 1 ano, e o fato de eu sentir necessidade de republicá-lo hoje mostra que, no mínimo, ando aprendendo bem pouco nessa vida... quase nada! Eu #Fail **


(AVISO: este vai ser um post-desabafo. Piegas, clichê e cheio de #mimimis. Se não estiver a fim, poupe-se e clique no Xzinho no canto superior direito da tela)


R$ 1,99. É quanto a gente vale.

Não quanto a gente vale assim, de verdade-verdadeira, mas as pessoas em geral nos tratam como se fôssemos aqueles objetos descartáveis comprados em lojinhas de quinquilharias, objetos que prestam apenas durante um curto espaço de tempo e depois não servem nem pra reciclagem, são jogados diretamente no lixo.

Até aí, nenhuma novidade.

Ninguém é só vilão e ninguém é só vítima nessa vida, e se nos tratam como descartáveis, com certeza também já fizemos o mesmo, por mais que hesitemos em admitir.

Por outro lado, por mais que saibamos de várias grandes verdades da vida, isso não significa que estejamos preparados para lidar com elas. A gente sabe que um dia todo mundo morre, mas nunca estamos preparados para lidar com a morte, e este é apenas um exemplo óbvio.

E eu, particularmente, mesmo sabendo do lance do R$ 1,99, mesmo sabendo que sempre haverá alguém pra me descartar, mesmo sabendo que amizades são efêmeras, mesmo sabendo de tudo isso, nunca estive e acho que nunca estarei preparada pra lidar com certas coisas, especialmente alguns tipos específicos de INGRATIDÃO.

Tenho 35 anos e alguma experiência em relacionamentos humanos, o suficiente pra me proteger de algumas emboscadas e pra saber que poucas (pouquíssimas, na verdade) pessoas merecem o meu melhor. Como todo mundo, já levei muita bordoada, e não sou "mulher de malandro" pra ficar dando a cara a tapa toda hora, então tento ser precavida, tento me blindar, tendo me poupar e tento não cometer os mesmos erros. TENTO.

Mas acredito que ficar eternamente com os dois pés atrás tornaria a vida insuportável. Vez ou outra a gente precisa baixar a guarda e deixar as pessoas entrarem pra desfrutar daqueles prazeres que são impossíveis de se alcançar sozinho.

E eu gosto disso. Gosto de me relacionar, gosto de ter amigos, gosto de falar (não tem quem diga!), gosto de ouvir, gosto de ajudar, gosto de conviver. Sou completamente apaixonada pela minha própria companhia e amo momentos voluntários de solidão, mas não faço disso uma opção absoluta e imutável, até porque não sou autosuficiente.

Então eu abro espaço e deixo algumas poucas pessoas entrarem pra fazer parte da minha vida, mesmo que por apenas um breve momento. Tenho meus próprios critérios de seleção - e todo mundo tem um, procuro ouvir a voz da minha intuição, e em não raras vezes, apenas o que diz meu coração. E quase sempre dá certo, pelo menos por um tempo.

O problema é que eu não sei ser uma pessoa "mais ou menos" em nada na vida, e não adianta me dizerem pra ser diferente porque não dá. Como eu disse em um post recente, não sei viver "morno", não sei gostar só um pouco, não sei me doar com reservas. Eu devia, mas não sei. Não sei e não quero.

Sou kamikaze? Talvez. Mas se isso é um dos meus maiores defeitos, contraditoriamente é também uma das minhas maiores virtudes, e posso dizer que até me orgulho disso, especialmente num Mundo frio como o dos dias de hoje.

Apenas fico triste - bem triste - quando as pessoas se aproveitam descaradamente disso. Eu sei que de certa forma eu deixo, mas ainda assim nunca vou entender por que aquele amigo que foi tão próximo durante um tempo, aquele amigo que me ligou trocentas vezes pra desabafar, pra pedir conselho, pra pedir colo e chorar as mágos simplesmente passa, de uma hora pra outra, a fingir que eu não existo. Nunca vou entender por que aquela amiga que me pediu socorro quando atravessou um problema grave, que me contou coisas inconfessáveis e que pôde contar comigo durante a depressão mais profunda, quando estava completamente sozinha, simplesmente passa, de uma hora pra outra, a desfilar por aí com trocentos novos "amigos de infância" e sequer tem a capacidade de me perguntar se eu estou bem, mesmo quando a procuro pra saber como vão as coisas.

Nunca vou entender por que as pessoas são INGRATAS, principalmente porque demonstrar gratidão é nobre e não custa nada!

Eu sei, eu sei, superado um problema a tendência natural é que a pessoa esqueça e siga em frente, e que bom que é assim! Ninguém merece viver remoendo os momentos difíceis, o que já passou, o que foi superado. Mas esquecer também quem esteve presente quando o bicho tava pegando, esquecer quem fez por você aquilo que você não tinha condições de fazer sozinho, esquecer quem dedicou tempo, esforço e amizade pra te apoiar em qualquer circunstância é apenas ingratidão.

Magoar, decepcionar, frustar expectativas, tudo isso faz parte. Relações se rompem o tempo todo, às vezes com motivo, às vezes simplesmente porque a vida conduziu as pessoas por caminhos distintos. Mas nada disso justifica ignorar a importância dos gestos de generosidade trocados. Nada disso justifica a ingratidão.

Mágoa passa, e muitas vezes depois de um tempo a gente consegue até lembrar com carinho de alguém que um dia nos magoou. Mas ingratidão me deixa TRISTE. E como diz uma amiga, "ficar triste é bem pior do que ficar magoada", porque tristeza também passa, mas deixa cicatrizes que nem o tempo apaga.




#PRONTODESABAFEI