segunda-feira, 30 de junho de 2008

Preconceito é Crime!

Estou um pouco atrasada no assunto, mas não poderia deixar de trazê-lo ao debate aqui no Blog, mesmo que um pouco depois de todo o "bafáfá".

O Brasil é uma República Democrática, temos uma Constituição Federal que resguarda nossos direitos fundamentais enquanto cidadãos e existe um artigo especificamente nesta Constituição - o artigo 5º - que deveria ser uma espécie de mantra pra qualquer pessoa:

"Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:" (para ler todos os incisos deste artigo, assim como todos os demais artigos da CF de 1988, clique aqui).

Pois bem. A mim, a leitura deste artigo parece clara e inequívoca, não vulnerável a outras interpretações, já que está muito claro que TODOS SÃO IGUAIS. Enquanto iguais, devem (deveriam) ser tratados de maneira isonômica, sem nenhum tipo de distinção, e ponto final.

Acontece que o Brasil é também o país da hipocrisia, como eu já disse tantas outras vezes aqui. É o país do desrespeito, da desordem, da bandalheira, e tantos outros adjetivos pouco lisonjeiros que estamos cansados de ouvir e repetir todos os dias. É triste e deprimente, mas é a realidade.

As pessoas não seguem a Lei Máxima do país, muitos cidadãos sequer conhecem seus direitos constitucionalmente assegurados, muita gente nunca leu um único artigo da Constituição, e os oportunistas se aproveitam disso pra violar essas garantias individuais o tempo todo, seja um político que corrompe e é corrompido, seja um comerciante que não respeita seus consumidores, seja um servidor público que prevarica e não cumpre seu dever em prol do cidadão tomador do serviço, e assim por diante.

O povo brasileiro, em sua maioria, não tem noções de cidadania, não conhece seus deveres mas também não conhece seus direitos, e terminamos todos vítimas desse verdadeiro estado de sítio que muitas vezes se intala na sociedade, onde vale a lei do grito, onde quem tem mais pode mais, mesmo que às custas da opressão dos direitos dos mais fracos.

Não é diferente com a questão da Discriminação. Embora o artigo de Lei que citei acima seja expresso e cristalino no sentido de assegurar a igualdade de todas as pessoas, embora o artigo seja incontestável no sentido de coibir a distinção de qualquer natureza, a vida real nos mostra um cenário bem diferente. Os pobres são vitimados pelo preconceito social, os negros (e outras raças em "minoria") são vitimados pelo preconceito racial, e os homosexuais são vitimados pelo preconceito sexual, só pra ficar em alguns exemplos óbvios.

E é sobre o preconceito sexual que quero falar, especificamente. Quem de nós não conhece pelo menos uma pessoa homofóbica? Quem de nós já não viu, ouviu ou soube de alguma situação extrema envolvendo uma questão dessa natureza? Pois então!

De tempos em tempos ouvimos uma notícia sobre a intolerância, de tempos em tempos lemos algo sobre as barbaridades que alguns grupos mais radicais cometem contra homosexuais, de tempos em tempos temos conhecimento de alguma história triste que vitima um homosexual exclusivamente por ele ser homosexual, e eu particulamente já soube de homosexuais que foram demitidos de seus empregos e recusados à admissão em outro exclusivamente por sua opção sexual. Mas sabemos também que os efeitos do preconceito que a classe sofre vão muito além dos exemplos citados acima, o que torna a vida dessas pessoas uma verdadeira luta diária pela aceitação, pelo respeito, pelos seus direitos, pela manutenção de sua dignidade.

Sou altamente simpatizante à classe homosexual. Na verdade nem gosto de me referir a ninguém como homosexual, porque antes de mais nada é uma pessoa, um ser humano, e sua opção sexual é uma questão tão particular e íntima que não tem a menor importância pra mim, como não deveria ter pra ninguém. Existem homens e mulheres por questões genéticas, mas eu nunca entendi que isso devesse significar obrigatoriamente um comportamento sexual padrão. Cada um faz com seu corpo o que bem entende, ama quem quer e tem o direito de construir uma vida particular (entendendo-se aí a vida privada, conjugal, sexual) com quem e como quiser. Desde que esse comportamento não viole os direitos alheios, tá tudo certo!

Mas infelizmente a realidade é bem diferente. Até as pessoas mais legais e cultas não conseguem lidar com naturalidade diante da homosexualidade, até as pessoas mais "liberais" sucumbem ao preconceito e muitas vezes se afastam daqueles que são, sob seus pontos de vistas, "diferentes". Até aí, se fosse apenas um afastamento, estaria tudo bem... Cada um tem o direito de se relacionar com quem quiser, e viver como quiser.

O problema é quando essa intolerância ultrapassa os limites do livre arbítrio que as pessoas têm de se relacionar ou não com os "diferentes" e chega ao ponto de discriminar, humilhar, violentar outra pessoa exclusivamente por sua opção sexual. É a chamada Homofobia.

Objetivando criminalizar essa conduta vergonhosa, uma deputada cujo nome não me lembro agora elaborou em 2006 um projeto de Lei, hoje conhecido como PLC 122/2006, projeto este que, se aprovado, tornaria crime o preconceito contra os homosexuais, assim como já aconteceu com a criminalização do racismo. Uma atitude louvável, sem sombra de dúvidas, porque já estamos cansados de saber que no Brasil as coisas só funcionam assim, as pessoas só freiam suas ações extremas se estiverem sob a ameaça de uma lei rigorosa que criminalize sua conduta execrável.

O PLC 122/2006 foi levada ao debate no Senado Federal há alguns dias, se não me engano na semana passada. E o que deveria ser aprovado sem maiores problemas acabou parando por conta da manifestação fervorosa da bancada evangélica.

Sim! Os evangélicos, "donos supremos da razão e do céu", como gostam de dizer nas entrelinhas de seus discursos inflamados, entendem que não há que se criminalizar a homofobia, porque entendem que os homosexuais são pecadores que vão para o inferno, e que merecem sofrer as consequências de suas opções erradas segundo os ensinamentos de Deus! (sic!)

Desculpem, não quero ofender ninguém aqui, antes de mais nada respeito todas as manifestações religiosas além de ser uma profunda admiradora daqueles que têm fé. Eu, inclusive, já fui evangélica até a minha adolescência, e hoje sou pelos crentes considerada "desviada", uma ovelha desgarrada que precisa ser reincorporada ao rebanho de Deus. Falo, portanto, com conhecimento de causa, de quem viveu muitos anos dentro do ambiente de uma igreja evangélica e conhece bem seus ensinamentos. Nada contra, aliás... apenas tomei minha decisão ali pelos 15 anos de idade, quando esses ensinamentos já não me pareciam tão coerentes com a conduta da própria igreja. É uma questão de convicção, mas não é isso que estamos discutindo agora.

O problema é, como em qualquer outra religião, o fundamentalismo, a inflexibilidade, o fanatismo. O problema é quando a religião se julga tão absolutamente verdadeira a ponto de todos aqueles que não a seguem não serem dignos de Deus. O problema é quando a religião se julga tão mais importante do que Deus, e do que qualquer outra coisa, e começa a querer guiar o país enquanto Estado, impondo seus dogmas à coletividade, custe o que custar.

O Estado é Laico. Deveria ser Laico. Questões religiosas não podem e não devem se misturar com questões sociais. Mas é isso que acaba acontecendo, sempre. A mesma bancada evangélica que brada agora contra a criminalização da homofobia vira e mexe tem o nome de seus principais representantes ligados a escândalos políticos diversos, à corrupção e a coisas muito piores, mas nestes casos eles não se mobilizam em discursos exaltados, pelo contrário: ficam bem quietinhos, engordando suas contas bancárias.

O que me mata de indignação toda vez que vejo uma questão legal ser debatida por religiosos é essa desavergonhada parcialidade que eles têm. Já falei muitas vezes aqui da hipocrisia da igreja católica, e é a mesma coisa com a igreja evangélica. Eu mesma conheço muitos, muitos, mas muuuuuuuuuuitos evangélicos que têm sempre um discurso moral afiadíssimo na ponta da língua, que têm sempre um discurso pronto pra dizer quem vai e quem não vai para o céu, que têm sempre um discurso pronto para dizer que somente quem vive segundo os ensinamentos da igreja à qual pertencem podem garantir um lugar no reino dos céus, mas é como se essas regras não valessem para suas próprias vidas, porque esses mesmos homens cheios de discursos inflamados têm uma conduta em suas vidas pessoais nada louvável, pra pegar leve!

Claro que não estou generalizando, e espero mais inteligência de quem me lê do que achar que estou aqui a ofender os evangélicos. Não cabem generalizações nesse tipo de assunto, apenas análise dos fatos, e eu estou falando sobre fatos.

Por outro lado, tenho muitos amigos evangélicos, católicos, espíritas, judeus, umbandistas, ateus, etc, etc, etc. Pessoas incríveis que baseiam suas vidas na fé, e eu respeito muito, mas muito mesmo, qualquer manifestação religiosa e qualquer pessoa que siga a religião que for. Porque cada um tem o direito de seguir sua fé e acreditar no que quiser (ou não acreditar), cada um tem o direito de buscar a Deus da maneira que lhe parece mais eficiente, e guiar sua vida segundo os ensinamentos que acredita serem os corretos.

O que eu não respeito, nem aceito, é o fato de algumas pessoas, escondidas pelo escudo da religião, fazerem o mal ao próximo. O que eu não respeito nem aceito é que sob o argumento religioso pessoas discriminem os outros pela sua crença, pela sua raça, pela sua classe social ou opção sexual.

O primeiro grande ensinamento de Deus é o amor ao próximo. E não existe amor sem respeito, não existe amor sem tolerância. Não há como vincular Deus a uma conduta preconceituosa de se julgar um homosexual como alguém inferior.

Discutindo esse assunto com pessoas próximas outro dia, surgiu a seguinte questão:

"Ah, mas então se essa lei for aprovada, ninguém mais vai poder chamar o outro de gay senão vai preso? Então por que eles fazem as passeatas e se mostram como gays, se não querem ser chamados de gays?"

Uma amostra clara da visão limitada com a qual a maioria dos defensores da reprovação da Lei conta. O mal da humanidade é simplificar o que é complexo e tornar complexo o que é simples. É quase um exercício de burrice, como se não quisessem enxergar o óbvio diante do seu próprio nariz.

Tenho certeza que nenhum gay se sente ofendido se alguém o chama de gay, desde que não seja de uma maneira pejorativa e ofensiva, claro. Da mesma forma, tenho certeza que nenhum negro se sente ofendido se alguém o chama de negro, desde que seja de uma maneira natural e respeitosa.

O problema é a discriminação. O problema é você violar os direitos de alguém por conta da opção sexual desse alguém. O problema é você agredir alguém por entender que a opção sexual desse alguém o torna indigno de ser tratado como seu igual.

Os homosexuais devem ter seus direitos assegurados como qualquer cidadão. Devem ter direito à união civil (casamento), devem ter direito à adoção, devem ter direito a exercer qualquer tipo de trabalho, devem ter direito a tudo que qualquer cidadão heterosexual tem. Isso é incontestável, e eu não consigo entender pessoas que pensam de maneira diversa.

Recentemente abriu-se uma polêmica na mídia por conta de um casal homossexual que revelou sua opção. O casal em questão era composto de 2 rapazes membros do exército, não me recordo as patentes, mas eram militares como tantos outros. Foram presos, execrados, exonerados de suas funções, humilhados publicamente. Tudo isso porque são gays, como se isso os tornasse inaptos a desenvolver suas atividades dentro da corporação.

Quantas e quantas histórias já ouvimos de casais homosexuais que vivem uma vida inteira de amor e companheirismo, pessoas que são excluídas de suas famílias quando revelam sua opção sexual, e depois, quando morrem, a mesma família que um dia lhes deu as costas briga na justiça com o companheiro para ficar com o patrimônio do falecido?

Fiquei chocada quando fiz uma busca no google sobre esse assunto. Estava dando uma zapeada na net pra ver se encontrava a íntegra do discurso da bancada evangélica sobre o PLC 122/06 (não encontrei), e encontrei mais de 1000 sites e blogs evangélicos com textos inflamados CONTRA o projeto de lei. Cada um com um argumento mais absurdo que o outro, cada um mais homofóbico que o outro. Lastimável!

Isso não é justo! Isso não é honesto! Mas é o que acontece, o tempo todo, e por isso os homossexuais lutam tanto pela sua causa. Não querem ter mais direitos do que os outros, querem apenas ter os mesmos direitos que qualquer cidadão.

A aprovação da Lei que criminaliza a Homofobia seria um grande passo neste sentido. Mas o fundamentalismo religioso, assim como em outras questões passadas, mais uma vez tumultuou o assunto, aproveitando-se do argumento fácil "em nome de Deus".

Uma pena. Mas ainda há esperança, e se depender de mim, bradarei sempre a bandeira pela igualdade, em defesa de qualquer minoria, porque Discriminação é crime, e porque, afinal, somos todos efetivamente iguais!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Músicas que me Inspiram - Parte VII

Genteeeeeeeeeeee... O que está acontecendo comigo??? Acho que fui vitimada por uma onda de limbo criativo, algo do gênero, porque acabei de perceber, vasculhando meu próprio Blog, que faz é tempo que não escrevo sobre os filmes que vejo, sobre os livros que leio, sobre notícias polêmicas e tantas outras coisas sobre as quais sempre adorei escrever.

Na verdade não é exatamente um problema criativo, porque eu até tenho milhões de idéias, mas elas têm chegado sempre de madrugada, enquanto estou me revirando na cama, e com o frio dos últimos dias a preguiça acaba me dominando, evitando que eu saia da cama para vir postar. E durante o dia é aquela doideira, quando lembro das idéias da madrugada não tenho tempo de redigi-las, e quando tenho tempo de redigi-las não consigo me lembrar exatamente em que termos gostaria de falar, de modo que o Blog anda meio sem tempero... Eu não gosto disso, e já estou trabalhando para melhorar a situação, ok? Só mais um bocadinho de paciência que logo logo eu venho com uma nova "bomba"! hahaha!

Enquanto isso não acontece, me ocorreu que depois de vários posts sobre as músicas que me inspiram, deixei de destacar aquela que é senão a mais, com certeza uma das mais importantes canções da minha vida. Uma música que tem um significado todo especial por incontáveis motivos, e que me emociona profundamente toda vez que a ouço. Uma música que fala de transpor barreiras em prol daqueles que amamos, uma música que fala de um amor forte e poderoso o bastante para superar qualquer obstáculo, seja esse amor entre um casal, entre amigos, entre pais e filhos, ou qualquer outro tipo de amor... desde que seja verdadeiro, será sempre capaz de derrubar qualquer obstáculo.

Eis a música de hoje: Ain´t No Mountain High Enough, na minha versão preferida com Marvin Gaye e Tammi Terrell. A letra diz tudo, e se você quiser ver a tradução completa, clique aqui.

Aliás, preciso fazer um parênteses. Gostaria de falar de Amizade, porque esta música tem tudo a ver com amizade, mas preciso fazer isso num post próprio, já que o assunto é extenso demais. De qualquer forma, não vou perder a oportunidade de dizer que, mesmo depois de 32 anos de vida, mesmo depois de tantas frustrações e decepções com diversas pessoas, mesmo depois de tantas cabeçadas e erros tolos que viraram erros fatais, e mesmo depois de tantas experiências tão intensas (positiva ou negativamente), continuo sendo uma pessoa que acredita no ser humano. Continuo amando as pessoas de graça, continuo me encantando com as pessoas sem precisar de muito mais do que um sorriso ou um gesto de carinho/atenção/compaixão, continuo me permitindo conhecer e ser conhecida, admirar e ser admirada, e continuo fazendo sempre tudo o que está ao meu alcance por aquelas pessoas que eu tenho guardadas no coração.

Por isso, quero dedicar essa música a todos os meus amigos, os novos e os velhos, os bons e os maus, os ricos e os pobres, os famosos e os anônimos, os chiques e os bregas, os legais e os chatos, enfim... Quero dedicar esta música especialmente a todos os meus amigos do coração, porque vocês são fundamentais pra mim!

Beijos Especiais para Bruxona (Érica) e Lesinha (Vânia), minhas fiéis escudeiras que me aturam até quando ninguém mais o faz, que me entendem quando ninguém parece me entender, que relevam minhas crises e colocam panos quentes quando eu piso na bola porque sabem que isso significa que não estou no meu "normal", que me ajudaram a superar momentos dificílimos e nunca me cobraram nada em troca disso, que souberam me dizer as verdades que eu precisava ouvir sem que isso se tornasse uma agressão, que me fazem rir quando eu só consigo chorar e que me fazem chorar de rir sempre. Amo vocês!

Beijos Especiais para o meu amigo-irmão-dindinho Elieser, que está tão longe dos olhos, mas vive eternamente dentro do meu coração. Você me faz muuuuuuuuuuita falta, monstro, mas eu Te Amo mesmo assim, viu?

Beijos Especiais também para a minha amiga "energia pura" Tina, com quem tenho dividido ótimos momentos "cotidianos" ultimamente... uma pessoa que eu adoro ter por perto, porque tem uma energia tão boa que é impossível não se contagiar... Uma amiga generosa, que sabe falar e ouvir, admirar e ser admirada, sorrir e chorar, e que é extremamente intensa e verdadeira em tudo o que faz. Amo você, Fófis!!!

Finalmente, Beijos Especiais para minhas novas "velhas-amigas" Vanessa, Aline, Mary, Bianca, Kely, Léa e Carla. O pouco tempo de conhecimento não limita nem diminui a qualidade de uma amizade, uma coisa não tem nada a ver com a outra, de modo que, como eu sempre brinco, vocês são minhas mais novas "Amigas de Infância", porque é como se nos conhecêssemos há muitos anos, né? Amo muito vocês, vocês sempre me divertem demais com palavras inspiradíssimas, comentários engraçados ou um simples abraço no momento certo... E isso, definitivamente, não tem preço!

Pra vocês, queridos e queridas, "Ain´t No Mountain High Enough"



quarta-feira, 18 de junho de 2008

Mais uma medalha para o meu pequeno corredor

Esse assunto já nem é mais novidade aqui no Blog... Todo mundo sabe que eu tenho um filho atleta que me deixa sempre flutuando de tanto orgulho...

E no último domingo, dia 15/06, o Lucas participou de mais uma Corrida, dessa vez a "Corrida Infanto-Juvenil Hebraica-Macabi-Brasil". O diferencial dessa prova foi o local - USP (as outras todas foram sempre no Ibirapuera), e foi a primeira vez que ele participou de uma prova de rua mesmo, fora da pista de atletismo.

Antes da corrida dos baixinhos houve uma prova com os adultos, de 6 km se não me engano. Minha irmã atleta (Silvia) e meu cunhado quase-atleta (Júnior) correram a prova principal, e depois ficaram lá conosco curtindo a apresentação sempre muito especial dos pequeninos.

Ao contrário das outras provas, esta foi bem mais simples, até porque o número de crianças participantes era infinitamente menor que o número de crianças que normalmente participa das tradicionais provas do Pão de Açúcar e da Corpore. Mas nem por isso o evento foi menos animado. A criançada, como sempre, deu um show, e era impossível não notar a alegria e o orgulho de tantos pais alvoroçados e praticamente mais anciosos que os próprios filhos... É sempre muito divertido!

E que venha a próxima corrida! Já não temos mais onde pendurar tantas medalhas... Pensem num orgulho grande!!!


Cheio de Estilo!!!



Não basta ser tio/tia, tem que participar, incentivar, comemorar!





Grannnnnnnde Garoto!!!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Arraiá da Cumádi TINA

Se tem uma coisa que eu a-d-o-r-o nessa época do ano são as Festas Juninas. Adoro o clima caipira, as modas de viola, as comidinhas nada light, quentão, vinho quente, bandeirinhas, fogueira, milho verde, chapéu de palha, etc e tal.

Viro criança nessa época, e acho que um pouco disso deve-se a uma frustração que eu trago da minha infância: Meu pai era evangélico, e nunca gostou das festas alusivas aos Santos, por isso não nos deixava participar das comemorações da Escola. Toda vez era a mesma história: A gente levava pra casa a autorização pra participar da Quadrilha, e meu pai não assinava. Nunca dancei quadrilha, nunca me vesti de caipirinha, nada. Minha irmã Silvia ainda foi mais ousada e um certo ano dançou escondida, mas eu era medrosa demais, vocês sabem, então nunca me atrevi.

Mas agora é diferente. Meu filho participa das Festas Juninas desde 2 anos de idade, quando já frequentava a Escolinha Infantil, e eu curto provavelmente mais do que ele! Não tem como não adorar ver os baixinhos todos vestidinhos de caipira, apresentando danças regionais cheios de charme!

A Festa Junina do Colégio do Lucas ainda não chegou - será no próximo final de semana, mas quem tem amigos animados não precisa esperar a festa das crianças pra se divertir.

A Tina (que foi professora do Lucas no ano passado e se tornou uma amigona querida) teve a brilhante idéia de aproveitar vários eventos para celebrar: Dia de Santo Antonio, Sexta-feira 13, Feriado em Osasco, as crianças não teriam aula. Pronto. Já tínhamos o nosso motivo para fazer uma festona juninha entre amigas! Naquele gostoso esquema de cada uma leva um pratinho, todo mundo ajuda na arrumação, e no fim tudo dá (como de fato deu) super certo!

Estávamos em mais ou menos 10 mães, umas 15 crianças, e fez-se o Arraiá da Cumádi Tina! Crianças caracterizadas, algumas mães (como eu) também, bandeirinhas enfeitando o ambiente (as bandeirinhas do meu aniversário de 1 aninho, vejam só!), uma farta mesa de guloseimas típicas, música caipira, e muita animação.

Eu só não sei quem se divertiu mais - se as crianças ou as mães. Taí um páreo duro! Enquanto as crianças colocavam à baixo a casa da Tina, correndo pra lá e pra cá, brincando, bagunçando, farreando, nós mães colocamos o papo em dia, conversamos sobre tudo, demos muita risada, contamos e ouvimos muitos "causos" típicos da vida de mãe, e tomamos um delicioso vinho quente feito por mim... hehehe!

Pude inclusive estreitar relações com algumas mães que eu não conhecia muito bem, até as mais chatas e metidas (né, Kely? né, Elaine???), e descobri que por mais que tenhamos vidas e profissões aparentemente distintas, temos algo em comum que nos une: somos mães zelosas, somos mães neuróticas, somos mães pentelhas, mas acima de tudo somos as mães mais divertidas do mundo!

Foi uma tarde deliciosa! Dei tanta risada que fiquei com dores no maxilar, e estou louca pra repetir a dose!

Valeu, cumádi Tina! Seu Arraiá foi bão dimais da conta!!!


As Mães mais animadas do Mundo!



A HISTÓRIA DO PANGARÉ DA CUMÁDI TINA

Vocês que me lêem e me conhecem, sabem que eu sou a pessoa mais desastrada desse mundo, a rainha dos micos e das gafes. Obviamente, uma festa caipira não seria completa sem mais uma das minhas mancadas. Vejam:

No dia em que a Tina me convidou para o Arraiá, ela sugeriu que fizéssemos uma brindadeirinha com as crianças pra animar a festa, tipo um "amigo secreto caipira" onde as crianças trocariam presentinhos, coisa que elas adoram! Sugeri que fizéssemos então a brincadeira com brinquedinhos de antigamente, tipo pião, bambolê, etc e tal, o que teria tudo a ver com a data, além de sair mais barato para as mães. E assim fico valendo.

Pois bem. No dia anterior à festinha caipira, como vocês já leram no post abaixo, saímos à noite para comemorar o meu aniversário, e lá estava minha amiga Tina e sua trupe da alegria, animando pra valer a nossa noite!

Papo vai, papo vem, eis que a Tina me pergunta se eu já tinha comprado o presentinho do amigo secreto caipira do Lucas. Respondi que sim, que tinha comprado um negócio bem legal, e que já estava tudo devidamente embalado para o dia seguinte. Devolvi a pergunta à Tina, quando ela começou a dizer:

"_ Ah, então, eu saí pra ver umas coisinhas, daí eu vi aquele cavalinho da cabo de vassoura, sabe...?"

Nem deixei ela terminar de falar (porque eu sou bocuda, e nem espero a pessoa terminar a frase mesmo!), e respondi:

"_ Eu sei que cavalinho é esse, eu vi também na lojinha onde comprei o presentinho do Lucas, até pensei em comprar, mas achei que era muito vagabundo, então preferi comprar uma coisinha melhor..."

E a Tina:

"_ Nossa, vagabundo? Foi um desse que eu comprei!"

E eu, meio sem graça, já gaguejando:

"_ Ah, não, Tina, esse cavalinho é legal, é que o que eu vi era de plástico, daí eu achei bem vagabundo mesmo!"

E a Tina:

"_ Flávia, o cavalinho que eu comprei É de plástico!"

Gente, fiquei pra morrer! Queria que se abrisse um buraco sob meus pés pra que eu pudesse me esconder nele, porque só então percebi o tamanho da gafe que eu tinha acabado de cometer! Que vergonha!

Tentei remediar dizendo que na verdade o cavalinho não era assim tão vagabundo, que eu tinha certeza de que o que ela comprou não era o mesmo que eu tinha visto, mas não teve jeito... Eu e meu bocão gigante já tínhamos falado com todas as letras que o cavalinho era vagabundo, e várias pessoas que estavam na mesa conosco testemunharam a minha gafe... Nem teve como eu fingir que não tinha dito, porque todo mundo ouviu! Quanto mais eu tentava remediar, pior a coisa ficava!

Que vergonha!!!

Ainda bem que essa galera é do bem, e logo depois de eu ficar roxa de vergonha, todo mundo caiu na maior gargalhada, e o assunto, é claro, virou a piada da noite!

Mas não é só isso, minha gente... Porque história de Dona Farta nunca é só uma histórinha, tem sempre um "algo mais" que torna a situação ainda mais micótica...

Estamos nós no Arraiá da Tina na tarde da sexta-feira, e então começou a brincadeira do amigo secreto caipira das crianças. Cada um sorteou seu papelzinho com o nome do amigo, aquela coisa toda.

Então chegou a vez de o João Pedro (filho da Tina) anunciar o Amigo Secreto dele: É meninoooooo... Está de calça jeans.... Está de camisa xadrez... Está com o rosto pintado... O nome dele começa com a letra L... e é o Lucas Aguilhar!!!

Sim! Meu filho foi o amigo secreto do João! Meu filho ganhou o cavalinho vagabundo!!!

Genteeeeeeeeeee... Vocês não têm noção!!! Foi a maior palhaçada, a Tina contando pra todo mundo o que eu tinha falado do cavalinho na noite anterior, e como a vida tem dessas coisas, justo o meu filho tinha que ganhar o presente que eu tinha esculhambado!!! Foi muito engraçado!!! Chorei de rir!!!

O Lucas A-M-O-U o cavalinho, saiu que nem doido pela casa galopando no cabo de vassoura, e eu fiquei com a cara no chão!

Quem manda eu ser bocuda, né? Fui botar banca pra dizer que meu presente era melhorzinho, e acabei pagando o maior mico!

Essa vai ficar pra história! Tinha que ser a Dona Farta mesmo!


A cara do Lucas diz tudo, né? Ele amou o Pangaré da Cumádi Tina... hahaha


E eu, tive que engolir o cavalinho xinfrim! Mas continuo te adorando, viu, Tina???

E rolou a Festa!

Noite de quinta-feira, dia 12 de Junho, por volta das 21h00, vários casais de namorados "in love" comemorando a data, e lá estávamos nós fervendo no Caldeirão, a Turma do Barulho, cheia de animação pra comemorar o meu aniversário! Que delícia!
Pra variar, me diverti muito! Fiquei extremamente feliz com a presença de pessoas especiais que renunciaram a qualquer outro programa pra confraternizar comigo, pessoas animadíssimas que proporcionaram o encerramento do meu dia com chave de ouro, pessoas que eu tenho guardadas no coração, e a quem agradeço muito pela honra de serem meus amigos!
Silvia e Laudo, Cátia e Marcelo, Vanessa e Didi, Tina, Renato e Amanda, Regiane e Larissa, Rosana Estrela, Super Bruxas Érica e Vânia (e bruxinha Ariadne), e, claro, More e Lucas: OBRIGADÚUUUUUUUU!!!
Amei tudo, amei a festa, a comida, a bebida, o lugar, os presentes e, mais importante: AMO VOCÊS!!!


Parabéns para Mim!!!





Super Bruxas, Ativar!


Tina e sua Turma... a Turma do Riso!




Laudo e Perícia (minha irmã Silvia e meu cunhado Júnior). Seria o primeiro Dia dos Namorados deles, e eu "melei" o esquema... mas acho que fui perdoada, né??? hihihi


Tinaaaaaaaaaaaa, te adoro!


Amigas de Infãncia... nem parece que se passaram mais de 20 anos... o tempo foi generoso conosco... ueba!


O bolo foi presente da Bruxona Érica, mas até agora ninguém passou mal, então acho que o feitiço era mesmo do bem! Obrigada, Frô!

P.S.: Quero deixar um agradecimento especial também pra todas as pessoas que não puderam comparecer lá no Caldeirão pra comemoração "oficial", mas que me enviaram mensagens lindas e desejos sinceros de muitas coisas boas! Pelo Orkut, pelo Blog, pelo Telefone, por Email, Pessoalmente, por Telegrama, por Cartão, das mais diversas maneiras, recebi o carinho de gente querida, e com certeza não existe um jeito melhor de se começar mais um ano de vida! OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA!!!

Ah, e não posso deixar de registrar a linda homenagem que recebi da minha querida amiga Vanessa, no Blog dela. Obrigada, Van, de coração... Fiquei profundamente emocionada! Que Deus te abençoe sempre!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Adeus 31... Olá, 32!!!

O tempo passa, o tempo voa, e lá se foram os meus 31 aninhos...

Pois é, hoje é dia de dar adeus a mais um ano de vida e dizer olá a outro ano que se inicia, meus 32 anos!

Claro que depois dos 30 fazer aniversário já não tem mais um sabor tão doce, mas ainda assim continuo adorando comemorar a data... Sou uma trintona feliz, e o que serve de consolo é saber que vivi mais um ano intensamente, e que apesar de mais velha, também estou mais experiente, mais madura, mais mulher...

Gosto de fazer balanços quando encerro um ciclo, de pensar em tudo que se passou e saborear a sensação de ter superado tudo (ou quase tudo), até os momentos mais difícieis, da mesma maneira que é maravilhoso saborear a sensação das conquistas realizadas no período.

Aos 31 anos eu Casei, realizando um sonho adormecido há muito tempo, e durante esta experiência vivi algumas das emoções mais intensas de toda a minha vida; Participei também do casamento de uma das minhas irmãs (Cátia), e este foi outro acontecimento muito marcante, porque quem me conhece sabe do vínculo estreitíssimo que eu tenho com as minhas irmãs, e de como torço muito para que elas também realizem seus respectivos sonhos.

Aos 31 anos sofri um sério acidente automobilístico, que causou muita dor física e emocional, mas que, superado, trouxe preciosas lições de vida, de amor, de amizade.

Aos 31 anos escrevi muito, continuei prolixa como sempre, mas mantive o Blog como um precioso aliado para extravasar minhas emoções, e surpreendentemente conquistei leitores e admiradores que me serviram de combustível pra continuar escrevendo e contando meus causos, o que também me diverte muito. Aliás, estabeleci relações preciosas nesse mundinho virtual... Conheci pessoas incríveis que sempre me dão muita força, que me visitam, me lêem, me acompanhaam... Algumas dessas amizades saíram do plano virtual e tornaram-se reais, pelo que sou imensamente grata, já que tenho hoje novos amigos muito especiais graças a toda essa loucura de internet.

Aos 31 anos tive perdas irreparáveis, o que me causou muito sofrimento... algumas perdas são definitivas, outras não, e estou ainda aprendendo a entender que algumas pessoas se vão e não querem mais voltar, outras não podem mais voltar, então preciso seguir adiante apesar de tudo. Algumas pessoas são insubstituíveis, mas de alguma forma a gente aprende a lidar com o buraco que fica, administrando a saudade com a lembrança de momentos bons.

Aos 31 anos, por outro lado, conquistei amizades valiosas, conheci pessoas especiais e fortaleci vínculos que me são importantíssimos... Se tem uma coisa que vale a pena nessa vida é a dinâmica de conhecer pessoas o tempo todo, e iniciar uma amizade espontaneamente, sem planejar, amizade esta que se torna fundamental e serve de combustível para seguir adiante.

Aos 31 anos curti intensamente a minha família, vivi momentos memoráveis em reuniõezinhas caseiras com meu marido, meu filho, minhas irmãs e meus cunhados, e tive ainda mais comprovações daquilo que eu já sabia - que a felicidade está nas pequenas coisas, desde que a entrega seja verdadeira e estejamos de coração aberto.

Aos 31 anos vi muitos filmes, li muitos livros, viajei menos do que gostaria mas aproveitei tudo ao máximo. Festejei muto, até as datas mais "bobas", e fiz jus mais do que nunca à minha fama de festeira, oras como anfitriã, oras como "arroz de festa".

Aos 31 anos enfrentei momentos difíceis, de depressão e tristeza profunda, mas pude comprovar a máxima de que não há problema sem solução, e de que com a ajuda e compreensão das pessoas que amamos, até a situação mais adversa é superável.

Aos 31 anos amei intensamente e fui amada com igual intensidade. Vivi tristezas profundas e alegrias imensas. Senti dor e prazer. Surpreendi e fui surpreendia. Cometi muitos erros mas também alguns acertos, e como sempre tirei lições preciosas de cada situação conturbada. Curti preguiça mas também tive meus dias agitados e tumultuados. Fui vitimada pelo stress (quem não é?), mas sobrevivi. Trabalhei muito, ganhei menos dinheiro do que gostaria mas o suficiente para manter-me de pé, forte, disposta a seguir adiante.

Resumindo, aos 31 anos, como diria o Rei Roberto Carlos, "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!"

E que assim seja aos 32!

Agora, num momento de narcisismo total, algumas caras e bocas dos meus 31 anos:


Parabéns para mim! Eu mereço!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Eu tive um Sonho

Eis um fenômeno difícil de se entender... o SONHO...

Significado da palavra segundo o Dicionário Michaelis:
so.nho (lat somniu) sm 1. Representação em nossa mente de alguma coisa ou fato, enquanto dormimos. 2. Coisa imaginada, mas sem existência real no mundo dos sentidos. 3. Idéia com a qual nos orgulhamos; idéia que alimentamos; pensamento dominante que seguimos com interesse ou paixão.

Dizem que sonhamos todas as noites, mas às vezes não lembramos... Talvez seja por aí mesmo... eis um mistério da mente humana difícil de se explicar, muito menos de se entender...

Eu particularmente sonho muito. Geralmente são sonhos malucos que não fazem o menor sentido, algumas vezes são sonhos divertidos, outras vezes angustiantes, mas geralmente são sonhos (pelo menos os que me lembro) com pessoas que fazem parte da minha vida, às vezes pessoas com as quais perdi o contato há muito tempo, o que sempre me deixa intrigada: Por que meu subconsciente me leva a estabelecer relações nos sonhos com pessoas das quais eu sequer lembrava?
Não dá mesmo pra entender, e talvez tentar entender seja um desperdício de tempo...

Mas esta noite eu tive um sonho especial, um sonho que me provocou uma avalanche de sensações e emoções: Sonhei com a minha mãe.

Eu sonho bastante com ela, graças a Deus, e na maioria das vezes a vejo saudável, como nos bons, velhos e saudosos tempos... Já sonhei com ela festejando comigo, conversando comigo, passeando comigo, brigando comigo...

Mas essa noite foi diferente: ela estava doente e frágil, e dizia o tempo todo pra nós (eu e minhas irmãs) que precisava ter certeza de que ficaríamos bem sem ela... Dizia que estava com medo de ir embora, mas que isso seria mais fácil se nós prometêssemos que cuidaríamos umas das outras...

Foi extremamente angustiante. Eu fazia massagem nos pés dela com um óleo hidratente (costumava fazer isso sempre que chegava no hospital pra ficar com ela), e ia tentando acalmá-la daquelas idéias, repetindo que tudo ia ficar bem e que ela devia parar de falar aquelas bobagens de ir embora...

É só isso que me lembro, só essa parte do sonho. Mas foi extremamente real, o toque, o cheiro, a conversa, tudo... Acordei sentindo o cheiro dela, e a aspereza dos seus pés calejados nas minhas mãos... Acordei com a sensação física de que acabara de abraçá-la, e de que tudo aquilo tinha acontecido de verdade. Por uns instantes tentei me situar no tempo, como se ela realmente ainda estivesse aqui, e meio atordoada peguei o telefone e disquei instintivamente o número do celular dela, que eu já nem lembrava mais de cor, mas de repente ele me veio à cabeça... E quando ouvi aquela mensagem eletrônica dizendo que o número discado não existe, então minha ficha começou a cair...

Uma bofetada, foi como se eu tivesse levado uma bofetada que de repente me acordou e me trouxe de volta à realidade. Me veio aquela sensação de nó na garganta que quase sufoca, e então explodi num choro compulsivo tão desesperado que até acordou meu filho. Por alguns instantes não consegui me controlar, aquela dor inexplicável da perda tomou conta de mim como se ela tivesse acabado de partir, meu corpo todo doía e se encolhia, e eu só consegui recuperar a razão alguns minutos depois, forçada a tranquilizar meu filho que estava diante de mim com olhar assustado, sem entender nada do que estava acontecendo.

Coloquei o Lucas de volta na cama, deitei ao lado dele, me enrolei nele e nos edredons, e chorei baixinho até as lágrimas secarem...

O cheiro, o toque, a voz da minha mãe estão me acompanhando o dia todo... É uma sensação muito contraditória, porque é muito bom ter essas sensações físicas e matar a saudade, mas por outro lado dói demais essa saudade que fica depois de uma experiência tão intensa...

Eu costumo dizer que a gente vai aprendendo a lidar com a saudade, de alguma forma vamos programando nosso cérebro pra lidar com a ausência de uma pessoa amada e fundamental na nossa vida de uma maneira controlada, mas até a saudade, vejam só, é capaz de nos surpreender nos momentos mais impensados.

Saudade dói, dói muito, tanto que é impossível explicar sua intensidade. E hoje a minha saudade está latejando, rasgando, estraçalhando.

domingo, 8 de junho de 2008

Mais um final de semana Esportivo



Vida de mãe de atleta é assim... Cada final de semana, uma emoção diferente!

Ontem foi dia de corrida, a 7ª participação do Lucas em provas desta natureza. Foi realizada a "Corrida Infanto-Juvenil Corpore-Batavinho", lá na pista de Atletismo do Ibirapuera, e como sempre lá estávamos nós para prestigiar os baixinhos e aplaudir a criançada cheia de espírito esportivo.

Sempre escrevo isso, mas nunca é demais dizer: Proporcionem uma atividade deste gênero para seus filhos, sobrinhos, afilhados e afins... só participando vocês vão entender como ter um final de semana assim pode fazer bem não só para o pequeno atleta, como para a família toda! Mexam-se!!!

Da nossa parte, continuamos incentivando a prática esportiva do nosso garoto, continuamos estimulando a participação dele nas corridas, continuamos nos divertindo muito em cada etapa, e mais do que nunca, continuamos babando demais a nossa cria! Não podia ser diferente, né?

Domingo que vem tem mais! A gente vai tomando gosto pela coisa e, com a ajuda da minha irmã-atleta Silvia, ficamos sabendo de outras provas realizadas por São Paulo, e como o Lucas ama participar, e nós também curtimos muito, topamos qualquer parada! Aguardem o próximo post dominical com outras notícias esportivas, e por enquanto, fiquem com algumas imagens da corrida de ontem...

Ótimo Domingo, e Ótimo começo de semana!

Na arquibancada, assistindo a apresentação dos pequenininhos.






O Lucas, como sempre, cheio de ginga! Dessa vez foram 200 metros (em breve posto as fotos oficiais, com melhor resolução).



Medalhinha suada... literalmente suada!



Peter Pan e Sininho estavam lá!



O Chaves, o Kiko e a Chiquinha também... O Lucas a-d-o-r-a!



Até a Mônica e o Cebolinha... presenças Vip´s!




Tia Silvia, presença fundamental!





Lucas e Fabiana Murer, a grande atleta de ouro no Salto com Vara... Se ela trouxer uma medalha de Pequim, essa foto pode valorizar bem... rsrs..




É de verdade!

domingo, 1 de junho de 2008

Brrrrrrrrrrrrrrrr

Que frio! Que delícia!!! Junho chegou dizendo logo a que veio. Por isso eu AMO o mês do meu aniversário!!! Tem tudo a ver comigo, eu não podia ter nascido em outra época do ano!

Tivemos um final de semana típico de inverno... Há muito tempo não temos um inverno decente, essa história toda de aquecimento global, camada de ozônio e não sei mais o que tem tornado as estações do ano um tanto quanto confusas, e há anos não temos um inverno como antigamente. De vez em quando vem uma frente fria, de vez em quando temos quedas bruscas de temperatura, mas nada que dure mais do que 1 ou 2 semanas...

Por isso eu estava disposta a aproveitar o final de semana gelado da melhor forma possível - sob os edredons! Depois de muitos finais de semana de grandes agitos, festas e badalações, finalmente tivemos planos modestos de ficar em casa curtindo a preguiça e recuperando as energias.

Nem tudo saiu exatamente como eu planejei, uma intercorrência com meu pai acabou me tirando de casa sábado E domingo, mas mesmo assim deu pra aproveitar bastante o frio gostoso que cobriu São Paulo. Dormi muito, comi muito, namorei muito, curti muito meu filho, fiz tricô, li, vi filmes no DVD, e nem vi o domingo acabar... Como o tempo voa quando a gente está curtindo, né??? Queria que esse meu final de semana não acabasse tão cedo... Tá tão bom...


Mas acabou, já se faz tarde, hora de ajeitar as coisas para mais uma semana que se inicia, e ao que tudo indica será uma semana igualmente gelada, de temperaturas baixas e necessidade imensa de calor, principalmente calor humano...

Estou vivendo uma fase incrível na minha vida pessoal... Feliz, feliz de verdade, com problemas como todo mundo, com dificuldades aqui e ali, tristezas e chateações eventuais, mas feliz de um modo global, amada, amante, equilibrada e... FELIZ! Sei que o amor é o aquecedor mais poderoso para qualquer coração, por isso aproveito esse friozinho delicioso pra desejar a todos vocês muito amor...

Que o Amor tome conta de todos os corações nesse mês de Junho, mês de frio, de inverno, de paixão, mês dos namorados, mês de fortes emoções... Que assim seja, pra mim e pra todo mundo!


BOA SEMANA!