sábado, 31 de janeiro de 2009

Amor Abundante


Só amava gordinhas. Obesas. Não tinha nenhum outro critério a não ser o peso. Nenhuma restrição a cor, raça, credo, profissão, gostos, opiniões, militâncias. Sua única condição era que as suas amantes pesassem, pelo menos, 90 quilos.

Fascinava-lhe o equilíbrio precário daquelas mulheres; emocionava-lhe a saúde fragilizada pela hipertensão, colesterol alto, diabetes e doenças coronárias; excitava-lhe a ofegância, o suor no buço e nas dobras, e a insegurança das que ocupam muito lugar no espaço; admirava-lhes sua grande capacidade de amar, um amor tão leal e cheio de gratidão por amá-las gordas como eram, tão sinceramente. E alimentava-lhes com devoção. Cozinhava para elas, servia-lhes e as observava comerem com uma atenção sensual, numa espécie de preliminar do jogo de sedução que começava à mesa e terminava também à mesa, lá pelas tantas. Preparava-lhes as mais pecaminosas, deliciosas e calóricas iguarias... macarronadas, lasanhas, pizzas, sanduíches com queijo e maionese... comprava-lhes sorvetes, geléias, tortas, refrigerantes, chocolates e os mais finos bombons. Não porque as quisesse engordá-las ainda mais, mas porque nada podia proporcionar-lhe maior prazer do que vê-las devorar o pecado sem culpa.

Juvenal havia sido aprovado com louvor no concurso do Banco do Brasil e optou por mudar-se para aquela cidade do interior, onde vivia há quase cinco anos. Por mais discreto que fosse, as suas preferências amorosas foram rapidamente percebidas por toda a cidade. Mas dava-se ao respeito. Era cidadão de bem, possuía automóvel, casa própria e crédito na praça, logo, por mais maldosos que fossem os comentários tecidos às suas costas, ninguém jamais ousou desrespeitá-lo. E em pouco tempo todas as maiores de 90 quilos o desejavam. Casadas, solteiras, velhas, jovens, cochas, pretas, brancas... que obesa mórbida não desejaria aquele homem tão perfeito, que além da preferência pelo seu tipo físico, algo tão improvável, ainda tinha boa condição financeira era homem de estudo, possuía várias enciclopédias, vestia-se sempre com zelo, cheirava a água de colônia, trazia as unhas lustradas com esmalte incolor e um elegante e reluzente bigode negro. Não era na verdade nenhum galã, embora não fosse feio; era um tipo comum, mas todas as vantagens que trazia consigo, o transformavam no mais belo homem em todo o mundo, aos olhos das pesadas candidatas.

Exceção às casadas, por motivos éticos e estratégicos, Juvenal já havia amado quase todas as gordinhas da cidade, e dizem até que algumas outras vieram de cidades circunvizinhas atraídas pela promessa de amor e pela esperança de exclusividade e casamento, o que estava fora dos planos de Juvenal, que amava intensamente cada uma delas, mas como precisava amá-las todas, não podia jurar-lhes o seu amor eterno. E partiu assim muitos corações...

Diva entrou em depressão; Solange aceitou dividi-lo com Janaína e Iraci; Francisca achou que poderia prendê-lo para sempre quando apareceu grávida, mas foi surpreendida com a informação de que Juvenal era vasectomizado, e sumiu para sempre; Ivonete enlouqueceu de amor; Olívia jurou matá-lo e a si, mas tudo o que conseguiu foi quebrar o pé ao tentar alcançar enfurecida o veículo de Juvenal, depois de um escândalo em praça pública; Nívea tentou vingar-se pichando no muro da praça da catedral, que Juvenal tinha um caso com a mulher do prefeito, o que não era verdade, apesar do enorme desejo da primeira-dama, que poderia ser uma forte candidata, do alto dos seus 103 quilos.

Foi quando Juvenal percebeu que talvez fosse a hora de pedir transferência para uma outra cidade, tão desgastado estava com tantos rebuliços acontecidos ali. Contabilizou um número pífio de gordas que ainda não havia amado, e decidiu que a perda não seria tão grande assim.

Partiu numa manhã de domingo quando a cidade ainda dormia, incerto sobre a escolha do seu novo destino, que ficava no outro extremo do estado, incerteza esta que acabou no instante em que foi recebido, na pensão de Dona Isaura, por sua sorridente filha Genilza, que a julgar pela sua experiência, não deveria ter menos do que 95 quilos.


Visito o Blog "Rainhas do Lar" regularmente... adoooooooro (e recomendo!). Tem um pouco de tudo por lá: receitas espetaculares, dicas incríveis, passo-a-passo de tarefas que parecem impossíveis de se realizar, belíssimas sugestões de decoração, sugestões ultra criativas, bate-papo sobre assuntos variados e... coisinhas fofas como esta crônica que me encantou.

Escrita pela Rainha do Lar Katia Najara, Katita para as "cumadres" mais íntimas, esta crônica me encantou... poucas pessoas seriam capazes de abordar um assunto de peso com tanta leveza... e bom humor... e delicadeza!

O mundo seria um lugar muito melhor se as diferenças fossem sempre vistas assim: pelo seu lado mais positivo. Ser diferente nos faz únicos, e isso é SIM muito legal!
Imagem: "A Musa" de Botero.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tudo QUASE Normal.

Olá, Pessoas!

Quanto tempo, não é mesmo? 10 dias sem postar... é um record pra mim. E senti muita, muita falta do meu cantinho!

Acontece que, vocês sabem... a vida real não é moleza não, e última semana de férias do filho + preparativos para a volta às aulas + compra de material escolar (e lá se foi uma verdadeira fortuna!) + compra de uniforme escolar + reunião de pais + marido recém operado e "de molho" em casa + trabalho e todas as outras rotinas do dia-a-dia = caos absoluto, pra variar.

Como vocês sabem, meu filho voltou do acampamento na segunda-feira, dia 19/01. Voltou cheio de histórias pra contar, bronzeadérrimo, cheio de energia pra curtir a última semana de férias em casa Eeeeeee trouxe também uma mala gigante lotada de roupas imundas. Tudo bem, eu mesma disse que "se sujar faz bem", mas limpar a sujeira depois dá um trabaaaaaalho... Nem queiram saber!

E um pouco antes de o Lucas voltar, no sábado dia 17/01, meu marido fez uma cirurgia no ombro esquerdo. Passamos uma noite no hospital, correu tudo bem e no domingo ele teve alta, mas vai ficar com o braço imobilizado por 30 dias. Trinta Dias! Vocês sabem que homem não costuma lidar muito bem com esse tipo de dificuldade, tem uma tolerância menor à dor, enfim... é difícil, mas estamos administrando bem, na medida do possível.

*** Abre parênteses para uma pequena história:

A cirurgia do meu marido estava agendada para as 08h00 do sábado, dia 17. Chegamos ao Hospital São Luiz (Itaim) para a internação umas 2 horas antes, e no horário previsto ele foi para o Centro Cirúrgico. Só que o nosso quarto ainda não estava liberado (dependia das altas que ocorreriam até as 10h00), então tive que ficar esperando, coisa que faço muito mal - não consigo ficar sentada sem fazer nada num lugar por mais de 10 minutos.

Eu até tinha levado um livro pra ler, mas àquela hora da manhã não era exatamente algo que me distrairia, então resolvi dar uma circulada pelo Hospital. Fui tomar um café, e depois decidi ir ver os bebês nos berçários - Adooooro ver bebês!

Lá no São Luiz tem um berçário por andar, então fui passando de um por um, até que cheguei num andar em que todos os bebês estavam nos bercinhos, porque era hora da consulta do pediatra (nos outros berçários a maioria dos bebês já estavam nos quartos com as mães).

Encostei no vidro e fiquei lá olhando as carinhas lindas, as roupinhas, os cabelinhos, os biquinhos, os nomes dos bebês e dos pais, essas coisas de gente curiosa que não tem mais nada pra fazer.

Detalhe: Eu estava com a minha malinha básica, né, porque ainda não tinha um quarto onde deixá-la, então a cena não era exatamente "comum". Pensem: uma mulher com uma mala encosta no berçário e fica ali olhando todos os bebês sem demonstrar conhecer especificamente nenhum.

Mas eu fiquei lá. Fui ficando, e observando, e aí as enfermeiras começaram a despir os bebês para que o pediatra os examinassem (com uma prática tão grande que chega a parecer estupidez), e eles começaram a chorar todos ao mesmo tempo, aquele movimento. Fiquei pensando que a mulherada do futuro vai sofrer com falta de homem, porque pra cada 5 meninas ou mais nasce 1 menino (impressionante! em todos os berçários, pelos nomes, existem muuuuuuuuito mais meninas que meninos).

E aí o segurança começou a me olhar de forma meio estranha. Observei e ignorei, mas ele começou a me olhar de uma forma cada vez mais ostensiva, e eu estava pronta pra ser "imobilizada" a qualquer minuto pelo moço. Tudo bem, esse é o trabalho dele, e talvez ele tenha achado que meu plano maquiavélico era colocar uma meia dúzia de bebês na mala preta e fugir. Pode ser. Nossa! Praticamente uma Nazaré! Será que eu tenho cara de sequestradora de bebês?

Fui salva pelas mães que começaram a aparecer. Anciosas porque seus bebês não voltavam para o quarto, elas começaram a aparecer, e eu que sou muito muito muito xereta já ia logo perguntando qual era o bebê, e começava a bater papo, e logo estava dentro do quarto da moça segurando seu bebê no colo. Sério! Muita cara de pau minha, não é não?

Entrei em 2 quartos porque "fiz amizade" com 2 mães que foram lá no berçário. No começo elas estranhavam também, e arregalavam os olhos quando viam a mala, mas depois que eu explicava que meu marido estava operando, e blablabla, bom... me deixaram ver os bebês de perto... Uns fofos, aliás!

E o segurança achando que eu era algum tipo de sequestradora... fala sério! Depois que saí dos respectivos quartos quase dei uma banana pra ele, mas mantive a compostura e fiquei só no olhar atravessado... E finalmente deixei os bebês em paz.

*** Fecha parênteses.


Continuando na minha saga, tivemos então a última semana de férias do Lucas, com todas aquelas responsabilidades de volta às aulas pra resolver, aquela loucura de comprar material escolar, uniforme, ir à reuniões, etc e tal. Vida de mãe não é fácil não, mas pra ser sincera o que sofre mesmo nessa brincadeira é o bolso. Tudo custa absurdamente caro, só na lista de material vai mil reais sem a gente perceber, fora todo o resto de miudezas que, somados, viram uma facada. Nessas horas eu realmente não entendo a matemática de quem tem muitos filhos... Haja dinheiro!

E então chegamos ao dia de hoje, o dia da volta às aulas. Meu filhote já está lá, na sua nova sala de aula, com sua nova professora, usando seus materiais novinhos em folha e com a mesma turminha que o acompanha desde 2006.

Ou seja, tudo QUASE normal. E o Blog também há de voltar à sua programção normal, porque, né? Chega de férias! Começar de verdade o ano só começa depois do Carnaval (a incrível desculpa que temos para o ritmo mais lento esses dias), mas até lá vamos recuperando o fôlego para tudo que nos espera.

Vi muitos filmes legais nos últimos dias - no cinema ou em DVD, e como estou sem muita criatividade pra falar de outras coisas, vou preparar mais um lote de resenhas e dicas de cinema pra postar essa semana. Quem sabe até uma edição especial pré-Oscar que estou com muita vontade de fazer, vamos ver se dá... Aguardem!


P.S.: Preciso de um Help!
Meu contador de acessos / número de pessoas online que ficava logo abaixo da minha foto deu pau. Não sei o que houve, mas primeiro ele parou de aparecer e depois desapareceu de vez (mixxxxtério!)... Já tentei recolocar, mas aí começa a contar do zero novamente, e assim não tem graça! Alguém sabe/pode me ajudar? Pleaseeeeeeee!!!

Brigadú! Beijos!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Fim da Novela, Fim da Minissérie, Fim das MiniFérias (não necessariamente nesta ordem!)

Olá, pessoas queridas que me lêem! (tenho sempre a impressão de que nesse período de férias de verão todo mundo tem mais o que fazer e ninguém passa por aqui pra ler porcaria nenhuma, mas, em todo caso... Olá!)

Espero que esteja todo mundo bem, apesar da crise mundial, apesar do calor infernal que dominou os últimos dias paulistanos, apesar das tempestades de final de tarde que vira e mexe provocam o caos no trânsito e alagamentos assustadores, e apesar de a Flora não ter morrido e ainda ser perfeitamente capaz de assombrar a vida de qualquer um...

Estou aqui, curtindo o restinho das minhas mini-férias a dois... A semana voou só pra mim ou foi pra todo mundo? Caramba... sei que é o clichê-do-clichê-do-clichê, mas parece que quando a gente programa várias coisas pra fazer o tempo voa e não nos deixa fazer nem 1/10 do planejado... Afff... mil vezes Afff!

Mas ok. Foi mesmo uma semana atípica...

Final da Favorita - não que eu seja tããããoooo noveleira assim, é só que não tinha como não acompanhar a Flora, né, minha gente? Minha ídola super... ever! (principalmente depois que a Donatela me resolve arrancar o vestido de noiva - horrendo por sinal - no meio do casamento e passar o resto da cerimônia e da festa de combinação... Ji-suis! Até cafonice em novela tem limite nessa vida, minha gente! peloamor, né?).

Final de Maysa, a minissérie que me hipnotizou (acabou de acabar o último capítulo) e me surpreendeu... Eu poderia usar um adjetivo bem mais expressivo porque vinha adorando a história, mas tenho que dizer que no capítulo de ontem fiquei com tanto ódio da Maysa que não consegui parar de xingá-la de FDP até agora... como uma mãe faz um negócio daqueles com o filho? Gente, quase tive um colapso quando vi que ela voltou para o Brasil e largou o pobre do menino lá na Espanha, e o bichinho ficou 2 anos inteiros sem receber visita... judiação...

Fiquei depois pensando que o Jayme Monjardim deve fazer muita terapia até hoje pra superar esses traumas. E talvez nem tenha superado. Desenvolvi até umas teorias mirabolantes aqui na minha caixola, analisando a mãe do rapaz e sua atual esposa... As suas se parecem, e muito... A tal da Tânia Mara (... sempre que quiser um beijo, eu vou te dar... ohohoh, sua boca vai ter tanta sede, de me tomar, ououieiei...), assim como Maysa, canta músicas quase bregas e de fossa, um tantinho "modernizadas" pra atualidade, digamos assim, mas é aquele estilão romântico bem peculiar. Assim como Maysa, Tânia Mara também tem a pele bem clarinha, os cabelos escuros e cacheados... E os grandes e expressivos olhos verdes (ou azuis, nunca sei diferenciar, sorry!). Assim como Maysa, Tânia Mara casou-se bem jovem com um homem bem mais velho - o próprio Monjardim. E sabe-se lá que outras semelhanças possam existir, né? Pode ser apenas coincidência, pode não ser, mas, enfim... Voltando à minissérie, fiquei mesmo com ódio porque sou mãe, né, gente, e não consigo absolutamente de ângulo nenhum entender as razões que levam uma mãe a abandonar o próprio filho... e essa "informação" na minissérie me fez perder um pouco da paixão pela história... Mas foi lindo, no geral foi lindo, interessante, sedutor como é a maioria das biografias de pessoas "incomuns". E Maysa, sem dúvida nenhuma, foi uma pessoa absolutamente incomum, para o bem e para o mal, infelizmente.

E Final também das minhas microférias a dois... o que tem um lado ruim (não fizemos quase nada do que pretendíamos, e se vocês me perguntarem por quê nem vou conseguir ser criativa e vou responder apenas que não deu tempo porque trabalhamos muito), mas tem também um lado maravilhoso, porque isso significa que faltam apenas 2 dias e meio para eu rever o meu tesouro, de quem estou morrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrendo de saudade...

É muito estranho passar tantos dias longe do meu filho... E olha que já passamos por isso há 3 anos, mas se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que a gente nunca se acostuma com a ausência de quem a gente ama. Ainda bem que ele está ótimo, se divertindo horrores, e eu tenho acompanhado tudinho religiosamente pelo site do Acampamento, vendo todas as fotos e curtindo por tabela todas as atividades super legais que ele tem feito por lá.

Nos falamos por telefone apenas quinta-feira, e não, eu NÃO sou uma mãe desnaturada, apenas tento ser forte e resistir ao meu ímpeto de ficar ligando todo dia, toda hora, porque, né? A idéia do acampamento é justamente o contrário disso, e nem acho justo tirar a criança do meio de uma atividade ou brincadeira pra atender o telefone... Então eu não ligo, vejo as fotos no site, mando email (eles recebem os emails impressos nos chalés), e fico aqui, me corroendo de saudade...

Aí quinta-feira ele ligou, todo cheio de histórias pra contar, pra dizer que estava com saudade também mas "pra eu ficar tranquila que logo logo ele tá voltando" (vê se eu mereço!), e o que ele queria saber na verdade era se eu já tinha comprado um joguinho para o videogame dele que prometi comprar enquanto ele estivesse fora (porque promessa é dívida, né minha gente, e pra garantir que eu não ia usar a desculpa do "esqueci", ele tratou logo de ligar pra me lembrar). Vida de mãe é assim... a gente nunca tem escapatória... rsrs

Mas no fim das contas, e apesar de "tantas emoções" nesta semaninha ajato, até que eu e o maridão conseguimos curtir um bocado... Demos nossas "voadas" por aí, fizemos coisas diferentes e fomos a alguns lugares que não podemos ir quando o Lucas está por aqui... Foi uma delícia!

Aí pra encerrar o período com chave de ouro, vamos amanhã para o Hospital. É. Pois é. Mas não é nada tão grave não, meu marido apenas vai fazer uma cirurgia por videolaparoscopia no ombro, o que exigirá internação de amanhã para domingo, e eu, esposa atenciosa que sou, estarei lá para segurar sua mão neste momento difícil (ah, esses homens manhosos!). Este será o meu weekend in love. Porque o amor é lindooooooooo! hehe

E é isso. Taí meu relatório. Acabei não escrevendo nada do que pretendia quando sentei aqui e seguindo outro rumo, e agora já nem lembro mais qual era a idéia original. Talvez seja o adiantado da hora, o que acabou de me lembrar que tenho que estar de pé e pronta às 5h00 pra levar o marido para o Hospital, e consequentemente isso significa que preciso encerrar o post e ir dormir pelas 3 horinhas que me restam até lá.

Pra não terminar assim, de qualquer jeito, vou deixar algumas fotos do meu gatinho lá no Acampamento... Vejam como ele se diverte! E se ele está bem, então eu também estou!



E vamos ao Final de Semana!

Que seja estupendo pra todos vocês!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Enfim, Sós... (E agora???)

Quem tem filhos pequenos sabe muito bem o perrengue que é conseguir fazer um programa de adulto de vez em quando.

É necessária toda uma organização logística para que o filho fique em segurança com alguém de confiança - tia, avó, babá, etc, além de ser bastante difícil pra uma mãe relaxar totalmente num programinha desses, porque está sempre pensando no(s) filho(s), se está(ão) bem, enfim... Aquelas paranóias de mães (e de alguns pais também).

No meu caso, especificamente, é tudo ainda mais difícil, porque como vocês sabem minha mãe já não está mais aqui, a família do meu marido não é de Sampa, então só tenho minhas irmãs com quem contar para estas ocasiões, e como minhas irmãs têm todas uma vida social muito agitada, fica tudo mais difícil.

Estamos acostumados com isso, e desde bebê o Lucas nos acompanha em todo lugar que dá. Cansamos de ir para barzinhos, restaurantes, festas e afins carregando o bebê conforto, colocávamos a cadeirinha sobre a mesa e o Lucas ficava lá conosoco, interagindo, curtindo a vida boêmia desde novinho. Como ele sempre foi muito tranquilo nunca houve stress, pelo contrário... Ele adorava um agito, e curte baladinhas até hoje.

Até para o Motel já carregamos nosso filho. Sim, Motel, e não precisam se assustar porque não somos nenhum tipo de casal bizarro que expõe o filho a situações inadequadas para menores. Nada disso!

Acontece que tínhamos como "tradição" de aniversário do meu marido ir comemorar todos os anos com um jantar e uma esticadinha / pernoite num Motel. Fazíamos isso desde que começamos a namorar, e nos primeiros anos de casamento minha mãezinha sempre ficava com o Lucas no dia em questão, para que pudéssemos comemorar a dois, a sós.

Só que em 2005, quando o Lucas estava com 4 anos e meio, minha mãe - que na época estava recém operada - não pôde ficar com ele. Lembro que ela até se ofereceu, tadinha, sabia que gostávamos de comemorar a data desta maneira, mas eu não quis cansá-la com isso, não era o caso.

Por outro lado, não queria deixar de comemorar o aniversário do meu marido. Estava sendo um ano difícil e ele estava sendo um grande companheiro segurando as pontas da minha instabilidade emocional por conta de tudo que estava acontecendo, e eu achei que aquela era uma ótima oportunidade de darmos uma breve respirada distante dos problemas.

Depois de muito pensar me ocorreu que nós poderíamos sim ir ao Motel. Por que não? Levaríamos nosso filho, e se a noite não fosse exatamente romântica como nos anos anteriores, na pior das hipóteses sairíamos da rotina e teríamos uma situação inusitada pra lembrar depois.

Tratei de me certificar de que isso seria possível. Era - qualquer um pode entrar no Motel com o(s) filho(s), desde que comprove, obviamente, que são realmente seus próprios filhos. E então surpreendi meu marido com o roteiro do nosso programa de aniversário: Jantar e Motel, com filho e tudo!

Foi uma comédia. Como era nossa primeira vez, estávamos meio envergonhados e constrangidos de entrar no Motel com uma criança. Vamos combinar que isso não deve ser uma situação exatamente corriqueira, né? Conversamos com o Lucas e explicamos pra ele que iríamos dormir num Hotel, e que quando chegássemos ao lugar ele não devia fazer muita algazarra nem falar muito, pelo menos não antes de estarmos dentro do quarto.

Encostamos o carro junto à cabine da recepção e, adivinhem? Quando a recepcionista veio nos atender o Lucas coloca o cabeção pra fora da janela e já vai se apresentando:

"Oi, moça! Meu nome é Lucas, e eu vou dormir neste hotel com o papai e a mamãe!".

Fiquei roxa de vergonha, claro, mas deu tudo certo e logo estávamos parecendo 3 crianças dentro da suíte, porque ir ao Motel com criança - acreditem - é uma comédia! Parecíamos uns retirantes, levamos colchonete, edredon, lençol, travesseiro, tudo. Estávamos praticamente acampando dentro da suíte. O banho de espuma enlouqueceu o Lucas, tudo pra ele era novidade e ele curtiu muito, nem conseguia dormir de tão eufórico que ficou. Foi um dia inesquecível, sem dúvida!

Repetimos a dose várias outras vezes, aliás. Depois da primeira vez perdemos a vergonha, e passamos a encarar isso apenas como um programinha familiar diferente, só pra sair da rotina, apenas dormir fora de vez em quando - dormir mesmo, claro.

Já fizemos isso, inclusive, em situações extremas, como quando houve um problema estrutural aqui no prédio e ficamos sem água por 2 dias. Lá fomos nós, de colchonete e todo o resto da tralha passar a noite no Motel, onde além do banho a diversão também estava garantida.

Contei essa história toda do Motel apenas pra exemplificar como as coisas funcionam aqui em casa. Se pudermos levar o Lucas, festeiros que somos, estaremos em qualquer lugar pra onde nos convidarem. Se não pudermos levá-lo, entretando, fica bem mais difícil, e muitas vezes acabamos abrindo mão do programa, na boa, sem stress.

Vida de mãe. Vida de pai. Isso é ter filhos, e apesar de tudo é uma delícia.

Mas aí os filhos crescem, e algumas possibilidades começam a se abrir, e todo casal tem a chance de reviver - ainda que por apenas alguns dias - aquela sensação gostosa do "enfim sós".

Desde os 5 anos de idade o Lucas vai para Acampamentos de Férias no verão e no inverno, sempre por cerca de 1 semana / 10 dias. São locais especializados que assumem o ônus de aguentar e administrar a energia da criançada - e adolescentes, já que a maioria dos Acampamentos recebe crianças de 5 a 16 anos - enquanto os pais recuperam as energias para aguentar o tranco do resto do ano.

Acho genial essa opção de férias, porque assim os pais conseguem descansar um pouquinho e curtir a dois, enquanto as crianças são arrancadas da frente da TV, da Internet, do Video Game, e são direcionadas a atividades muito mais saudáveis, a brincadeiras de verdade, a férias de verdade. Perfeito, não?

Aqui em São Paulo existem dezenas de Acampamentos deste tipo. E em toda temporada de férias alguns jornais e revistas costumam publicar matérias a respeito, e existem opções para todos os gostos - e todos os bolsos.

Claro que não é um programa barato, infelizmente. Mas ficar com os filhos em casa nas férias também não é barato, e qualquer saidinha para lanchar no MC Donald´s ou pegar um cineminha acaba consumindo uma grana do mesmo jeito, então a gente paga pelo diferencial, pelo conforto, pela diversão dos pequenos, pela qualidade das férias e pelo sossego dos pais.

Não estou recebendo nada pra fazer propaganda de ninguém aqui não, viu? Eu simplesmente recomendo aquilo que acho bacana, e como mãe veterana de acampante veterano que sou posso garantir que é seguro, saudável, divertido, e vale cada centavo empregado. E as crianças voltam muito mais leves, tolerantes, independentes, dispostas, bronzeadas, cheias de histórias pra contar. Uma delícia!

E daí que hoje começou mais uma temporada de férias do Lucas. Dessa vez ele foi para o República Lago, um acampamento bem tradicional e conhecido aqui em São Paulo, onde inclusive minha irmã já trabalhou como monitora na época em que cursava a faculdade de Educação Física.

Ficamos com um certo friozinho na barriga porque apesar de veterano será a estréia do Lucas no RepLago, então é quase uma segunda-primeira-vez. Ele, tadinho, nem dormiu direito à noite, estava numa ansiedade indescritível, mas o que me deixou bem tranquila foi ver a animação dele logo cedo, no ponto de encontro para o embarque.

E lá se foram 4 ônibus lotados de crianças e adolescentes entre 5 e 16 anos de idade. E ficaram os pais do lado de fora, dando tchauzinhos emocionados e ao mesmo tempo ávidos por alguns dias de sossego longe da algazarra dos filhos.

Não tenho a menor idéia do que meu filho esteja fazendo a esta hora. Certamente alguma coisa bem mais legal do que ficar em casa em frente à TV. Se sujando, se exercitando, se divertindo. Respirando outros ares, conhecendo outras crianças, vivenciando férias de verdade.

E nós estamos aqui, meio perdidos pra falar a verdade. A casa fica vazia demais sem o nosso baixinho, o silêncio chega a incomodar, ficamos parecendo umas baratas tontas sem saber direito pra onde ir, o que fazer.

Mas eu tenho planos. Planos de curtir muito essa semana a dois. O Lucas volta somente dia 19 de janeiro, então temos 9 dias aí pela frente pra "causar". E eu quero muito fazer todos aqueles programinhas que acabamos adiando por não ter com quem deixá-lo, como ir ao cinema ver um filme não-infantil, ver uma peça de teatro, ir a um show bacana, uma balada, e coisas do tipo.

O único problema é que nós estamos meio enferrujados. Como não saimos mais com tanta frequência não sabemos pra onde ir, o que fazer, que lugares são bacanas e de onde devemos fugir.

Estamos velhos. Esta é a constatação mais dura neste momento. Mas como só temos 9 dias nem vamos dramatizar muito isso, vamos simplesmente tentar ser jovens por alguns dias e fazer tudo que nossos corpos aguentarem.

Hoje é sábado e eu estou aqui fuçando na net atrás de algum lugar legal pra ir. Não tenho a mínima idéia do que fazer, do que é legal, mas hei de achar algo que faça valer a nossa noite, afinal, "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite", não é mesmo?

E assim será durante toda a semana. Vamos aproveitar daqui enquanto o Lucas aproveita de lá. Essa é a idéia.

Alguma dica?


UPDATE:


Vejam que legal. Estou aqui e meu filho está lá (em Leme/SP), a mais de 200 km de distância. Mas mesmo assim, acabei de ver algumas imagens dele do dia de hoje... tão lindo!



Com o time sei-lá-do-que.

Brincando...


Desenhando...


Almoçando...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Organização? Hã?


Eu sou uma pessoa cáotica. Todo mundo já sabe disso.

Já tentei fazer promessa de ano novo de ser menos caótica, mas até hoje ainda não funcionou, de modos que eu continuo sendo um caos ambulante - e estou me aprimorando com o passar do tempo! É. Que nem o vinho, saca?

Ser caótica significa, dentre outras coisas, ter uma incapacidade absoluta de administrar o próprio tempo. Eu sou daquelas pessoas que tem sempre zilhões de coisas a fazer, e minha lista nunca - eu disse NUNCA - diminui.

Obviamente meu dia é insuficiente para minhas obrigações, e eu tenho acumulado déficit de tempo ao longo de todos os últimos anos da minha vida. É triste, eu sei, mas é a realidade.

Como eu lido com isso? Ah... estabelecendo prioridades! Li isso em algum livro imbecil de auto-ajuda e administração do tempo, e assim como o cara que escreve finge que está te dando o segredo do universo, eu finjo que aquilo funciona. Rá. Rá-rá!

Sabe qual livro seria realmente útil? Um livro que ensinasse a gente a dar umas pausas no tempo ao longo do dia, pra conseguir terminar tudo nas míseras 24 horas disponíveis. Se alguém souber onde achar esse livro me fala, tá? Porque sem essa alternativa tá é fróids.

O moço que manda estabelecer prioridades não ensina como fazer quando existem muitas prioridades. Talvez a vida dele seja menos dinâmica que a minha, né? Vai saber... Coitado!

Coisa meio deprimente começar o ano falando de falta de tempo, né? Também tô achando...

Mas sabe o que é? É que faz pelo menos uns 4 anos que eu preciso organizar meus arquivos, gavetas e armários e não consigo. Alguém me socorre, peloamor?

Como eu faço? Tipo que eu sei que tenho que ir lá e fazer a tal organização, o que eu tô perguntando mesmo é como faço pra conseguir parar uns dias só pra fazer isso. Existe um jeito? Alguém conhece? Falaê, que eu tô meio perdida...

Vocês imaginem que eu sou advogada e meu micro escritório é em casa. Já não disponho de muito espaço pra guardar as coisas, então em tese eu precisaria ser ultramegaorganizada pra conseguir manter o mínimo de ordem, mas, sacumé... ordem passou longe. LONGE.

Em geral eu me viro na bagunça mesmo. Odeio essa desculpa, mas no fundo é isso aí, eu me acho na minha bagunça. Sempre. Quer dizer, QUASE sempre.

A verdade é que às vezes passo uns perrengues. Porque não bastasse a desordem, eu ainda sou a rainha do "guardei mas não lembro onde", e já aconteceu de eu precisar urgentemente de algo e não encontrar e ter que derrubar tudo e jogar tudo pra cima, sentar em cima da pilha de papéis e chorar e implorar pra São Longuinho me ajudar.

Nessas horas eu faço promessas, brigo comigo mesma e juro que nunca mais vou passar por tal situação. Na última vez que isso aconteceu eu fui à Kalunga e comprei toneladas de material de organização - pastas suspensas, caixas de arquivos, rotulador, etc e tal. Estava decidida a colocar ordem no meu iscritórinho, mas aí cheguei em casa e alguma outra coisa urgente me tirou da vibe "Benedita-arruma-tudo", e outras prioridades surgiram, e a moral da história é que as tais caixas e pastas viraram mais um entulho na minha interminável pilha de coisas e caixas e papéis.

Socorro, viu!

E aí que estou começando mais um ano em desordem. Não arrumei meus armários, nem meus arquivos, nem minhas gavetas, nem os brinquedos do Lucas. Nem meus arquivos no notebook estão em ordem, pense num caos!

Já desisti da promessa de ano novo. Estou mais propensa a implorar pelo gênio da lâmpada mesmo sabe? Porque o negócio aqui precisa mesmo é de um milagre, eu acho.

Ou então eu poderia simular um incêndio daqueles em que todos os arquivos são perdidos, e começar do zero, o que vocês acham? Será que levantaria suspeitas?

Ah, levantaria, né? E se o polícia resolvesse ler meu blog? Ia descobrir, né? Já era. Melhor esquecer essa história de incêndio. E nem um assaltinho funcionaria, porque eu tenho a impressão que o bandido ia se assustar com a zona e nem ia tentar achar nada aqui no meio. Ia embora frustrado, o coitado do ladrão.

É gente, tá difícil. Sei lá eu o que fazer. Eu tenho as pastas, as caixas, os papéis bagunçados e a teoria do livro imbecil de auto ajuda e organização do tempo. O que eu não tenho é o tempo, propriamente dito. Só falta isso. Só isso, né?

Mas não tem nada não... jájá o Carnaval tá aí, então se a coisa ficar muito feia eu pico um tanto desses papéis e vendo no mercado negro como confete. Faturo uma grana, de repente.

Enquanto isso, tô aceitando ajuda. De preferência sem teorias (eu já tenho o livro lá, lembra?). E por ajuda entenda vir aqui um dia me ajudar com a bagunça. Essa ajuda seria legal. Tô aceitando, viu?

Por ora, vou deixando a vida me levar - vida leva eu. E juro que sou uma boa advogada, caso você esteja pensando em me contratar. Não sou uma boa arquivista, mas advogada boa eu sou! (é bom esclarecer, né? nunca se sabe!)

Pela compreensão, obrigada!

Beijo-NÃO-me-liga, porrque neste momento o aparelho de telefone desapareceu no meio da papelada, e como eu já tomei uma tacinha de vinho só pra relaxar, talvez seja meio difícil encontrar, se tocar.

É ano novo, gente! Vinho póóóóóódje!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Olá, Ano Novo! Muito Prazer!

Estou de volta!

E de cara preciso confessar que esta exclamação aí no final da primeira frase é uma forçação de barra das grandes, porque na verdade tenho vontade de chorar compulsivamente e cortar os pulsos quando penso que estou mesmo de volta à vida REAL. Ô, dureza!

Hoje é o primeiro dia útil do ano pra mim, estou voltando das minhas brevíssimas férias de 1 semana e já cheia de pendências pra resolver. Não vai dar pra ficar muito tempo me lamentando, então o jeito é respirar fundo e desbravar 2009 com o melhor espírito aventureiro que eu puder, torcendo para encontrar pelo caminho muitas surpresas agradáveis. Que assim seja pra todos nós!

Mas vamos à minha viagem, porque já que temos que recomeçar, que seja falando de coisas boas!

Como adiantei no último post, eu e minha família - 9 pessoas ao todo (marido, filho, 3 irmãs e 3 cunhados), embarcamos no dia 27/12 para nossa tão esperada viagem de férias e celebração do final de 2008 / começo de 2009.



Embarcamos no navio Island Escape para um Cruzeiro de 7 dias pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, com direito a Reveillon em Copacabana em posição pra lá de privilegiada, dentre tantos outros momentos mágicos.

Eu nunca tinha viajado de navio na vida, até porque num passado não tão distante esse era um privilégio para poucos abastados e não era nada acessível para pessoas de menor poder aquisitivo. Mas as coisas mudaram (ainda bem!), e hoje em dia com um pouco de planejamento e disciplina financeira, qualquer mortal como eu pode viver essa experiência fascinante. Recomendo!

Fechamos nossos pacotes em maio de 2008, com bastante antecedência, e acho que só por isso deu certo. Conseguimos as acomodações com melhores preços, condições de pagamento mais elásticas e aproveitamos o dólar barato que à época oscilava entre R$ 1,70 / R$ 1,80. Tudo conspirou a nosso favor, porque, afinal, quando tem que ser, o Universo inteiro conspira, certo?

Minhas irmãs já tinham feito uma viagem mais curta no Island Escape em 2006, então a única "caipirona" do quarteto era eu, imaginem minha ansiedade! Estava contando os dias, as horas, os minutos, os segundos.

E tudo valeu à pena, porque a grandiosidade de um navio é algo arrebatador. Embarcamos na tarde do dia 27, e confesso que na primeira noite eu praticamente não dormi, ficava me revirando na cama e espiando pela janela, incrédula de que estava ali, em alto mar, naquele mundo mágico sobre as águas.

Este navio é famoso por ser o mais informal "do mercado". Tem um estilo todo descontraído, dispensando as formalidades tão comuns quando se fala em Cruzeiro Marítimo. Isso é bacana porque vira tudo uma grande festa, e pra estreantes como eu diminui também aquela tensão e aquele medo de pagar mico e cometer gafes.

Ainda assim é tudo muito luxuoso, de encher os olhos. Restaurantes para todos os gostos e estilos, bares, pubs, boates, teatros, cassinos, piscina, lounges, academias, spas, salões de beleza, lojas e tantos outros espaços que eu demorei a semana inteira para conhecer.

Foi um Cruzeiro curto, que partiu de Santos/SP e passou por Ilha Grande/RJ, Búzios/RJ, Rio de Janeiro/RJ e Ilha Bela/SP. Muito tranquilo, nem rola essa história de ficar enjoado porque realmente balança um pouco, mas não é nada capaz de provocar mais do que uma ou outra tropeçada. Pelo menos eu não soube de ninguém que tenha passado muito mal, e eu mesma não senti absolutamente nada, muito pelo contrário: até curti os dias de navegação mais acelerada, quando chacoalhava mais... pra dormir então, era uma delícia! rsrs

O ponto alto da viagem, claro, foi o Reveillon. O navio passou o dia ancorado no Porto do Rio de Janeiro, e por volta das 17h00 de uma estonteante tarde de Sol partiu rumo à Praia de Copacabana. Fomos os primeiros a chegar, e nosso Comandante tudo-de-bom parou numa posição estratégica e privilegiadíssima, em frente ao Hotel Copacabana Palace, onde estão praticamente todas as balsas que abrigam os fogos.




Quando caiu a noite aquele ar festivo começou a tomar conta do navio. As pessoas começaram a sair de suas cabines todas arrumadas, vestidas de branco, e era uma delícia circular e ver todo mundo na mesma batida, na mesma emoção.

Como o navio é bem grande, praticamente todo mundo conseguiu se acomodar em um local legal na área ao ar livre. Nós conseguimos um "camarote" ultra mega vip, como brincamos, porque arrumamos um cantinho bem lá na parte mais alta do navio e dispusemos nossas cadeiras bem de frente para a praia, sem absolutamente nada entre nós e os fogos.

A festa rolava solta na piscina, com música ao vivo e muita animação, até que chegou o momento da contagem regressiva, anunciada com sotaque carregadíssimo pelo Comandante Stuart. 10-9-8-7-6-5-4-3-2-1... E então Copacabana explodiu naquela festa maravilhosa da queima de fogos mais famosa do mundo.




O navio inteiro boquiaberto diante daquele espetáculo. Ao nosso redor, também ancorados na praia de Copacabana, estavam outros 7 navios, todos na mesma festa. Pensem num momento lindo! Mágico! Indescritível!

Eu já tinha presenciado esta festa lá em Copa uma outra vez. Passei nas areias da praia o Reveillon de 1998 para 1999, quando ainda namorava meu marido. 10 anos depois estávamos de volta, e só o que posso dizer é que ver a queima de fogos do mar é completamente diferente... maravilhoso demais, todo mundo merece viver esta sensação pelo menos 1 vez na vida!

Foram 22 minutos ininterruptos de queima de fogos, e como comentei com minhas irmãs em seguida, só aquele momento "pagou" a viagem inteira, fez tudo valer à pena e vai ficar gravado nas nossas memórias para o resto de nossas vidas. Melhor ainda foi ter podido viver este momento com as pessoas que mais amo na vida - minha família. Isso realmente não tem preço!




Pena que tudo que é bom dura pouco e já acabou. Agora, ficam só as lembranças das fotos e das histórias - algumas hilárias - que contarei sempre que tiver oportunidade.

Quero fazer muitos outros Cruzeiros. Isso agora é um objetivo real. Amei viajar de navio, e tirando o caos que é o embarque e o desembarque no Porto de Santos, todo o resto é perfeito, até o que não é tão bom torna-se perfeito dentro de um Navio.




Existem navios translumbrantes que navegam pela costa brasileira, cruzamos com alguns deles no nosso caminho e eu fiquei maravilhada. Quero repetir a dose, em breve.

Eis uma das minhas metas para 2009. Espero poder compartilhar outra história dessas com vocês ainda este ano! Que assim seja!

Desejo a todos um FELIZ Recomeço, e que tenhamos dias muito fartos de coisas boas pela frente!


P.S.: Se quiser ver mais fotos do Cruzeiro, visite meu álbum no Orkut. E comente, tá?
UPDATE
Agora tenho também uns vídeos bacanas da queima de fogos, que roubei da câmera de uma das minhas manas... Aproveita aí, que o clima de festas já tá acabando, e em poucos dias ninguém vai mais desejar Happy New Year pra ti! Vida real, meu bem... vida real...