sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Aos Amigos da Dona Farta, com muito carinho.



Recebi estes quadrinhos por email de um velho amigo da faculdade - Fernando Ueda. Uma pessoa queridíssima, aliás, que eu não vejo há muito tempo, mas que sempre foi um doce.

Achei tão lindo... sabe que até me emocionei? Me emocionei pensando em como estes quadrinhos tão inocentes conseguiram traduzir tudo aquilo que realmente deveria importar em qualquer relação de amizade...

O mais legal e o que me emocionou de verdade foi constatar que no meu ciclo de amigos existem muitos Cascões e Cebolinhas, muitas pessoas que possuem o mesmo desprendimento dos personagens, muitas pessoas que entendem que o ser humano é imperfeito e inconstante, mas que mesmo assim continua valendo à pena.

Obrigada por me devotarem amizade, apesar de eu nem sempre ser uma pessoa fácil. Obrigada por terem acreditado que eu valia à pena quando nem eu mesma tinha essa certeza. Obrigada por terem ficado do meu lado quando eu precisei e por terem se afastado quando foi necessário.

Obrigada, Queridos Amigos, simplesmente por vocês existirem!
Amo vocês!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Corrida de Mulheres

E no meio do caos que se instaurou na minha vida nas últimas semanas, caos este que certamente não irá embora até que passem as festividades de final de ano (genteeeee, o Natal já chegou! como assim?), acabei esquecendo de vir aqui pra contar que eu, atleta que sou, participei de mais uma corrida de 5 km, completando assim um pequeno ciclo de 3 finais de semana seguidos de vida de atleta... tô podeeeeeendo! rsrs

Dia 16/11, às 08h00 de uma linda manhã de domingo, lá estava eu no Jóquei Clube de São Paulo para a largada do Circuito Vênus - Corrida só para mulheres.

Minha irmã Silvia, atleta veterana que é, já tinha me falado que esta prova era bem legal, e é mesmo! O kit é uma graça, os itens vêm numa necessáire fofa, junto com vários mimos e brindes que a mulherada adora. Foi montado lá no Jóquei um grande lounge com várias tendas destinadas a atividades de interesse feminino, uma programação bem bacana de palestras oferecidas pelos patrocinadores, enfim, um luxo!

Foi realmente muito bom participar desta corrida. Era tanta mulher junta que dava até medo. O Sol estava de rachar, o que tornou a prova em si mais difícil (além de me proporcionar um braço bicolor por causa da marca da camiseta), mas gostei muito do percurso, já que eu nem mesmo conhecia o Jóquei e dessa vez pude inclusive correr por lá, passando por cada cantinho e admirando a beleza do lugar.

E depois de um desgaste tremendo, sentir aquela sensação especial de ter conseguido vencer mais um desafio não tem preço! Venha correr você também! Faz um bem danado pro corpo e, mais ainda, pra alma!


No sábado, pré-prova: fomos retirar o kit e aproveitar os mimos oferecidos pela organização. Assisti a 2 palestras incríveis, e depois ainda fiz pose, vejam só!


Chegando ao Jóquei Clube no domingo - dia da corrida, com minha torcida organizada. Era 07h00 da manhã e o Sol já estava "gritando"...



Reparem no mar de mulheres ao fundo, todas se preparando para a largada.


Dona Farta tá ganhando "estilo" minha gente....


Bruxonaaaaaa (ela inteira, eu morrendo!)




E o pós-prova??? Tomando um "senhor" café da manhã, lóóóógico!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A Grande Festa

Demorei pra postar porque aniversário de filho não é brincadeira não! Fiquei a semana inteira por conta dessas comemorações, e nem vi o tempo passar.

Na verdade eu tenho uma espécie de TPF - Tensão Pré-Festa, e sempre fico agitadíssima, nervosíssima, estressadíssima e anciosíssima nas vésperas das festas do Lucas... Foram 8 anos, 8 festas oficiais e mais outro tanto de festas "não oficiais", e sempre senti as mesmas emoções. Coisas de mãe, não reparem!

O fato é que rolou a festa, rolou a maior festa, e todo o esforço valeu à pena! Amigos queridos por perto, criançada curtindo de montão, comidinhas, docinhos e outras tantas coisinhas típicas de festa de criança, uma delícia!

Há pelo menos 3 anos eu digo: "Esta será a última festa do Lucas em Buffet Infantil, ano que vem faremos outra coisa", mas acabo não resistindo... Principalmente porque penso que daqui a pouco o Lucas vai ser um pré-adolescente, talvez não queira mais festas desse tipo pra comemorar seus aniversários, talvez não queria nem comemorar com os MEUS amigos, mas apenas com os DELE, e só de pensar nisso sinto um pânico tão grande... Como será quando ele me disser: "Mãe, festa em Buffet Infantil é pra criancinha, não me faça pagar mico!"... O que vai ser de mim??? rsrs

Então vou aproveitar enquanto ele curte (na verdade ele AMA os aniversários, e assim que acabou a última festa ele já tinha planejado a próxima, escolhido o tema, tudo!), aproveitar até o último minuto, aproveitar o quanto eu puder, curtir muito a infância do meu filhote e celebrar cada ano como uma importante passagem, e enquanto isso puder ser feito através de uma festa grandiosa e animada, ah... assim será!

Lá se foi mais um ano, e encerramos a "semana de comemorações do Lucas" em grande estilo. As imagens falam por si, e como eu sou legal (outros diriam exibida), vou dividir algumas delas com vocês.

E aproveitando o post, obrigada de coração a todos(as) os(as) amigos(as) que sempre me visitam aqui e que mandaram mensagens lindas de parabéns para o meu garoto. Ficamos muito honrados com cada mensagem e felizes com tantas demonstrações de carinho!



Go, Speed Racer, Go!


Meu primo Júnior que veio de Macaé especialmente para a festa, minhas manas Silvia e Cátia (faltou a Ligia), e meu papis... Família linda, falaê!



Porque será que EU gosto tanto desse tipo de festa, heim? Alguém adivinha???


Enquete: Quem você acha que está se divertindo mais?


É que quando eu era criança, nem existiam essas coisas! Me dêem um desconto, vai! rsrs



Platéia linda de crianças fofas, completamente hipnotizadas pelo excelente mágico Ulisses Loddy


Gran Finale e o coelhinho que surge do nada, e deixa as crianças enlouquecidas.


Esse sorriso faz TUDO valer à pena! E se ELE está feliz, então eu estou realizada!



E veja agora um vídeo muito legal, um pequeno trecho da apresentação do mágico Ulisses Loddy, com seu ajudante super especial Lucas-Harry-Potter. De chorar de rir!


terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Pré-Festa

Quem nos conhece sabe que não precisamos de muito motivo pra fazer festa. E se temos um real motivo, então... ahhhhhh

Aí a gente se joga!

Ontem foi o aniversário do Lucas, como vocês sabem. E apesar de a Grande Festa estar programada para os próximos dias, não podíamos deixar a data verdadeira passar em branco.

Tudo começou com o "parabéns da meia-noite", uma tradição nossa...

Mas tinha o resto da família que não estava presente à meia-noite, e todo mundo queria comemorar o dia 17 de Novembro, então pensamos em fazer uma coisinha bem simples, "pra não passar em branco"... Era pra ser só um bolinho com parabéns em família, mas em se tratando da NOSSA família, virou isso:

QUEM TEM UM TESOURO DESSES TEM MAIS É QUE COMEMORAR!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O dia mais importante do ano

17 de novembro é "O" dia.




Há exatos 8 anos recebi o maior presente que uma mulher pode receber. Há exatos 8 anos me tornei mãe, e dentre tantas descobertas que essa experiência traz pude descobrir como a vida é mágica quando recebemos a dádiva de um filho.

Hoje meu "bebê" completa 8 anos de idade. É um rapazinho já bastante independente, inteligente, cheio de modos e manias, que continua me surpreendendo dia após dia.

Eu sou talvez uma das mães mais babonas que eu mesma conheço. Não tenho vergonha de admitir. E babar a cria, cá entre nós, é uma delícia.


Sei que sou suspeita pra falar, mas o Lucas é uma criança muito especial. Sempre tive a preocupação de criá-lo de forma a preservar bastante sua infância, sempre tive o cuidado de não acelerar seu amadurecimento para que ele pudesse curtir cada etapa da sua vida intensamente, sem pular fases, sem deixar de viver as magias da infância.


Ao mesmo tempo, sempre tive a preocupação de transmitir-lhe valores que considero fundamentais, e quando paro pra olhar como o Lucas é hoje em dia fico orgulhosa por ter feito um bom trabalho até aqui.


Ele é um ótimo filho, muito amoroso, carinhoso, doce, bonzinho, obediente, engraçado, bem humorado, fácil de conviver... é também muito inteligente e tem um vocabulário de deixar qualquer mestre em Letras de queixo caído. Tem aquele raciocínio muito rápido típido das crianças de hoje em dia, aprende tudo com muita facilidade, mas o mais importante:

É uma criança feliz, que É criança no mais amplo sentido da palavra, daqueles que acredita em Papai Noel, em Coelhinho da Páscoa e Fada dos Dentes; tem uma imaginação incrível, e costuma "viajar nos seus pensamentos" (como ele mesmo costuma dizer); morre de rir assistindo seus desenhos animados preferidos, vendo a apresentação de um palhaço num circo, ou simplesmente imaginando situações cômicas.

Há 8 anos, quando o peguei em meus braços pela primeira vez naquela agradável noite de sexta-feira, a primeira coisa que pedi a Deus foi que me ajudasse a fazer as escolhas certas e a ser uma boa mãe para aquela criaturinha então tão indefesa.

Antes de desejar que ele seja médico, advogado, dentista, engenheiro, ou qualquer outra coisa, o que eu quero realmente é que ele seja um grande homem, um cidadão consciente e exemplar, que tenha como filosofia de vida o respeito ao próximo e a si mesmo, e neste sentido tenho me empenhado, colhendo ótimos frutos até agora.

Meu pequeno homenzinho já É um grande cara. Não há quem não o ame. Não há quem não o queira por perto. Não há como não se encantar pelo seu sorriso, pelas suas covinhas, pela sua carinha de menino sapeca, pela sua doçura, pelos seus raciocínios mirabolantes. Simplesmente não há como não se apaixonar pelo Lucas, a razão da minha vida.


Feliz Aniversário, Filho!


Eu te amo tanto que não sei como explicar. Você é a prioridade absoluta na minha vida, sempre. Eu existo por você, pra você, por causa de você.



Com muito carinho,
Mamãe Zelona

sábado, 15 de novembro de 2008

Realmente, é melhor ter cuidado.

Cuidado com suas palavras; elas se transformam em atitudes.
Cuidado com suas atitudes; elas se tornam hábitos.
Cuidado com seus hábitos; eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter; ele determina seu destino.

(Frank Outlaw)


Fonte: Querido Leitor

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Desculpem os palavrões, mas... que diazinho mais FDP!

Um dia cheio mas perfeitamente possível. Era isso que meu planejamento me dizia logo pela manhã, quando abri a agenda.

Eu realmente tinha muitas coisas pra resolver, e de acordo com o meu super cronograma infalível das Organizações Tabajara daria tudo certo, desde que eu seguisse o passo-a-passo à risca.

Considerando que apenas para sacar dinheiro no caixa eletrônico do Banco do Brasil (1ª tarefa do dia) eu demorei o quíntuplo do tempo previsto (porque rodei 3 agências e estavam todas "sem sistema"), posso dizer que o dia começou mal, muito mal... Sabem como é, o raio do efeito borboleta me faria carregar aquele atraso pelo resto do dia, mas nem tudo estava perdido.

Fui para o 2º compromisso, uma reunião com uma fornecedora para fechar um contrato. Considerando que a FDP da fornecedora conseguiu tornar minha vida um inferno em 2 minutos de reunião, me tirando absolutamente do sério (logo cedo!), não preciso contar detalhes para explicar que obviamente o cronograma foi mais uma vez violado, né?

Some-se a isso o atraso carregado com a história dos caixas eletrônicos malditos que nunca funcionam quando a gente mais precisa, e tire suas próprias conclusões sobre o estado do meu super cronograma Tabajara.

Tudo bem. Respirei fundo e pensei: "Posso tirar muito desse atraso na estrada, e é isso que vou fazer!" (Atenção, eu advirto: Não façam isso nunca, ok?). 3ª Tarefa: Fui a São Roque (+ ou - 70 km. de distância pra ir e o mesmo para voltar), resolvi um problema bancário e voltei para São Paulo em menos de 1 hora e meia, não me perguntem como!

Feliz por ter tirado uma parte considerável do atraso carregado desde o início da manhã, resolvi elimintar a 4ª tarefa (almoçar, mesmo tendo jurado pra mim mesma nunca mais ficar sem almoçar), pra ganhar mais algum tempo e me reaproximar do cronograma original. A fome não costuma me atacar quando estou pilhada desse jeito, então... cortei o almoço, e voltei para a tarefa 2 porque precisava matar a FDP da forncedora que tornou minha vida um inferno.

Tá. Sou covarde e não matei a infeliz, só briguei um pouco (o suficiente para dar uns bons berros, que me fizeram parecer uma louca descontrolada por alguns minutos), e no fim das contas resolvi o raio do contrato, com muita raiva e mais atraso pra carregar no resto da tarde.

A tarefa de nº 5 era dar uma paradinha rápida num shopping no meio do caminho pra comprar um presente para a bebê de uma grande amiga que nasceu hoje (bem-vinda, Aïcha!), pois segundo meu cronograma Tabajara no final do dia eu ainda conseguiria passar na Maternidade para visitar a Léla e sua filhinha. Mas como essa compra podia ficar para mais tarde, resolvi trocá-la de posição na grade horária e fui direto para a tarefa 6.

Era por volta das 15h30. Sol a pino esquentando minha linda cuca dentro do meu pretinho básico SEM AR CONDICIONADO, e eu saindo de Osasco rumo à Vila Prudente, lá no (piiiiii) do Juda, do outro lado da cidade. Quem não é de São Paulo talvez não tenha noção, mas quem é daqui sabe que a Vila Prudente até nem é tão longe, o problema é o caminhozinho de corno e, claro, o trânsito do capeta!

Eu dentro do carro, morrendo de calor, sentindo cada parte do meu corpo cozinhar lentamente quase como uma "costela no bafo". Um medão de as minhas próteses derreterem! Penso comigo mesma: "É apenas o meio da tarde, em meia hora você estará no escritório, resolverá tudo, e então estará livre deste compromisso chato. Aguente firme". Coloquei um CD de músicas animadas e tentei entrar no clima pra dar uma distraída, e até que a tática estava funcionando, até o momento em que entrei na Marginal Tietê.

A Marginal Tietê é a mais perfeita e fiel filial do inferno, não há outra forma de descrevê-la. Quem mora em Sampa e passa por ali sabe muito bem do que estou falando, e quem não é daqui talvez nunca possa ter uma remota idéia do que significa pegar um engarrafamento na Tietê.

É assim, ó: VOCÊ ENTRA NO INFERNO, CRUZA COM O CAPETA, COMEÇA A ASSAR NO FOGO INFERNAL, QUER SAIR DE LÁ O MAIS RÁPIDO QUE PUDER MAS NÃO TEM COMO, E É CONDENADO A FICAR ALI ETERNAMENTE, ATÉ QUEM SABE CONSEGUIR SAIR UM DIA OU MORRER DE VEZ, O QUE ACONTECER PRIMEIRO.

Simples assim. Pague para entrar e reze para sair. Quando me dei conta, estava no meio da pista expressa com um caminhão gigante à minha frente, outro maior ainda do lado direito, outro cacarequento do lado esquerdo e um busão atrás. Delícia! No meio do trânsito parado, não há como sair do lugar, muito menos mudar de pista, então fiquei ali por um tempão engolindo fumaça dos veículos enormes que me ilhavam até conseguir uma brecha para tentar mudar de faixa, oportunidade esta que perdi por culpa de um motoqueiro (ou motociclista, whatever) dos infernos que, claro, passa como um furacão e ainda reclama por você estar tentando mudar de faixa. D-e-l-í-c-i-a !

Quase 1 hora depois obtive algum avanço: os caminhões estavam apenas do meu lado direito, mas no percurso... 2 km percorridos. 2 míseros quilômetros, e já era quase 16h30! Meu compromisso lá na PQP da Vila Prudente era às 17h00, de modo que eu já tinha saído da condição de adiantada para atrasada - e muito!

E o trânstio não andava. Simplesmente não andava. Aquilo vai dando um desespero na gente, vocês não têm noção! Aquela fome que eu não senti na hora que estava pilhada e correndo simplesmente apareceu como um mal súbito e em poucos instantes tomou conta de mim. Engoli uma caixinha de Tic-tac laranja em 5 minutos, o que me deu uma dor de estômago do caramba, e só fez aumentar minha necessidade de comer alguma coisa, o que era totalmetne impossível dada a minha localização. Lei de Murphy dos infermos!

Sintonizei o rádio na Sulamérica Trânsito, na esperança de ouvir alguma boa notícia sobre a melhora das condições na Marginal ou sugestão de algum caminho alternativo, mas o lucutor só repetia: "Motorista, fuja da Marginal Tietê. Está tudo parado, e entrando lá não tem alternativa! Você que está pensando em pegar a Marginal Tietê, não faça isso, porque a situação é muito ruim".

FDP de Locutor! Xinguei tanto ele! Nem pra falar nada animador... nem pra isso o infeliz presta! Fala sério!

Fiquei escutando o blablabla do trânsito ruim por alguns minutos e então me dei conta de que estava já na hora do meu compromisso. 17h00 e eu ainda estava ali, no meio da Marginal Tietê, anos luz de distância do escritório onde seria realizada a minha reunião.

Peguei o celular pra ligar e avisar sobre minha situação e, claro, o sinal estava péssimo, e o aparelho ficava dando aquela mensagenzinha de (piiiiiiiiii) de "Ligação Perdida, Tente novamente".

Minha vontade? A óbvia: abrir o vidro e lançar o aparelho bem lá no meio do rio Tietê, o que talvez tivesse me dado uma boa acalmada. Mas o senso de responsabilidade que restava em mim me impediu de fazer isso, e fiquei ali, insistindo, tentando completar uma maldita ligação, intercalando cada tentativa com o já automático: engata a primeira marcha - anda 2 metros - pisa no freio - põe o carro no ponto morto - espera mais um tantão.

Já era 17h20 quando consegui um sinal decente e a ligação completou. Estou eu conversando com a pessoa do outro lado, explicando minha situação e justificando meu atraso para a reunião, quando dou aquela olhadinha básica para os lados e o que eu vejo?

Um MALDITO MARRONZINHO DOS INFERNOS exatamente ao meu lado. Nem dava pra fingir que eu tava coçando a orelha porque, né? Acho até que ele escutou minha conversa ao celular, de tão perto do carro que estava. FDP! Acho que me multou! Mas se multou eu vou recorrer, porque até onde sei não podemos falar no celular com o carro em movimento, não é mesmo? E o que o Código de Trânsito fala sobre carro parado no meio da Marginal? Arrrrrgh!

Depois de 2 horas de Marginal Tietê (num percurso de pouco mais de 15 km.) - vejam bem, 2 MALDITAS HORAS (que eu poderia ter aproveitado fazendo tantas outras coisas), finalmente consegui sair do Inferno e entrar na ante-sala, fazendo o caminho inverso de volta para o mundo real.

Só tem mais um pequeno detalhe nesse assunto: Eu não conheço bem a região para onde estava indo. Não costumo andar para os lados de lá e não tenho os macetes dos caminhos, então tinha que seguir super ligada, com o guia de ruas abertão no banco do carona, pra não perder as entradas certas e chegar à rua na qual eu nunca tinha ido antes.

Como desgraça pouca é bobagem e, segundo a Lei de Murphy, "... Se algo pode dar errado, com certeza dará", desabou o maior temporal de todos os tempos bem no momento em que eu estava perdida no caminho, mas foi um temporal tão forte que mal dava pra enxergar a rua, quiçá as placas.

Dei vários rolês por ruas e desconfio que até fora delas, já que num determinado momento tudo vira uma coisa só - rua, calçada, canteiro, etc. Não, não sou má motorista, mas... me dêem um desconto, por favor? Vejam bem como foi meu dia! Vejam bem! Imaginem meu estado de nervos àquela altura!

Eu ali, tentando me achar, tentando enxergar as placas, abrindo 2 dedinhos do vidro do carro pra ver se os vidros desembaçavam e por consequência tomando a maior chuva, e toca meu celular (já falei que odeio telefone? pois então, ODEIO. assim. com letras maíusculas). Cliente chato, daqueles que não dá pra não atender.

Tentei atender, o homem estava doido com alguma emergência que eu não consegui compreender direito qual era por causa do barulho da chuva, a ligação caiu e aí eu fiz o melhor que pude sobre a minha real vontade: Joguei o celular debaixo do banco do carona com força suficiente para ele ficar bem longe do alcance da minha mão pelo menos por um tempo.

Já estava mais ou menos perto da rua onde seria minha reunião, só que São Paulo, como meu marido diz, é a cidade dos caminhos malucos, as ruas não formam um quadrado perfeito, então errar uma entradinha inocente às vezes pode significar uma alteração absoluta no caminho.

Preciso dizer que eu errei a entrada? Não, né? Obrigada!

Mais meia hora pra tentar reencontrar a lógica do caminho e o retorno ao ponto de onde eu errei. Precisei abrir um pouco o vidro do carro para o pára-brisas desembaçar porque a chuva estava castigando. Parei num farol vermelho e abaixei pra pegar a caixa de lenços de papel, quando sinto um jorro de água gelada tomando conta das minhas costas (eu estava abaixada).

Tinha uma poça ao meu lado. E por ela, na mão inversa, passou um carro. De todos os lugares pra onde aquela maldita água suja da poça poderia se espalhar, adivinhem onde ela escolheu? Tomei um banho de água suja da chuva, do cabelo até o meio das costas. Qual era a cor da minha blusa?

Branca, óbvio! Como eu fiquei? Pelada, claro, porque roupa branca molhada = transparência.

Onde eu estava? A 2 quadras do prédio onde os advogados me aguardavam.

E foi assim que cheguei ao escritório, por volta das 18h30. Maquiagem derretida, cabelo suado, desodorante quase vencido, blusa branca molhada e cheiro de carro mofado. Com certeza eu imporia muito respeito na negociação. Certeza!

Dei aquela disfarçada na minha apresentação pessoal com o meu super kit de emergências Tabajara, vesti o blaser, joguei uma echarpe (que nem combinava muito, mas tudo bem, era pra esconder a transparência), ajeitei os cabelos, passei um gloss e lá fui eu, tentar mantes a pose apesar da dignidade perdida ao longo dos engarrafamentos, chuvas e demais transtornos.

Obviamente esse foi o último compromisso do dia, e precisei cancelar o resto do meu super cronograma. Não deu pra passar no Fórum, não deu pra comprar o presentinho da Aïcha, não deu pra visitar minha amiga na maternidade.

A volta pra casa ainda me brindou com mais 3 horas de trânsito infernal, mais chuva, mais caos, mais tempo perdido dentro do carro, como se eu não tivesse nada mais útil na vida pra fazer.

Realmente, é o fim do mundo. Definitivamente é. E se você não é de São Paulo e pensa em vir morar aqui um dia, reveja seus conceitos. Porque, colega, na boa? É uma vidinha de corno dos infernos! E a tendência é só piorar... realmente, não sei onde vamos parar, ou melhor, eu sei: NA MARGINAL TIETÊ, sempre... a gente sempre para lá.

Estou podre, absolutamente exausta. E acabei de lembrar que preciso estender uma roupa que está na máquina senão meu filho não tem uniforme limpo pra ir pro colégio amanhã. E acabei de ver que o varal está lotado de roupas que já secaram, o que significa que eu vou ter que recolher esta roupa antes de estender a outra. Considerando que já passa da meia-noite, isso significa que eu estou Fu(****), e não vou dormir nem tão cedo.

Tá pensando que a vida é fácil? Fácil é pra Lady Kate, porque no meu caso não falta só o glamour não! Falta a grana também! E sem grana não posso ter quem faça certas coisas por mim, então... O jeito é mergulhar no roud 2 de um dia infernal e depois tentar dormir pra ver se amanhã acordo definitivamente desse pesadelo.

FUI!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Correndo na Noite




Fila Night Run, lá fomos nós. Novamente na USP, novamente num sábado à noite, novamente cheios de energia pra queimar nos asfalto.

Mas foi bem diferente da corrida da semana anterior. Muuuuuuuita gente - eram 6.500 inscritos, muita badalação, tendas e mais tendas de equipes montadas nos arredores da Praça da Reitoria, aquela energia incrível rolando, música, DJ, uma verdadeira balada esportiva.

Chegamos na USP 1 hora e meia antes da prova, e ainda pudemos ver o pôr-do-sol de um lindo final de tarde por ali. Tudo bem organizado, então apesar de muita gente não houve nenhum desconforto, todo mundo achou um cantinho pra alongar, formar rodinhas de amigos e bater papo, concentrar, aquecer, se preparar.

A largada foi animadíssima, com muita música e jogo de luzes agitando a galera, super emocionante! (Vou confessar uma coisa pra vocês: Eu fico arrepiada na hora da largada, sempre... dá friozinho na barriga, ansiedade, agitação, tudo ao mesmo tempo... uma loucura!).

Outro diferencial bem bacana desta corrida foi o público, uma novidade pra mim. Havia um público considerável assistindo à prova (provavelmente acompanhantes dos corredores), torcendo, estimulando, aplaudindo, vibrando... Muuuuuito legal isso, de verdade! Você tá lá, buscando seu limite, tentando correr o melhor que pode, e de repente escuta alguém que você nunca viu na vida aplaudir e gritar:

"_Vai lá, força! Parabéns! É isso aí, não desista!". Um super combustível pra seguir em frente, viu? Uma delícia!
Pra variar, foi show de bola! Mais uma corrida inesquecível.

Se perseverar é o único caminho para a conquista de um objetivo, bem... estou fazendo a minha parte!

Correr o percurso tooooodo eu ainda não corro, mas estou melhorando um pouquinho a cada corrida, e o último sábado foi a maior prova disso. Estou conseguindo correr trechos cada vez maiores, e quando não resisto parto pra caminhada bem forte até recuperar o fôlego, e então volto a correr, buscando meu limite, buscando baixar o tempo, buscando melhorar como um todo, e curtir o resultado depois é indescritível.


A melhor equipe: Silvia Aguilhar Running (já pegou! hehe)




Nossa Torcida Organizada: Não precisamos de MAIS NADA!



Bruxona, minha fiel companheira, amiga-amiga-amiga-amiga... Não tenho mais o que falar de você, Érica... só mesmo das suas pernas e garça e dos seus braços de orangotango... hahaha... Te Amo!


Ah, sim, claro! O Pós-Prova! Esse nunca pode faltar, então lá fomos nós para a Bendita Hora comer pizza porque, né? Atleta precisa de energia, muuuita energia! hahahahahahaha!




Olha eu aí! Acreditem, eu também (quase) corro! E acabei de descobrir que corrida é um dos esportes mais democráticos que existe, já que até quem é Farto (viva os Fartos!), pode praticar... Tente você também! Eu recomendo!









E Domingo que vem tem mais!
(corrida para mulheres)
vem aí! Aguardem!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Correndo pelo Bem



Tenho que dar o braço a torcer: CORRER realmente vicia!

Tanto que lá fomos nós mais uma vez curtir um final de semana esportivo no melhor estilo "quase-atletas"... hehehe

Dessa vez participamos de uma corrida noturna, no sábado dia 01/11, lá na Cidade Universitária - palco ideal para a prática de quase todo tipo de atividade física.

E o melhor de tudo é que este foi o tipo de Corrida que eu mais gosto - Corrida pelo Bem.

Como vocês podem ver pelo diploma que orgulhosamente exibi acima, a Light The Night foi uma prova realizada com o objetivo de arrecadar doações para a ABRALE - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, que dentre outras ações desenvolve estudos direcionados ao tratamento de doenças onco-hematológicas.

Correr é muito legal.
Correr e fazer o bem é melhor ainda!

A melhor equipe: Silvia Aguilhar Running


Outro fato que tornou essa corrida pra lá de especial: Todas as irmãs participaram (Eu, Cátia, Ligia e Silvia). Somos ou não somos "O Quarteto Fantástico"???



Bruxonaaaaaaaaaaaaaaa... Ela e suas pernas de garça me deixaram pra trás, mas tudo bem... Um dia eu chego lá!


Quando eu estava chegando (muito depois que todo mundo), ganhei aquele gás para o trecho final quando escutei seus gritos: "Vai, Zelona! Vai, Zelona!" (piadinha interna... hahaha).



Sem comentários, né?



Pós-Prova no restaurante japonês, porque, como diz meu marido, a melhor parte de correr é a farra que vem depois!


E sábado que vem tem mais!
Fila Night Run vem aí! Até lá!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Chegou a hora de mudar o Mundo

E o primeiro passo, esperamos todos, será a eleição de Barak Obama como presidente dos Estados Unidos da América.


Que venham os tempos de paz no mundo, tempos de respeito aos direitos fundamentais de todo ser humano, tempos de igualdade absoluta sem discriminação por raça, credo, classe social, opção sexual, ou qualquer outro tipo de discriminação, tempos de equilíbrio, tempos em que democracia seja um exercício real e não apenas demagogia na boca de minorias privilegiadas.

A mim, que estou aqui em terras tupiniquins, só resta torcer para que a (quase) sempre hipócrita população americana racionalize corretamente dessa vez e vote pela mudança. Como diz o slogan da campanha de Obama:

CHANGE. We can believe in.


E por que raios nós, brasileiros que somos, temos que nos envolver com a eleição do presidente dos EUA?

Hoje enquanto esperava minha vez na fila do banco escutei conversas desse tipo. Algumas pessoas indignadas com a cobertura maciça pela mídia das eleições americanas. As pessoas não entendem porque este assunto é tão importante, simplesmente não entendem.

Isto, inclusive, fala muito sobre o nosso próprio nível de comprometimento com o mundo enquanto cidadãos dele que somos, e é triste constatar que tanta gente não se liga que vivemos num mundo globalizado, que os EUA é (ainda, e não sabemos por quanto tempo) a grande potência, e que tudo que acontece por lá gera consequências - positivas e especialmente negativas - em todos os outros países, principalmente aqueles que estão em desenvolvimento, como o Brasil.

O mundo assistiu de camarote o efeito Bush. E acho que não existem mais argumentos a sustentar a ideologia republicana depois de tanta lambança. Chega de conservadorismo hipócrita. Chega de guerra.

CHEGAAAAAAAAA!

Quem me conhece bem sabe que eu amo política. Está no meu sangue, está na minha alma, eu simplesmente não consigo ficar alheia a essas questões mesmo quando chego a níveis absurdos de decepção como tem acontecido recentemente com a política nacional.

Essa minha paixão me deixa tentada a escrever parágrafos e mais parágrafos sobre aquilo em que eu acredito e pelo que eu lutaria. Parágrafos e mais parágrafos expondo o meu ponto de vista sobre porque o mundo não merece mais um velho herói de guerra republicano / conservador no poder dos EUA, muito menos acompanhado por uma fútil, inútil, ridícula, hipócrita e absolutamente alienada candidata a vice. Mas vou poupar meus leitores. Sei que nem todo mundo compartilha desta minha paixão, e tenho que concordar que discussões políticas podem ser extremamente chatas.

De qualquer forma, seria bom se as pessoas se conscientizassem que as coisas que acontecem no mundo nos dizem respeito SIM. O que o próximo presidente dos EUA fizer lá na Casa Branca, caro colega, pode alterar suas expectativas profissionais, financeiras, pessoais... só pra ficar nos exemplos óbvios. Pense nisso!

Eu estou esperançosa. Nada como uma grande mudança pra recuperar nossas esperanças quase perdidas, não é mesmo?

Quando vejo uma pessoa como Barak Obama - jovem, negro, ousado e com uma história de vida realmente incrível tão perto de chegar ao poder na maior potência mundial, eleito pelo voto direto do povo do seu país, ah... Nessa hora eu (quase) volto a acreditar que é SIM possível mudar o mundo!

Que seja essa a hora da mudança, então! Estou aqui, acreditando... torcendo... esperando.

Número 1

A correria enlouquecida dos últimos dias tem me impedido de escrever tudo que eu gostaria aqui no Blog... Às vezes quando consigo parar o assunto que eu queria abordar já ficou velho, e eu acabo deixando pra lá.

Mas essa não dá, me desculpem!

Amo Fórmula 1. Aliás aqui em casa todos nós amamos. Acordamos de madrugada pra assistir os treinos e corridas dos GP´s da China, do Japão, todos esses Grandes Prêmios que são disputados do outro lado do mundo e que por isso são televisionados por aqui durante a madrugada. Não perdemos um, estamos sempre ali, vidrados, torcendo, palpitando. A velocidade nos fascina!


E nos últimos anos esse nosso ritual tornou-se ainda mais especial, já que temos finalmente, depois de anos sem o eterno campeão Ayrton Senna, um piloto brasileiro digno da nossa torcida (desculpe, Barrichello, sem ofensas, mas os resultados falam por si!): O pequeno-grande Felipe Massa, que no último domingo quase levou minha família inteira à loucura com seu desempenho perfeito no GP do Brasil de Fórmula 1.


Torre da Cabine de Locução - Autódromo de Interlagos - GP Brasil de Fórmula 1 / 1996


Eu trabalhei por 5 anos seguidos na Fórmula 1, estava sempre lá no Autódromo, numa localização bastante privilegiada quando aconteciam as corridas. Pena que isso foi há mais de 10 anos (de 95 a 2000), época em que não havia nenhum piloto brasileiro em posição de destaque, o que tirava um pouco da emoção do GP Brasil para os brasileiros. Mesmo assim eu ficava fascinada com os pilotos, os carros, os boxes, aquela engenharia toda, aquele circo da velocidade absolutamente sedutor.



Mas domingo agora era dia de decisão do Campeonato 2008, sem dúvida o mais disputado dos últimos tempos, com o pequeno-grande Felipe Massa em condições de levar o título, apesar da grande vantagem de L.Hamilton. Motivo mais do que justo pra reunirmos toda a família em casa e engrossar a torcida e as energias negativas remetidas ao carro do Hamilton (que bem podia ter quebrado, né?).

Como gritamos... O que foi aquela última volta? Meu apartamento quase ruiu, de tanto que a gente pulava, gritava, xingava, torcia. Foi uma emoção louca, e mais louco ainda foi ter que reconhecer depois, aos 45 minutos do 2º tempo, que realmente não deu.

Uma pena, uma pena mesmo! Principalmente porque se tivesse dependido só do Massa esse campeonato estaria no papo, mas os erros da Ferrari custaram muito caro, e sobrou o vice. Não dá pra não resmungar, mas também já foi, né? E 2009 tá logo ali... A hora do Massa vai chegar, tenho certeza! O menino é fera!

E pra encerrar o dia com chave de ouro nosso time - o Grande Tricolor Paulista - time escolhido por pessoas de bom gosto, inteligentes e sensatas, que apreciam esporte de nível - como inclusive o próprio Felipe Massa - uhuuuuu!, entrou no gramado para uma importante partida do Campeonato Brasileiro fazendo uma digna homenagem ao piloto, todos os jogadores vestiam as camisas oficiais estampadas com o número 1 e o nome Massa. Imagem linda, de arrepiar... Fico imaginando o que o próprio Massa sentiu ao ver esta cena!


O São Paulo? Claro, ganhou a partida contra o Inter no Morumbi por 3 X 0 e assumiu a liderança do Brasileirão, porque quem é número 1 é número 1 e ponto. Não quero cantar vitória antes da hora não, como dizem os jogadores, "...nós respeitamos os adversários...", mas vamos combinar que essa deslanchada do Tricolor nessa fase não pode ser outra coisa senão o prenúncio de mais um título... Veeeeeeeeeenha!


Salve o Tricolor Paulista!
Salve Felipe Massa!