terça-feira, 14 de abril de 2009

In to the Wild


"É um mistério para mim
Nós temos uma ambição que concordamos.
Você pensa que você tem que ter
mais do que precisa.
Até você ter isso tudo,
Você não estará livre ainda."

(...)

"Existem esses que pensam que
mais é menos, menos é mais
Mas se menos é mais, como você pode continuar potuando?
Significa que a cada ponto que você marca, sua pontuação cai.
Meio que parece estar começando do topo
Você não pode fazer isso..."

Society - Eddie Vedder
trilha do filme "In to the Wild"
(perdoem a tradução "livre" e meio acidentada desta
ignorância na língua inglesa que vos fala)

A gente pode assistir o filme certo na hora errada, o filme errado na hora certa, o filme certo na hora certa ou o filme errado na hora errada e... honestamente? Ainda não sei qual é o caso... talvez com o tempo tudo fique mais claro...

O fato é que estou meio atordoada ainda, este filme realmente mexeu comigo, lá no fundo, um fundo tão fundo que é novidade até pra mim, e eu não sei lidar direito com essa profusão de pensamentos, sensações, alucinações.

E também não vou saber fazer uma resenha isenta e justa, não agora, mas queria muito escrever alguma coisa - qualquer coisa - e dividir com outras pessoas isso tudo.

Baseado em fatos reais, o filme retrata a corajosa busca de Chris McCandless por si mesmo, seus questionamentos sobre a sociedade hipócrita à qual todos somos aprisionados desde o momento em que nascemos e sua ousada tentativa de se libertar de uma vida fake refugiando-se na natureza, na sua própria companhia, o caminho escolhido para o verdadeiro auto conhecimento.

Eu não sei onde eu estava esse tempo todo que ainda não tinha visto o filme... Por alguma razão passou batido na época do seu lançamento (ano passado, eu acho), e chegou a mim agora totalmente por acaso, de maneira bem despretensiosa, eu não tinha lido nada a respeito nem conhecia a história (ok, pode perguntar, "em que mundo eu vivo?"), e parece que sou a única pessoa no mundo que "estava por fora".

Como expliquei no começo, não estou pronta para fazer uma resenha completa, posso apenas dizer que é um trabalho incrível de Sean Penn como co-roteirista e diretor, uma atuação brilhante de Emile Hirsh, imagens exuberantes, tudo coroado pela perfeita trilha sonora de Eddie Vedder.

Dois momentos que me marcaram muito:

1. A cena em que o pai oferece a Chris como presente pela formatura um carro novo, e ele diz que não precisa de um carro novo, que o carro velho e caindo aos pedaços dele o leva para onde ele precisa ir (veja e entenderá a força deste momento de revolta contra o mundo de aparências, logo no começo do filme).

2. A constatação, num momento crucial, de que a felicidade só é real quando pode ser compartilhada.

Veja o trailler, e permita-se fazer também esta viagem. Sim, o filme é uma viagem. Prepare-se para sentir emoções desconhecidas, chorar compulsivamente e ficar fora de órbita por um tempo.





Assinado: Dona Farta Supertramp

Um comentário:

Maciel Queiroz disse...

Esse é o tipo de filme q eu mais gosto, o q nos faz parar para pensar, refletir e tirar lições para nossa vida!

Eu lembro de ter visto o trailer desse filme na época, mas tbm deixei passar batido...hehehe

Contudo, depois desse post priminha, certamente darei uma conferida p trocar umas ideias com a senhorita!

Bjos e td de bom!