segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A História do "negócinho amarelo"

Existem algumas coisas na vida que aprendemos uma vez e nunca mais esquecemos. Andar de bicicleta e nadar, por exemplo.

Na verdade não posso comprovar essa teoria pessoalmente porque eu não sei nem andar de bicicleta nem nadar, mas se os outros dizem, deve ser assim mesmo, né?

Por outro lado, descobri recentemente que essa teoria não é aplicável a tudo, muito pelo contrário. Podemos ser experts em algo por um longo tempo, mas se vier outro longo período sem prática cotidiana, acabamos perdendo o jeito.

Como eu descobri isso? Ah, sim... essa é a história:

Estava eu outro dia curtindo um churrasquinho de última hora na casa da minha amiga Tina. Feriado no meio da semana, nada de muito interessante pra fazer, então resolvemos que o programa seria aquele que é a nossa cara: comer, beber e jogar conversa fora.

Papo vai, papo vem, eis que nos telefona outra amiga, a Carla, pedindo um helpzinho básico:

Acontece que Carlinha estava num salão de beleza ali perto, dando uma geral no visual enquanto sua pequena princesinha Alice dormia tranquilamente no bebê conforto. Sabem como é difícil a vida de mãe fresca, não dá tempo de fazer nada, e Carlinha estava aproveitando o feriado pra tentar colocar as unhas e os cabelos em ordem.

Só que a pequena Alice acordou antes da hora, e por mais boazinha que ela seja (genteeeeeeemmmm, vocês não estão entendendo, a Alice é uma bebezinha que não existe, ela NUNCA chora, ela NUNCA reclama, ela está SEMPRE muito tranquila, e isso porque tem apenas 2 meses de vida!), seria querer demais que um bebêzinho tão cuti-cuti ficasse acordada no bebê conforto sem dar uma reclamadinha.

Carlinha, que estava com as unhas de molho e apenas na metade da sua operação "fique ainda mais linda", não se fez de rogada e requisitou a ajuda das super-amigas - Tina e Eu.

Mais do que depressa fomos até o salão resgatar a pequena Alice, eu e a Tina quase saímos no tapa pra ver quem a carregaria até a casa onde rolava o churrasco, mas acabei deixando a tarefa por conta da Tina porque, né? Eu sou uma pessoa que cai, lembram?. E na dúvida, bem... melhor garantir a integridade física da bebezinha.

Carlinha nos alertou que talvez os resmungos da Alice estivessem relacionados à fralda, então nossa primeira tarefa seria cuidar deste assunto.

Tranquilo!!!! Tranquilo???

Bom, já que a Tina tinha ficado com o privilégio de carregar Alice no colo até a casa, as fraldas ficariam por minha conta, afinal eu também queria brincar de boneca!

Falei um "deixa comigo!" tranquila de que faria aquilo com o pé nas costas, mais ou menos como eu fazia quando o Lucas era bebê, há 8 anos.

Aliás, quando o Lucas era bebê eu tinha uma prática pra trocar fraldas que vocês não fazem idéia! Eu ganharia fácil qualquer concurso relacionado a rapidez + eficácia na troca de fraldas. Taí uma coisa que a gente aprende muito rápido quando tem um filho, por mais que nunca tenhamos executado tal tarefa antes na vida.

Mas, voltando à Alice, lá fui eu alegre e retumbante relembrar os velhos tempos e cuidar da higiene da pequena. Coloquei-a no sofá e a platéia em volta era grande, todo mundo encantado com a tranquilidade da pequena, toda calminha mesmo com aquela falação + pegação + beijação de todo mundo.

Abri a fralda e aparentemente era só um xixiznho, floc-gel estufadérrimo, e eu pensei: "mamão com açúcar!". Peguei o lencinho umedecido e comecei a limpar, bem devagarinho porque, né? Eu já não tenho mais tanta prática. Fui limpando, limpando, distraída com a farra de todo mundo em volta, e daqui a pouco percebo que o lencinho começa a ficar meio amarelado.

Peguei outro lencinho, continuei passando, e o lencinho ficando amarelo, amarelo, cada vez mais amarelo. No começo achei que fosse alguma pomada, sei lá... Porque, gente, não esqueçam! Faz 8 anos que eu passei por isso!

Quando eu vi que o negócinho amarelo não parava de sair no lencinho umedecido, não tive alternativa: Virei pra Tina, intrigada, e perguntei:

"Mas o que é esse negócinho amarelo, heim?"

Minha amiga Tina, discretíssima do jeito que só ela sabe ser, deu um grito no meio de uma gargalhada (que inclusive assutou Alice) e falou:

"Como assim? Pelo amor de Deus, Flávia, isso é cocô!"

Gente, a minha cara provavelmente ficou mais amarela que o próprio cocô. Só então eu percebi que a Alice tinha mesmo feito o nº 2 enquanto eu a trocava, e que se eu demorasse mais um pouco pra terminar aquela troca, seria agraciada com outros presentinhos escatológicos de bebê!

Foi hilário... Todo mundo rindo da minha cara amarela (como o cocô), e eu tentando limpar, limpar, e limpar, e percebendo a cada segundo que definitivamente eu não sei mais fazer isso tão bem como outrora!

Umas 2 horas depois de começar o processo consegui terminar de trocar a Alice, e ela estava limpinha, livre do negócinho amarelo, novamente desfilando pelos colos alheios enquanto esperava a chegada da mamãe.

Eu, toda melecada de negócinho amarelo. Frustrada com a constatação de que desaprendi a cuidar de bebês, e que diferentemente de andar de bicicleta, trocar fraldas é sim uma coisa que esquecemos como faz, e que neste caso é melhor não arriscar...

Mas que é gostoso brincar de boneca de vez em quando, ah, isso é!

Carlinha, querida... Se quiser deixar a Alice comigo outra vez, fique à vontade, tá? Pelo menos agora eu já sei (relembrei, na verdade) o que é o negócinho amarelo (que às vezes também é verde, preto, bege, marrom, etc e tal).



Como diz o ditado: "Da cabeça de um juiz e do bumbum de um bebê, a gente nunca sabe o que vai sair!".

Nunca mesmo!


6 comentários:

Unknown disse...

AMEIIIIIII!!
NÃO PODIA PASSAR EM BRANCO!!

BJOSS!

Anônimo disse...

Há, há, há!!!! Quase morri de rir só de relembrar o momento da pergunta fatídica!!! Pessoas, o que está escrito é a mais pura verdade, eu ouviiiiiii!!!!!!rsrsrs
Bjos

Jorge Cerqueira disse...

Olá amiga, boa tarde será que vc lembra de mim ainda, pois eu me lembro de vc eu vim aqui outras vezes pq vi um recado seu no blog da Jacke, será que lembra agora...Bom demorei vir aqui mais eu não esqueci de vc não.
Bom e aí como vão as corridas, está correndo muito, bom espero que sim, vi que vc correu algumas corrida a fila night e a vênus parabéns amiga que vc continue firme e forte, também notei que seu filho fez aniversário mês passado, parabéns a ele atrasado e que Deus abençoe vc e sua familia. Alguém já lhe disse que vc um dia terá que escrever um livro, se não pode pensar no assunto, vc escreve muitissimo bem parabéns. Uma pergunta notei que vc fez várias montagens nas fotos do aniversário de seu filho, lhe pergunto o seguinte qual o programa que vc usa para juntar 3 ou 4 fotos numa só.
Bom lhe desejo que vc continue firme e forte nas corridas, mais não só vc e também seu esposo e seu filho.

Um abraço,

JORGE CERQUEIRA
www.jmaratona.blogspot.com

Anônimo disse...

Amiga cheguei a chorar de tanto rir aqui kkkk. Ela é tão lindinha mas tb né fazia 8 anos q vc não fazia isso mas agora fique atenta pq pode ter a segunda vez.
Ah li todos os seus recadinhos no blog e vou te aguardar aqui em casa heim só me avisar pq vai ser um prazer em receber vcs aqui no Rio.

Beijos

Sissi disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHHAHAHAHAAHHAHAHAHAAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAAHHAAHAHAHAHHAHAHAHA.
Tá bom, eu terei que dividir meu prêmio mico do ano com você... rs.
Menina, mas que bebê mais linda!!!!
Beijos.

Anônimo disse...

Mas é claro que esse episódio ja entrou para o quadro "As Bebices da família Cruz" né...
ô povu bêbooo!!!!!!!!!