segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Arraiá da Cumádi TINA

Se tem uma coisa que eu a-d-o-r-o nessa época do ano são as Festas Juninas. Adoro o clima caipira, as modas de viola, as comidinhas nada light, quentão, vinho quente, bandeirinhas, fogueira, milho verde, chapéu de palha, etc e tal.

Viro criança nessa época, e acho que um pouco disso deve-se a uma frustração que eu trago da minha infância: Meu pai era evangélico, e nunca gostou das festas alusivas aos Santos, por isso não nos deixava participar das comemorações da Escola. Toda vez era a mesma história: A gente levava pra casa a autorização pra participar da Quadrilha, e meu pai não assinava. Nunca dancei quadrilha, nunca me vesti de caipirinha, nada. Minha irmã Silvia ainda foi mais ousada e um certo ano dançou escondida, mas eu era medrosa demais, vocês sabem, então nunca me atrevi.

Mas agora é diferente. Meu filho participa das Festas Juninas desde 2 anos de idade, quando já frequentava a Escolinha Infantil, e eu curto provavelmente mais do que ele! Não tem como não adorar ver os baixinhos todos vestidinhos de caipira, apresentando danças regionais cheios de charme!

A Festa Junina do Colégio do Lucas ainda não chegou - será no próximo final de semana, mas quem tem amigos animados não precisa esperar a festa das crianças pra se divertir.

A Tina (que foi professora do Lucas no ano passado e se tornou uma amigona querida) teve a brilhante idéia de aproveitar vários eventos para celebrar: Dia de Santo Antonio, Sexta-feira 13, Feriado em Osasco, as crianças não teriam aula. Pronto. Já tínhamos o nosso motivo para fazer uma festona juninha entre amigas! Naquele gostoso esquema de cada uma leva um pratinho, todo mundo ajuda na arrumação, e no fim tudo dá (como de fato deu) super certo!

Estávamos em mais ou menos 10 mães, umas 15 crianças, e fez-se o Arraiá da Cumádi Tina! Crianças caracterizadas, algumas mães (como eu) também, bandeirinhas enfeitando o ambiente (as bandeirinhas do meu aniversário de 1 aninho, vejam só!), uma farta mesa de guloseimas típicas, música caipira, e muita animação.

Eu só não sei quem se divertiu mais - se as crianças ou as mães. Taí um páreo duro! Enquanto as crianças colocavam à baixo a casa da Tina, correndo pra lá e pra cá, brincando, bagunçando, farreando, nós mães colocamos o papo em dia, conversamos sobre tudo, demos muita risada, contamos e ouvimos muitos "causos" típicos da vida de mãe, e tomamos um delicioso vinho quente feito por mim... hehehe!

Pude inclusive estreitar relações com algumas mães que eu não conhecia muito bem, até as mais chatas e metidas (né, Kely? né, Elaine???), e descobri que por mais que tenhamos vidas e profissões aparentemente distintas, temos algo em comum que nos une: somos mães zelosas, somos mães neuróticas, somos mães pentelhas, mas acima de tudo somos as mães mais divertidas do mundo!

Foi uma tarde deliciosa! Dei tanta risada que fiquei com dores no maxilar, e estou louca pra repetir a dose!

Valeu, cumádi Tina! Seu Arraiá foi bão dimais da conta!!!


As Mães mais animadas do Mundo!



A HISTÓRIA DO PANGARÉ DA CUMÁDI TINA

Vocês que me lêem e me conhecem, sabem que eu sou a pessoa mais desastrada desse mundo, a rainha dos micos e das gafes. Obviamente, uma festa caipira não seria completa sem mais uma das minhas mancadas. Vejam:

No dia em que a Tina me convidou para o Arraiá, ela sugeriu que fizéssemos uma brindadeirinha com as crianças pra animar a festa, tipo um "amigo secreto caipira" onde as crianças trocariam presentinhos, coisa que elas adoram! Sugeri que fizéssemos então a brincadeira com brinquedinhos de antigamente, tipo pião, bambolê, etc e tal, o que teria tudo a ver com a data, além de sair mais barato para as mães. E assim fico valendo.

Pois bem. No dia anterior à festinha caipira, como vocês já leram no post abaixo, saímos à noite para comemorar o meu aniversário, e lá estava minha amiga Tina e sua trupe da alegria, animando pra valer a nossa noite!

Papo vai, papo vem, eis que a Tina me pergunta se eu já tinha comprado o presentinho do amigo secreto caipira do Lucas. Respondi que sim, que tinha comprado um negócio bem legal, e que já estava tudo devidamente embalado para o dia seguinte. Devolvi a pergunta à Tina, quando ela começou a dizer:

"_ Ah, então, eu saí pra ver umas coisinhas, daí eu vi aquele cavalinho da cabo de vassoura, sabe...?"

Nem deixei ela terminar de falar (porque eu sou bocuda, e nem espero a pessoa terminar a frase mesmo!), e respondi:

"_ Eu sei que cavalinho é esse, eu vi também na lojinha onde comprei o presentinho do Lucas, até pensei em comprar, mas achei que era muito vagabundo, então preferi comprar uma coisinha melhor..."

E a Tina:

"_ Nossa, vagabundo? Foi um desse que eu comprei!"

E eu, meio sem graça, já gaguejando:

"_ Ah, não, Tina, esse cavalinho é legal, é que o que eu vi era de plástico, daí eu achei bem vagabundo mesmo!"

E a Tina:

"_ Flávia, o cavalinho que eu comprei É de plástico!"

Gente, fiquei pra morrer! Queria que se abrisse um buraco sob meus pés pra que eu pudesse me esconder nele, porque só então percebi o tamanho da gafe que eu tinha acabado de cometer! Que vergonha!

Tentei remediar dizendo que na verdade o cavalinho não era assim tão vagabundo, que eu tinha certeza de que o que ela comprou não era o mesmo que eu tinha visto, mas não teve jeito... Eu e meu bocão gigante já tínhamos falado com todas as letras que o cavalinho era vagabundo, e várias pessoas que estavam na mesa conosco testemunharam a minha gafe... Nem teve como eu fingir que não tinha dito, porque todo mundo ouviu! Quanto mais eu tentava remediar, pior a coisa ficava!

Que vergonha!!!

Ainda bem que essa galera é do bem, e logo depois de eu ficar roxa de vergonha, todo mundo caiu na maior gargalhada, e o assunto, é claro, virou a piada da noite!

Mas não é só isso, minha gente... Porque história de Dona Farta nunca é só uma histórinha, tem sempre um "algo mais" que torna a situação ainda mais micótica...

Estamos nós no Arraiá da Tina na tarde da sexta-feira, e então começou a brincadeira do amigo secreto caipira das crianças. Cada um sorteou seu papelzinho com o nome do amigo, aquela coisa toda.

Então chegou a vez de o João Pedro (filho da Tina) anunciar o Amigo Secreto dele: É meninoooooo... Está de calça jeans.... Está de camisa xadrez... Está com o rosto pintado... O nome dele começa com a letra L... e é o Lucas Aguilhar!!!

Sim! Meu filho foi o amigo secreto do João! Meu filho ganhou o cavalinho vagabundo!!!

Genteeeeeeeeeee... Vocês não têm noção!!! Foi a maior palhaçada, a Tina contando pra todo mundo o que eu tinha falado do cavalinho na noite anterior, e como a vida tem dessas coisas, justo o meu filho tinha que ganhar o presente que eu tinha esculhambado!!! Foi muito engraçado!!! Chorei de rir!!!

O Lucas A-M-O-U o cavalinho, saiu que nem doido pela casa galopando no cabo de vassoura, e eu fiquei com a cara no chão!

Quem manda eu ser bocuda, né? Fui botar banca pra dizer que meu presente era melhorzinho, e acabei pagando o maior mico!

Essa vai ficar pra história! Tinha que ser a Dona Farta mesmo!


A cara do Lucas diz tudo, né? Ele amou o Pangaré da Cumádi Tina... hahaha


E eu, tive que engolir o cavalinho xinfrim! Mas continuo te adorando, viu, Tina???

3 comentários:

Anônimo disse...

Oiê cumadi...... a história ficou ótima!! E o melhor é saber que é tudinho verdade, hehehe. Adorei estar no seu blog sendo uma das personagens principais da história do cavalim!!!!! Te adoro amiga
bjim

Unknown disse...

KKKKKKK, e eu posso confirmar, como testemunha ocular que fui, que a história é mais que verídica, é hilária!!!
Bjussssssss

Binha disse...

hahaha, adorei..

Beijos, Binha.