terça-feira, 10 de julho de 2007

Borat

BORAT: O SEGUNDO MELHOR REPÓRTER DO GLORIOSO PAÍS CAZAQUISTÃO VIAJA À AMÉRICA
Estou há algum tempo sentada na frente do computador tentando compor algo inteligível para escrever sobre este "mocumentário" (falso documentário feito em tom de comédia), que assisti no último final de semana...
Eis aí uma tarefa difícil: tentar entender e explicar o objetivo deste filme... Li bastante a respeito de Borat na época do Globo de Ouro e do Oscar, que deram bastante visibilidade à "obra", e como já tinha visto alguns trechos e traillers, sinceramente esperava outra coisa...
Não é que eu esteja exatamente dececpcionada... mas estou um pouco chocada, e surpresa com tanto escracho... pra mim, escracho até demais, chegando ao mais produndo mal gosto em alguns momentos... Talvez seja só um problema de compreensão que eu tive, já que tanta genta acha o filme "o máximo"... mesmo assim, sou obrigada a ir na contra-mão e dizer que, puxa... achei quase desnecessário, não pelo contexto, mas pelo conteúdo... mais ou menos isso...
O segundo melhor repórter do glorioso país do Cazaquistão - Borat - é destacado pelo governo daquele país para fazer um documentário nos EUA, com o objetivo de trazer lições para o povo cazaquistanês sobre o modo moderno e evoluído de vida dos americanos. Somos então apresentados à figura completamente surreal de Borat Sagdiyev (Sacha Baron Cohen), e iniciamos com ele a tal viagem em busca do aprendizado. Primeiro, somos brevemente apresentados à sua vida primitiva no Cazaquistão, onde quase tudo é permitido e onde parece não haver limite pra nada. E, completamente mergulhado nessa sua cultura, Borat desembarca nos EUA achando que pode lidar com as situações da mesma forma que lida em seu país.
Borat começa então a realizar o seu documentário na América, e cada detalhe de sua estadia no "melhor país do mundo" vai deixando patente o abismo existente entre as duas culturas. Mas, muito mais do que isso, as situações vivenciadas por Borat debocham da hipocrisia americana, de seus preconceitos e de sua idiotice, num constraste bem interessante entre a inocência do genuinamente "bronco" Borat e os americanos hipocritamente "evoluídos".
Há momentos divertidíssimos, sem dúvida... Sacha é um ator muito competente naquilo que se propõe a fazer, e mergulha na ideologia de sua "obra" de uma maneira assutadora, despindo-se completamente de qualquer pudor para atingir seu objetivo. Mas há muito mais momentos grotescos, e ainda que o objetivo seja "nobre", ainda que a idéia seja mesmo debochar e tripudiar, ainda assim não me agrada muito esse tipo de abordagem.
Segundo noticiado, houve mais de 90 chamados à polícia americana durante as filmagens de Borat, e depois de ver o filme esse número parece até pequeno, já que as situações realmente foram bem provocadoras... algumas vezes de maneira inteligente, outras nem tanto...
De qualquer forma, permite boas gargalhadas... Houve muita polêmica em torno de Borat, agora eu entendi o porquê, mas já que o "alvo" foi a sociedade americana, então tudo bem... Até vale ver, e dá pra rir com gosto... nada como ver a cara amarela e a falta de ação de um americano confrontado com seus próprios preconceitos... isso foi ótimo!!!

Um comentário:

Ligia Aguilhar disse...

Eu diria que Borat é uma filme para incomodar. E em determinado momento ele é tão incômodo que chega a ser grotesco. Particularmente não sou tão fã desse tipo de humor e achei quie apesar de realmente ter tido alguns momentos de humor foi de certa forma desnecessário. Para mim o exagero em algumas cenas se sobrepôs a qq crítica que ele queria fazer.